Padaria no centro de Viamão fideliza a comunidade há mais de 60 anos
O que começou apenas como padaria, hoje, conta com mercado, açougue, hortifruti e bazar, somando, ao todo, mais de 600 itens de produção própria. "A padaria começou no terreno aqui do lado. Hoje, já são cinco terrenos, fomos ocupando os terrenos da volta e hoje estamos desse tamanho", lembra Júlio César sobre a expansão do negócio, que ocupa uma casa de mais de 2 mil m² e conta com 185 colaboradores. "Temos uma tradição aqui em Viamão. É um orgulho imenso segurar e levar esse nome para longe, fazer parte da vida de tantas famílias", declara.
Apesar da expansão ao longo dos anos, a padaria e confeitaria segue sendo o carro-chefe do negócio. "A produção própria com certeza é o carro-chefe. O que nós fazemos só vendemos aqui. Muitas hamburguerias da região, inclusive, trabalham com a nossa carne e com o nosso pão, somos reconhecidos pela qualidade", considera Elisandro.
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O sócio não descarta a possibilidade de, futuramente, abrir filiais da padaria, mas, por enquanto, o principal desafio é seguir a tradição que mantém o Bianchi vivo há 61 anos. "É manter e aprimorar a qualidade, com muito treinamento, trabalho. Temos essa tradição de família, de ser trabalhador, então a maior questão é manter a peteca no ar, seguir com essa tradição", admite, já prevendo um futuro crescimento do negócio. "Tenho certeza que, até dezembro, já estaremos com 200 funcionários. Para o tamanho que temos, é incrível conseguir gerar emprego para 200 pessoas", projeta.
Espaço com drinks clássicos e comidas para dividir é novidade em Viamão
O plano inicial era abrir em março de 2020, assim como servir uma outra proposta de cardápio, no entanto, com a chegada da pandemia de Covid-19 e as mudanças econômicas e comportamentais que ocorreram, a ideia se transformou. Depois de muitos ajustes e adaptações, o negócio inaugurou no fim de 2022, com foco em comidas para compartilhar, drinks clássicos e alguns autorais. "A proposta era democratizar a coisa, trazer gastronomia de qualidade a um preço acessível, para que a pessoa não precisasse se programar um mês para comer bem", pondera Rodolfo, que, além de gerenciar o negócio, também coloca a mão na massa e comanda a cozinha. A proposta de trazer comida de boteco com a melhor qualidade possível e os melhores insumos foi o que inspirou o nome do espaço. Nume vem do latim e remete à divindade. "A ideia era sempre trazer um nome sobre a importância de estar na mesa, comer e beber bem. Nume é de origem latina e remete a algo divino. Tu és o que tu comes, e achei legal trazer essa questão de comer bem ser um ato divino, uma coisa quase que sagrada", afirma o empreendedor.
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Com quatro funcionários na equipe, o empreendimento, que conta com dois andares e acomoda até 62 pessoas, teve um investimento de R$ 500 mil. "Esse investimento, além de toda reforma, vem também da parte de manter as reais características no prédio, sem passar por cima da história que tem essa casa", pontua Dandara sobre o casarão centenário. O casal conta que já recebeu a visita da neta de uma das antigas donas da casa, que reconheceu os cômodos onde a avó vivia.
As comidas partem de R$ 16,00 no cardápio do espaço e, segundo Rodolfo, o carro-chefe é a croqueta de ragu no valor de R$ 38,00, feita de maneira artesanal. Rodolfo conta que demora em torno de três dias para ser feita. Cheesecake, banoffe e brigadeiro são algumas das opções de sobremesas, que partem de R$ 12,00. Na parte de coquetelaria, o foco são os drinks clássicos e alguns autorais, com o uso de ingredientes regionais como o xarope de bergamota. Segundo Dandara, o drink que leva o nome do Jorge Amado - escritor brasileiro - leva cachaça, cravo, canela e polpa de maracujá, entrou no cardápio a pedido de um cliente e, hoje, é um dos destaques da operação.
