Conhecida por muitos anos como cidade dormitório, Viamão têm sido a escolha de diversos empreendedores e empreendedoras, com grandes redes apostando no município

Celeiro de novos negócios, Viamão é aposta de uma nova geração de empreendedores


Conhecida por muitos anos como cidade dormitório, Viamão têm sido a escolha de diversos empreendedores e empreendedoras, com grandes redes apostando no município

Padaria no centro de Viamão fideliza a comunidade há mais de 60 anos

Fundada por Rozalino Bianchi em 1962, a Padaria Bianchi faz parte do dia a dia dos viamonenses há mais de 60 anos. Apostando no pão fresquinho e na produção artesanal, o negócio ocupa o número 345 da movimentada avenida Julieta Pinto Cesar, no centro da cidade. Hoje, mais de seis décadas depois, o espaço é comandado por Júlio César Bianchi, filho de Rozalino, que conta com o apoio de Elisandro Leites e Jorge Guterres na gerência da operação.

O que começou apenas como padaria, hoje, conta com mercado, açougue, hortifruti e bazar, somando, ao todo, mais de 600 itens de produção própria. "A padaria começou no terreno aqui do lado. Hoje, já são cinco terrenos, fomos ocupando os terrenos da volta e hoje estamos desse tamanho", lembra Júlio César sobre a expansão do negócio, que ocupa uma casa de mais de 2 mil m² e conta com 185 colaboradores. "Temos uma tradição aqui em Viamão. É um orgulho imenso segurar e levar esse nome para longe, fazer parte da vida de tantas famílias", declara.
Apesar da expansão ao longo dos anos, a padaria e confeitaria segue sendo o carro-chefe do negócio. "A produção própria com certeza é o carro-chefe. O que nós fazemos só vendemos aqui. Muitas hamburguerias da região, inclusive, trabalham com a nossa carne e com o nosso pão, somos reconhecidos pela qualidade", considera Elisandro.

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Ao contrário do que se pode imaginar de antemão, Júlio acredita que a padaria não sofre com a concorrência direta do comércio porto-alegrense. "Ouso dizer que temos mais pessoas que saem de Porto Alegre para consumir aqui.", pontua, ressaltando o potencial que a cidade tem para novos empreendimentos. "Existiram épocas em Viamão que qualquer empreendimento era barrado, mas hoje não. Agora, existe um departamento na prefeitura só para atrair essas pessoas. Percebe-se claramente que Viamão não é mais aquele comércio de antes, existem mais ofertas, grandes redes vindo para cá", enxerga o empreendedor.

O sócio não descarta a possibilidade de, futuramente, abrir filiais da padaria, mas, por enquanto, o principal desafio é seguir a tradição que mantém o Bianchi vivo há 61 anos. "É manter e aprimorar a qualidade, com muito treinamento, trabalho. Temos essa tradição de família, de ser trabalhador, então a maior questão é manter a peteca no ar, seguir com essa tradição", admite, já prevendo um futuro crescimento do negócio. "Tenho certeza que, até dezembro, já estaremos com 200 funcionários. Para o tamanho que temos, é incrível conseguir gerar emprego para 200 pessoas", projeta.

Espaço com drinks clássicos e comidas para dividir é novidade em Viamão

Buscando democratizar a gastronomia e a coquetelaria de qualidade em Viamão, os sócios Rodolfo Vieira, 30 anos, e Ramon Vieira, 35 anos, criaram a Nume Comida, que ocupa o número 457 da avenida Coronel Marcos de Andrade, no centro de Viamão. O espaço foi inaugurado em novembro de 2022 em um casarão com cerca de 100 anos, onde antes ocupava uma loja de CD 's.

