O objetivo do espaço é divulgar e homenagear a filosofia de vida hare krishna

Culinária indiana é foco de restaurante vegetariano desde 1997 em Porto Alegre


O objetivo do espaço é divulgar e homenagear a filosofia de vida hare krishna

Perto de completar três décadas de operação, o Restaurante Govinda já é um clássico para amantes da culinária vegetariana em Porto Alegre. Fundado por Mariciana Balbinot em 1997, o espaço tem como foco a culinária indiana e é baseado na filosofia de vida hare krishna, movimento que Roberta Balbinot, filha de Mariciana e, hoje, nome à frente da operação, é adepta desde os dois anos de idade.
Perto de completar três décadas de operação, o Restaurante Govinda já é um clássico para amantes da culinária vegetariana em Porto Alegre. Fundado por Mariciana Balbinot em 1997, o espaço tem como foco a culinária indiana e é baseado na filosofia de vida hare krishna, movimento que Roberta Balbinot, filha de Mariciana e, hoje, nome à frente da operação, é adepta desde os dois anos de idade.
"Foi minha mãe que fez do Govinda o que ele é hoje. Cresci aqui dentro, sempre ajudando em tudo e, desde 2016, sou eu quem está à frente do negócio", conta Roberta. Há sete anos, ela comanda o restaurante ao lado da mãe, com quem ainda divide o comando da cozinha. "Ela segue aqui, dividimos a cozinha, cada uma tem seus dias, mas as questões mais administrativas seguem comigo", explica.
Desde que foi fundado, o Govinda já passou por quatro endereços, todos próximos da região, até chegar ao ponto da avenida José Bonifácio, nº 605, onde está presente há mais de 20 anos. "Sempre foi na volta da Redenção, não sei se foi ao acaso, mas deu super certo, temos o Brique aqui, então domingo é um dia muito bom para o restaurante, sem falar na paisagem", destaca Roberta.
EVANDRO OLIVEIRA/JC
De acordo com a empreendedora, o objetivo da dupla sempre foi manter um restaurante pequeno e familiar, que, além de homenagear a filosofia de vida da família, também busca oferecer uma alimentação mais saudável e orgânica para a clientela. "Utilizamos óleo de girassol na cozinha, não óleo de soja, usamos sal marinho, açúcar demerara, prezamos muito para que tudo tenha a melhor qualidade e seja o mais saudável possível", ressalta.
Apesar de ter iniciado como um restaurante vegetariano, hoje, quase 100% da produção do negócio é vegana. O único item que ainda leva algum ingrediente de origem animal é a sopa vegetariana, que, de acordo com Roberta, é a queridinha da clientela. "Fomos migrando para o veganismo com o passar dos anos. Hoje, com certeza o carro-chefe da casa é a sopa, o único item que não é vegano, porque vai ricota nela, mas é uma opção que sempre temos congelada aqui. Não pode faltar, seja inverno ou verão", avalia.
Ao longo dos anos, muitos outros negócios vegetarianos e veganos surgiram na região, o que Roberta vê com bons olhos. "Não enxergamos como concorrência. Fico feliz, na verdade, por existir mais opções, porque cada um tem o seu toque, o seu tempero. Apesar de todos serem vegetarianos, sabemos que nossa comida é diferente, e temos uma missão por trás. Tudo aqui é baseado na filosofia e cultura de vida hare krishna, que é propagar o veganismo, puxado para a culinária indiana, com alguns preparos e temperos de lá, mas que adaptamos para o brasileiro", declara.
EVANDRO OLIVEIRA/JC
Alguns anos depois da inauguração do negócio, a tia de Roberta, Marinegi Balbinot, também decidiu apostar no empreendedorismo e na causa vegetariana e vegana e abriu, ao lado do restaurante, a Lancheria Govinda, com opções de lanches orgânicos e sem carne, como salgados, xis, pães e hambúrgueres.
Após a pandemia, Roberta afirma que ela e a mãe pararam de fazer tantos planos para o negócio. "Agora, não planejamos mais nada, vivemos um mês de cada vez e, claro, não queremos que a nossa história termine, então o principal é seguir mantendo o restaurante, com nossa proposta, sem focar apenas no dinheiro, seguir nossa missão", explica.