Rodolfo afirma que, por ter apostado em um modelo de negócio fora do padrão de Viamão, acaba recebendo um feedback da clientela quase que de imediato. "É muito legal que tu possas oferecer um produto com uma qualidade legal, que tu se dedicas várias horas e ver o pessoal falar que Viamão precisava de um lugar assim", comenta. O proprietário ainda ressalta a boa relação com os outros novos empreendedores da região, como com a pizzaria Brezza, que já passou pelas páginas do GeraçãoE. "A gente conversa com os outros negócios e cria uma rede de apoio. Abriu a Brezza e, logo nas primeiras semanas, davam uns cartõezinhos indicando outros negócios, incluindo a gente", diz. "Vai criando essa cultura de 'não é meu concorrente'. Quando abre um negócio, é mais gente vindo na rua e é melhor para todo mundo", acrescenta Rodolfo.
Aumentar a qualidade mantendo o custo baixo: esse é o maior objetivo do Nume. No entanto, para um futuro mais distante, a expansão do negócio, levando essa mesma proposta para outras cidades pequenas, está no horizonte da marca.
"De repente, oferecer isso no restante da Região Metropolitana, levar esse serviço diferencial para lá. Mas bem para frente, precisamos nos estabelecer aqui, fixar um nome e entender bem, é o primeiro empreendimento, somos marinheiros de primeira viagem", admite Rodolfo. A casa funciona de quarta-feira a sábado das 17h30min às 23h.
Escola Agrícola de Viamão forma profissionais para trabalhar no campo desde 1910
O que iniciou como um curso pequeno que, na época, era chamado de capatazia rural, modificou-se ao longo dos anos, incluindo novas frentes e diferentes atividades. "Hoje, oferecemos a possibilidade de formar um profissional. Nossos alunos saem da escola com uma profissão", declara Evandro Cardoso Marinho, nome à frente da diretoria da escola há 21 anos, que reforça o reconhecimento do espaço no mercado de trabalho. "Temos mais de 380 empresas credenciadas para fornecer estágio aos nossos alunos. Entre elas, a maior produtora de grãos do Brasil, a SLC, que vem até aqui buscar os nossos estudantes para realizar o estágio, obrigatório para o aluno se formar na escola", destaca o diretor.
Atualmente, a escola conta com mais de 360 alunos, sendo 100 internos, isto é, que vivem por tempo integral na escola. Uma característica importante, segundo Evandro, é o fato de que muitos alunos vêm do interior apenas para realizar sua formação na escola. "Representa a maior parte dos nossos matriculados. Temos 37 municípios representados aqui, muitos jovens de baixa e média renda, mas partimos da filosofia de que ninguém fica sem estudar por ter ou não ter dinheiro, se precisar, nós criamos as condições necessárias", reforça.
Para Evandro, o que torna a escola única é a preocupação em aliar teoria e prática. Desde fevereiro, a ETA iniciou uma disciplina 100% prática, que leva os jovens até o campo e, dali mesmo, eles produzem 30% da alimentação consumida no refeitório da escola. "O resultado pedagógico é a produção: mais alface, mais repolho, mais couve. Nosso objetivo é que o aluno desenvolva a teoria com a prática, para sair daqui com uma noção muito próxima do que ele vai encontrar no mercado de trabalho", ressalta.
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A nova disciplina gerou uma parceria com o Instituto Federal de Viamão, que irá receber mudas de plantas produzidas na escola. "É uma outra área, um cultivo especializado, então o projeto já está expandindo", comemora o professor, que se mostra muito grato pela oportunidade de impactar e transformar a vida de jovens. "Não preciso chamar a atenção de ninguém aqui, não preciso repreender, eles trabalham sozinhos, estão integrados ao projeto, é muito gratificante fazer parte dessa formação", garante.
Para o futuro, Alexandre sonha em poder participar de projetos sociais. "Nós temos estrutura na escola para fazer isso, podemos ajudar, ainda não é nada quantificado, mas um objetivo para o futuro. Por enquanto, garantimos o refeitório e o bar da escola", afirma. Já num panorama geral da escola, o objetivo para os próximos 10 anos é tornar a ETA autossuficiente, oportunizando que os próprios alunos comercializem os produtos. "Tudo é um ciclo, começa na terra, na água, passa pelas metodologias, produção e chega na industrialização, que é agregar valor ao produto. Nós queremos mostrar para o técnico que ele têm condições de ser um empreendedor e ter uma qualidade de vida superior ao que imagina", destaca Evandro.