O plano inicial era abrir em março de 2020, assim como servir uma outra proposta de cardápio, no entanto, com a chegada da pandemia de Covid-19 e as mudanças econômicas e comportamentais que ocorreram, a ideia se transformou. Depois de muitos ajustes e adaptações, o negócio inaugurou no fim de 2022, com foco em comidas para compartilhar, drinks clássicos e alguns autorais. "A proposta era democratizar a coisa, trazer gastronomia de qualidade a um preço acessível, para que a pessoa não precisasse se programar um mês para comer bem", pondera Rodolfo, que, além de gerenciar o negócio, também coloca a mão na massa e comanda a cozinha. A proposta de trazer comida de boteco com a melhor qualidade possível e os melhores insumos foi o que inspirou o nome do espaço. Nume vem do latim e remete à divindade. "A ideia era sempre trazer um nome sobre a importância de estar na mesa, comer e beber bem. Nume é de origem latina e remete a algo divino. Tu és o que tu comes, e achei legal trazer essa questão de comer bem ser um ato divino, uma coisa quase que sagrada", afirma o empreendedor.

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Um espaço aconchegante, climatizado e pensado para ser um ponto de bons encontros entre amigos e casais, essa é uma das ideias do espaço. "É uma proposta diferente que Viamão tem, um tiro no escuro, não sabíamos como iria ser a recepção do público", ressalta Rodolfo que passa, atualmente, pelo processo de cativar a clientela. Dandara Varela, 25 anos, é responsável pelos drinks do espaço e está no Nume desde o princípio. "Percebo que o público daqui está muito acostumado culturalmente a atrelar a ideia de tomar um drink e ir num barzinho a ir a Porto Alegre", enxerga Dandara. Ainda, comenta que manter o público de Viamão na cidade e trazer o de Porto Alegre e região é um dos principais desafios.

Com quatro funcionários na equipe, o empreendimento, que conta com dois andares e acomoda até 62 pessoas, teve um investimento de R$ 500 mil. "Esse investimento, além de toda reforma, vem também da parte de manter as reais características no prédio, sem passar por cima da história que tem essa casa", pontua Dandara sobre o casarão centenário. O casal conta que já recebeu a visita da neta de uma das antigas donas da casa, que reconheceu os cômodos onde a avó vivia.

As comidas partem de R$ 16,00 no cardápio do espaço e, segundo Rodolfo, o carro-chefe é a croqueta de ragu no valor de R$ 38,00, feita de maneira artesanal. Rodolfo conta que demora em torno de três dias para ser feita. Cheesecake, banoffe e brigadeiro são algumas das opções de sobremesas, que partem de R$ 12,00. Na parte de coquetelaria, o foco são os drinks clássicos e alguns autorais, com o uso de ingredientes regionais como o xarope de bergamota. Segundo Dandara, o drink que leva o nome do Jorge Amado - escritor brasileiro - leva cachaça, cravo, canela e polpa de maracujá, entrou no cardápio a pedido de um cliente e, hoje, é um dos destaques da operação.

Rodolfo afirma que, por ter apostado em um modelo de negócio fora do padrão de Viamão, acaba recebendo um feedback da clientela quase que de imediato. "É muito legal que tu possas oferecer um produto com uma qualidade legal, que tu se dedicas várias horas e ver o pessoal falar que Viamão precisava de um lugar assim", comenta. O proprietário ainda ressalta a boa relação com os outros novos empreendedores da região, como com a pizzaria Brezza, que já passou pelas páginas do GeraçãoE. "A gente conversa com os outros negócios e cria uma rede de apoio. Abriu a Brezza e, logo nas primeiras semanas, davam uns cartõezinhos indicando outros negócios, incluindo a gente", diz. "Vai criando essa cultura de 'não é meu concorrente'. Quando abre um negócio, é mais gente vindo na rua e é melhor para todo mundo", acrescenta Rodolfo.

Aumentar a qualidade mantendo o custo baixo: esse é o maior objetivo do Nume. No entanto, para um futuro mais distante, a expansão do negócio, levando essa mesma proposta para outras cidades pequenas, está no horizonte da marca.

"De repente, oferecer isso no restante da Região Metropolitana, levar esse serviço diferencial para lá. Mas bem para frente, precisamos nos estabelecer aqui, fixar um nome e entender bem, é o primeiro empreendimento, somos marinheiros de primeira viagem", admite Rodolfo. A casa funciona de quarta-feira a sábado das 17h30min às 23h.

Escola Agrícola de Viamão forma profissionais para trabalhar no campo desde 1910

É em um terreno de 407 hectares, localizado na ERS-040, em Viamão, que funciona, há 110 anos, a Escola Técnica Agrícola (ETA) da cidade. Fundada em 1910, a escola oferece cursos de formação técnica em agricultura e zootecnia.

O que iniciou como um curso pequeno que, na época, era chamado de capatazia rural, modificou-se ao longo dos anos, incluindo novas frentes e diferentes atividades. "Hoje, oferecemos a possibilidade de formar um profissional. Nossos alunos saem da escola com uma profissão", declara Evandro Cardoso Marinho, nome à frente da diretoria da escola há 21 anos, que reforça o reconhecimento do espaço no mercado de trabalho. "Temos mais de 380 empresas credenciadas para fornecer estágio aos nossos alunos. Entre elas, a maior produtora de grãos do Brasil, a SLC, que vem até aqui buscar os nossos estudantes para realizar o estágio, obrigatório para o aluno se formar na escola", destaca o diretor.

Atualmente, a escola conta com mais de 360 alunos, sendo 100 internos, isto é, que vivem por tempo integral na escola. Uma característica importante, segundo Evandro, é o fato de que muitos alunos vêm do interior apenas para realizar sua formação na escola. "Representa a maior parte dos nossos matriculados. Temos 37 municípios representados aqui, muitos jovens de baixa e média renda, mas partimos da filosofia de que ninguém fica sem estudar por ter ou não ter dinheiro, se precisar, nós criamos as condições necessárias", reforça.

Para Evandro, o que torna a escola única é a preocupação em aliar teoria e prática. Desde fevereiro, a ETA iniciou uma disciplina 100% prática, que leva os jovens até o campo e, dali mesmo, eles produzem 30% da alimentação consumida no refeitório da escola. "O resultado pedagógico é a produção: mais alface, mais repolho, mais couve. Nosso objetivo é que o aluno desenvolva a teoria com a prática, para sair daqui com uma noção muito próxima do que ele vai encontrar no mercado de trabalho", ressalta.

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O professor Alexandre Gomes, técnico em agropecuária há mais de 30 anos, é o responsável pelo novo projeto, que, com dois meses em prática, já colhe bons frutos. "A ideia é que os alunos aprendam na prática para que, talvez, a partir daqui, possam iniciar um negócio. Inclusive, isso já está acontecendo com um aluno, que está iniciando seu próprio projeto", orgulha-se Alexandre. A disciplina envolve preparar o solo do zero, realizando atividades como adubação e irrigação, até chegar ao cultivo de mais de 14 espécies. "É como na vida real, tu pegas uma área crua, cortas a grama, preparas tudo até chegar a esse ponto", explica Alexandre. Atualmente, o terreno utilizado conta com duas estufas e 1,2 mil pés de alface. "Tudo isso vira questão de prova, eles precisam entender quanto o refeitório consome, quanto conseguimos produzir, o que necessita", descreve.

A nova disciplina gerou uma parceria com o Instituto Federal de Viamão, que irá receber mudas de plantas produzidas na escola. "É uma outra área, um cultivo especializado, então o projeto já está expandindo", comemora o professor, que se mostra muito grato pela oportunidade de impactar e transformar a vida de jovens. "Não preciso chamar a atenção de ninguém aqui, não preciso repreender, eles trabalham sozinhos, estão integrados ao projeto, é muito gratificante fazer parte dessa formação", garante.

Para o futuro, Alexandre sonha em poder participar de projetos sociais. "Nós temos estrutura na escola para fazer isso, podemos ajudar, ainda não é nada quantificado, mas um objetivo para o futuro. Por enquanto, garantimos o refeitório e o bar da escola", afirma. Já num panorama geral da escola, o objetivo para os próximos 10 anos é tornar a ETA autossuficiente, oportunizando que os próprios alunos comercializem os produtos. "Tudo é um ciclo, começa na terra, na água, passa pelas metodologias, produção e chega na industrialização, que é agregar valor ao produto. Nós queremos mostrar para o técnico que ele têm condições de ser um empreendedor e ter uma qualidade de vida superior ao que imagina", destaca Evandro.