Há 10 anos, projeto oferece suporte para mulheres vítimas de câncer de mama em Viamão
"Éramos uma família no grupo. Todo mundo estava passando pelo mesmo processo, conversávamos todos os dias, porque quem está passando pelo mesmo problema conversa de igual para igual, sabe o que é sentir o enjoo da quimioterapia, a queimadura da radioterapia, perder o cabelo que, para algumas mulheres, é a pior parte", rememora Mari. Ao descobrir que muitas das participantes do grupo eram, por coincidência, de Viamão, decidiu realizar um encontro presencial. "Nos fazíamos tão bem no Orkut, pensamos então, em por que não fazer algo parecido dentro da nossa cidade?", e foi desse pensamento que Mari, ao lado de Tania Castro, Marcia Binatti, Maria Ivanir Soares, Martha Matte, Heloisa Roese, Gabriela Quadros e Lucas Chaves, fundou o Viamama.
"Digo até hoje que foi o destino. A Tânia, por exemplo, morava a cinco minutos da minha casa e a gente nunca tinha se visto. Era para ser assim", acredita Mari, atual presidente do projeto. Apesar de, hoje, a iniciativa já ser muito conhecida, com diversos patrocinadores, a fundadora lembra que, no início, a comunidade não foi tão receptiva à ideia. "Íamos no comércio e não conseguíamos quase nada de apoio. Muitos fechavam as portas na nossa cara", diz.
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Neste ano, o grupo comemora recordes de patrocinadores, voluntários e de procura pelos itens comercializados, com destaque para a camiseta da ONG, que é feita anualmente. "Foi a primeira vez que tivemos de recusar patrocinadores, estamos com 34, mas já falta espaço na nossa camiseta", afirma. O lucro dos itens é reinvestido no projeto e usado para atender às demandas das pacientes. O grupo realiza dois grandes eventos por ano. O chá, que conta com atrações musicais e atividades, e a caminhada, que já chegou a reunir mais de 10 mil pessoas pelas ruas de Viamão.
Com pão, carne e queijo, receita clássica é aposta de hamburgueria de Viamão
A ideia surgiu a partir da própria vivência dos sócios, que não tinham o costume de pedir aqueles lanches mais altos, cheios de molhos e complementos. "Queremos priorizar o que importa no hambúrguer, que é a carne e o queijo, ingredientes mais simples e de qualidade", diz Raíra, que, junto com Vinícius, começou a operação em formato caseiro, em março de 2020.
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Outra opção salientada pelos empreendedores é a almofadinha de queijo gouda (R$ 16,00), servida como um complemento do hambúrguer, em porções de oito unidades. "Quando a McCain lançou esse produto, pensamos: 'Meu Deus, precisamos trazer isso para Viamão', porque nunca tínhamos ouvido falar nisso", destaca Raíra, complementando que a hamburgueria busca apresentar inovações dentro do conceito de ser um lanche simples.
O propósito é contribuir para que a Região Metropolitana esteja de acordo com as tendências de mercado. "Nosso objetivo é que as pessoas possam comer bem aqui em Viamão, não precisem ir para Porto Alegre", diz a sócia, que propõe uma visão contrária à típica cultura de sair de Viamão para consumir na Capital.
Seguindo a ideia de estar atento às novidades, ano que vem, o Carne e Queijo vai trocar de endereço, para o Life Open Mall, novo empreendimento de Viamão. A mudança, promovida por Raíra e Vinícius, é uma investida da marca para chegar em mais pessoas, exportando os conceitos do delivery para o atendimento presencial.
Os desafios da tele-entrega, como a grande extensão da cidade, dificultam que os pedidos cheguem quentinhos e em pouco tempo nos diversos pontos de Viamão. Esse cenário impulsionou o negócio na direção do atendimento presencial, que deve começar a operar em 2024.
Essas e outras experiências são compartilhadas entre negócios de Viamão parceiros do Burger Carne e Queijo, como a Trempe Parrilla e a Casa Angus, fornecedora das carnes para os hambúrgueres. As contribuições buscam aprimorar o ambiente empreendedor da cidade e de seus vizinhos.
A hamburgueria opera no iFood e no site da marca de quarta-feira a domingo, das 19h às 22h30min. Mais informações sobre o cardápio podem ser conferidas no Instagram (@burgercarnequeijo).