Há 10 anos, projeto oferece suporte para mulheres vítimas de câncer de mama em Viamão

Foi quando recebeu o diagnóstico de câncer de mama, em 2008, que Marilisa Peeters, moradora de Viamão, criou uma comunidade na rede social da época, o Orkut, para compartilhar seus medos e frustrações. O que ela não imaginava é que o que iniciou como uma pequena comunidade virtual viria a se tornar uma grande e consolidada rede de apoio e prevenção ao câncer de mama na cidade, projeto hoje conhecido como Viamama.

"Éramos uma família no grupo. Todo mundo estava passando pelo mesmo processo, conversávamos todos os dias, porque quem está passando pelo mesmo problema conversa de igual para igual, sabe o que é sentir o enjoo da quimioterapia, a queimadura da radioterapia, perder o cabelo que, para algumas mulheres, é a pior parte", rememora Mari. Ao descobrir que muitas das participantes do grupo eram, por coincidência, de Viamão, decidiu realizar um encontro presencial. "Nos fazíamos tão bem no Orkut, pensamos então, em por que não fazer algo parecido dentro da nossa cidade?", e foi desse pensamento que Mari, ao lado de Tania Castro, Marcia Binatti, Maria Ivanir Soares, Martha Matte, Heloisa Roese, Gabriela Quadros e Lucas Chaves, fundou o Viamama.

"Digo até hoje que foi o destino. A Tânia, por exemplo, morava a cinco minutos da minha casa e a gente nunca tinha se visto. Era para ser assim", acredita Mari, atual presidente do projeto. Apesar de, hoje, a iniciativa já ser muito conhecida, com diversos patrocinadores, a fundadora lembra que, no início, a comunidade não foi tão receptiva à ideia. "Íamos no comércio e não conseguíamos quase nada de apoio. Muitos fechavam as portas na nossa cara", diz.

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O principal objetivo do Viamama é acolher mulheres vítimas de câncer de mama e divulgar a importância do diagnóstico precoce. "Elas recebem o diagnóstico e tem certeza que vão morrer, chegam aqui chorando. Então conversamos, falamos sobre tratamentos, aflições, começamos a rir um pouco, ela fica mais leve e quando vai embora, já é outra pessoa. Ela percebe que não vai morrer, que existe esperança", garante Mari. Para oferecer esse acolhimento, o projeto conta com 22 voluntários e diferentes negócios parceiros. "Contamos com psicólogos, advogados, fisioterapeutas, nutricionistas, voluntários que dão apoio técnico para essas paciente. Quando são necessidades que não conseguimos suprir, encaminhamos para esses especialistas, além de ir atrás de recursos que elas solicitam, como perucas, lenços, requisição de exames", explica.

Neste ano, o grupo comemora recordes de patrocinadores, voluntários e de procura pelos itens comercializados, com destaque para a camiseta da ONG, que é feita anualmente. "Foi a primeira vez que tivemos de recusar patrocinadores, estamos com 34, mas já falta espaço na nossa camiseta", afirma. O lucro dos itens é reinvestido no projeto e usado para atender às demandas das pacientes. O grupo realiza dois grandes eventos por ano. O chá, que conta com atrações musicais e atividades, e a caminhada, que já chegou a reunir mais de 10 mil pessoas pelas ruas de Viamão.

Com pão, carne e queijo, receita clássica é aposta de hamburgueria de Viamão

Pão, carne e queijo é a combinação que sintetiza a essência do hambúrguer. O Burger Carne e Queijo, como o próprio nome sinaliza, apropria-se desse conceito para produzir hambúrgueres simples - e de qualidade. Em operação exclusiva no delivery, Raíra Coser e Vinícius Souza comandam o negócio, que conta com nove opções de grelhados no cardápio, todas com versões vegetarianas.

A ideia surgiu a partir da própria vivência dos sócios, que não tinham o costume de pedir aqueles lanches mais altos, cheios de molhos e complementos. "Queremos priorizar o que importa no hambúrguer, que é a carne e o queijo, ingredientes mais simples e de qualidade", diz Raíra, que, junto com Vinícius, começou a operação em formato caseiro, em março de 2020.

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Inicialmente, a clientela era exclusiva do condomínio de Raíra, mas, aos poucos, o Burger Carne e Queijo foi ganhando novos horizontes. Hoje, mesmo que a hamburgueria possua endereço próprio, na rua Luís Carlos de Azevedo, nº 83, em Viamão, a operação acontece somente por delivery, no iFood e no site da marca, e take away. Entre os 1,5 mil hambúrgueres servidos por mês pelo estabelecimento, o lanche de bacon (R$ 32,00) e - por óbvio - o clássico pão, carne e queijo (R$ 26,00) são os mais pedidos, conforme dizem os proprietários.

Outra opção salientada pelos empreendedores é a almofadinha de queijo gouda (R$ 16,00), servida como um complemento do hambúrguer, em porções de oito unidades. "Quando a McCain lançou esse produto, pensamos: 'Meu Deus, precisamos trazer isso para Viamão', porque nunca tínhamos ouvido falar nisso", destaca Raíra, complementando que a hamburgueria busca apresentar inovações dentro do conceito de ser um lanche simples.

O propósito é contribuir para que a Região Metropolitana esteja de acordo com as tendências de mercado. "Nosso objetivo é que as pessoas possam comer bem aqui em Viamão, não precisem ir para Porto Alegre", diz a sócia, que propõe uma visão contrária à típica cultura de sair de Viamão para consumir na Capital.

Seguindo a ideia de estar atento às novidades, ano que vem, o Carne e Queijo vai trocar de endereço, para o Life Open Mall, novo empreendimento de Viamão. A mudança, promovida por Raíra e Vinícius, é uma investida da marca para chegar em mais pessoas, exportando os conceitos do delivery para o atendimento presencial.

Os desafios da tele-entrega, como a grande extensão da cidade, dificultam que os pedidos cheguem quentinhos e em pouco tempo nos diversos pontos de Viamão. Esse cenário impulsionou o negócio na direção do atendimento presencial, que deve começar a operar em 2024.

Essas e outras experiências são compartilhadas entre negócios de Viamão parceiros do Burger Carne e Queijo, como a Trempe Parrilla e a Casa Angus, fornecedora das carnes para os hambúrgueres. As contribuições buscam aprimorar o ambiente empreendedor da cidade e de seus vizinhos.

A hamburgueria opera no iFood e no site da marca de quarta-feira a domingo, das 19h às 22h30min. Mais informações sobre o cardápio podem ser conferidas no Instagram (@burgercarnequeijo).

Com temáticas de TikTok, Free Fire e dupla Gre-Nal, casa de festas de Viamão recebe 35 comemorações por mês

A Tia Lisi é uma casa de festas de Viamão que, entre as cerca de 35 comemorações por mês, recebe eventos de crianças, adolescentes, adultos, debutantes, formandos e, até, cônjuges entusiasmados, em cerimônias de casamento. Apesar do público variado, as festas infantis, com temáticas de TikTok, Free Fire e dupla Grenal, são as que mais movimentam o negócio, que possui três andares e capacidade para receber até 230 pessoas. O espaço é comandado por Lisiane Santos - ou Tia Lisi, como é popularmente conhecida.
Referência no segmento, como afirma a empreendedora, a casa de festas possui diversas opções de entretenimento, como os clássicos pula-pula, brinquedão, campo de futebol, fla-flu, casinha e sinuca. Outras opções mais modernas, como fliperama e jump - um pula-pula com cordas e maiores dimensões -, também fazem parte da folia. A recreação continua em brincadeiras, como o raio mortífero, uma espécie de gato mia, fazendo uma tradução simples para as gerações mais antigas.
As festas infantis prontas, com alimentação, entretenimento e decoração, partem de R$ 1,5 mil. Além dos aniversários tradicionais, Lisi oferece eventos abertos ao público, colônias de férias e aulas de dança. Estas acontecem de segunda à quinta-feira, das 18h às 19h, para o público infantojuvenil, e, das 19h às 20h para o feminino.
Diante da extensa variedade de serviços, Lisi busca, em Viamão, maneiras de viabilizar a manutenção de todos os braços do negócio. Com equipe formada exclusivamente por viamonenses e empreendimentos parceiros na região, como a confeiteira Caroline Osório e o Vila Ventura Eco Resort, a casa de festas fomenta a economia da região metropolitana de Porto Alegre.
Mas nem sempre Viamão foi um endereço pujante para empreendedores do nicho do entretenimento infantil. "Uma mãe de uma aluna de dança me chamou para fazer uma festinha. Daí compramos bola, corda e fomos brincar. Dessa festa, veio mais uma e mais uma e mais uma, mas bem de vez em quando, tipo uma festa por mês", lembra Lisi, que começou no segmento em 2005.

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Aos poucos, Tia Lisi foi se profissionalizando na área, adquirindo brinquedos mais complexos. Essa capacitação levou ao primeiro espaço físico em 2013. Quatro anos mais tarde, mudou-se para um novo ponto, na avenida Senador Salgado Filho, nº 8995, onde, hoje, fica a casa de festas.
A longevidade no ramo dos negócios e as características particulares da região, onde, segundo Lisiane, todos se conhecem, facilita a propaganda, principalmente no boca a boca divulgado entre as escolas das proximidades.
Os desafios, contudo, também estão presentes na operação. A começar pelas brincadeiras, que exigem cuidados físicos e morais com as crianças. A região, além disso, é uma das dificuldades para a expansão do negócio. "Tudo é mais caro em Porto Alegre, mas, mesmo assim, as pessoas preferem ir para lá do que consumir em Viamão", destaca Lisi.
Pós-pandemia, o público, agora, deseja, mais do que nunca, aglomerar-se. E isso tem ajudado a Tia Lisi, que percebe um aumento da procura pela casa de festas e, consequentemente, do faturamento. Para o futuro, o projeto é expandir a operação e transformar a casa de festas num centro esportivo, cultural e educacional, em Viamão.

Negócios da zona rural de Viamão atraem público à cidade

Entre os diversos novos negócios que surgiram ao longo dos anos em Viamão, um setor se destaca: o turismo. A cidade, que conta com uma extensa área rural, é a escolha de muitos empreendedores e empreendedoras que apostam no setor. Restaurante com vista para o Guaíba e fazenda de turismo ecológico são algumas das opções para conhecer no município.
1. Turismo ecológico e acessível
Localizada a 36 quilômetros da capital gaúcha e ocupando um terreno de 125 hectares, a Quinta da Estância busca oferecer oferecer ao visitante uma experiência imersiva e educacional sobre a fauna e flora brasileira. São mais de 100 atividades oferecidas pelo espaço, que variam entre passeios, trilhas, esportes radicais e palestras. Todas as atividades são acessíveis, possibilitando que pessoas com deficiência possam desfrutar das atrações. Além disso, contam com instrutores fluentes na língua brasileira de sinais. Contato ou mais informações pelo Instagram (@quintadaestancia) ou WhatsApp (51) 995440611.
2. Gruta com água aquecida
O Vila Ventura Eco Resort, localizado na rua Manoel Santana, nº 625, em Viamão, é conhecido pela sua bela estrutura arquitetônica e diversas atividades de lazer. O espaço conta com duas piscinas externas, uma piscina semi-olímpica, pescaria, trilha ecológica, spa, campos de futebol, escalada, espaço kids e até uma gruta com água aquecida, atração mais popular do resort. Para passar um dia no local, com almoço incluído, o valor parte de R$ 150,00. Mais informações no Instagram (@vilaventura).
3. Um dos melhores azeites de oliva do mundo
Há 18 anos atuando na produção de azeite de oliva, a Estância das Oliveiras, empreendimento familiar com sede em Viamão, busca oferecer uma experiência exclusiva quando o assunto é olivoturismo. As atividades variam entre caminhagas guiadas, experiência terroir, degustação, apresentações musicais e recreação e brincadeiras para as crianças. Situada na Estrada Jaconi, nº 495, na ERS-118, a Estância das Oliveiras opera por reservas e os valores para passar o dia partem de R$ 100,00. Contato pelo WhatsApp (51) 998130919.
4. Piquenique e jazz de frente para o Guaíba
Ocupando o espaço de uma antiga fazenda à beira do Guaíba, o restaurante O Butiá também é uma opção de lazer em Viamão. O negócio funciona apenas aos finais de semana e feriados, sob reserva, e opera das 12h até o pôr do sol. Entre as atividades estão piqueniques, passeios de barco, almoço e jazz ao vivo, os ingressos partem de R$ 90,00 e reservas podem ser feitas no site obutia.com.