Nova Bréscia Lanches completa 36 anos em mesmo ponto no bairro São Geraldo
"Na época, tinha muito lanche de rua, vendido em trailers, era tudo servido na mão, então, quem tinha um espaço para sentar, já era mais luxuoso. Nosso espaço era pequeno, menor do que é hoje, mas já era algo a mais", rememora Sérgio sobre o início da lancheria.
Hoje, a sociedade, que iniciou entre ele e Gilmar da Silva, também natural de Nova Bréscia, conta com os filhos de Sérgio, Letícia e Gustavo, que, assim como o pai, trabalham no dia a dia da operação. "Estou tentando repassar tudo para os filhos, já estou com 62 anos e continuo trabalhando, mas esse é o plano, e eles já estão como sócios", celebra.
O sócio celebra a boa relação que construiu com a vizinhança ao longo dos anos. "Temos clientes que vêm aqui desde que abriu e que, hoje, são avós, trazem os filhos, os netos. Estar aqui há 36 anos não é pouco tempo, as pessoas envelhecem, mas seguem vindo aqui", garante o empreendedor, orgulhoso do reconhecimento e carinho que a clientela têm com o negócio.
"Às vezes, tem gente que está no exterior, fora do Brasil, espera pelo dia que vai chegar no aeroporto e vir comer o nosso xis, que é muito reconhecido por ser o melhor de Porto Alegre. Ficamos muito felizes por esse prestígio, essa lembrança", destaca.
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O cardápio contempla mais de 10 sabores de xis, bauru, cachorro-quente, torradas e porções diversas. Os mais pedidos são o xis de carne e calabresa. O local opera de terça a sábado, das 11h às 23h30min, e nos domingos, das 17h às 23h30min.
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Artur e Daniel trouxeram as experiências adquiridas no Centro, tradicionalíssimo núcleo mercantil, e as implantaram numa região com características opostas à anterior - o 4º Distrito -, que ainda se fortifica como referência de empreendedorismo. "Nem conseguimos acompanhar de tantos lugares novos que estão surgindo por aqui. Não sentimos falta nenhuma do Centro", diz Daniel, que, com a consolidação do Empório de Sedas, costura uma nova vertente econômica para a região, longe de outros negócios de tecido. Essa mudança do Centro para o São Geraldo, que, segundo os sócios, contribui para a melhoria do acesso, da locomoção e da segurança dos clientes da marca, favorece, por consequência, o atendimento presencial - aquele de ir na loja e sentir a textura do tecido.
Se comparados os dois endereços, não necessariamente mais pessoas frequentam, hoje, o Empório de Sedas, até porque o empreendimento está distante da alta circulação da rua Voluntários da Pátria. O que difere o novo do antigo estabelecimento é a experiência da clientela.
Diferentemente do agito transmitido pela região central, como afirmam Artur e Daniel, o São Geraldo exala tranquilidade: é acessível, plano, seguro e se desenvolve constantemente.
Essas características proporcionam a aproximação com um público mais qualificado, mais decidido a consumir. O resultado: aumento do faturamento.
Os preços por metragem do atacado e varejo variam de R$ 30,00 a R$ 3 mil. O espaço opera de segunda a sexta-feira, das 9h30min às 17h30min, e, aos sábados, das 9h30min às 12h30min.
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De lá para cá, muita coisa mudou. A começar por Edesio Komka, que, na época da inauguração, quando o empreendimento ainda funcionava durante o café da manhã, era apenas um recém-nascido, assim como o restaurante.
A dupla cresceu junto, uma metáfora que rememora aquela amizade de infância. Sabe-se, contudo, que, mesmo nessas relações de muito carinho, desentendimentos acontecem, e os caminhos quase separaram-se, em 1981, quando o pai de Edesio pensou em negociar o empreendimento.
"Lembro que eu era pequeno, adolescente, e falei que ele poderia tocar que, depois, eu assumiria", recorda, com o orgulho de quem, de fato, cumpriu com a palavra oito anos mais tarde, estabelecendo-se como a segunda geração de proprietários do Komka. No comando, Edesio virou, de vez, Deco, como ficou carinhosamente conhecido na vizinhança, tornando-se referência no São Geraldo de relacionamento bem-sucedido entre público e negócio, como conta baseado em experiências com a clientela.
Para construir esse legado, Deco teve de se adaptar e separar o joio do trigo. Hoje, ele colhe os frutos numa localidade que já enfrentou muitos problemas, como a falta de acessibilidade e de saneamento básico. "A ocupação do bairro é fundamental para a segurança e a convivência. Onde não tem segurança, não tem cliente", comenta o empreendedor, que aproveita para destacar a importância de investir no 4º Distrito. "Acho muito benéfico o aumento de casas noturnas e restaurantes, criando um polo", percebe.
Essa concentração, que tange diversos ramos econômicos, como é possível ver nesta edição do GeraçãoE, favorece, segundo Deco, a parceria entre negócios. "Só nos unindo que conseguimos melhorar esse serviço", diz o empreendedor, que prefere deixar a concorrência de lado e optar pelo auxílio mútuo entre os estabelecimentos do São Geraldo. A única ressalva que ele faz em relação ao crescimento do bairro é o cuidado com o morador, que estava ali antes desses empreendimentos chegarem.
Enquanto a economia da região aquece, Deco aplica o mesmo no Komka e põe fogo na brasa. A churrascaria e galeteria à la carte oferece itens assados no espeto, na grelha e na chapa, com preços na média dos R$ 90,00. Destaque para o galeto com queijo e bacon, que sai por R$ 56,00. Outros pratos com influência italiana, como massas e polenta frita - um clássico do restaurante -, também fazem parte do cardápio.
Para os amantes da Komka que desejam levar um pouco das especialidades da casa para o próprio domicílio, o estabelecimento oferece uma linha de congelados, com galeto, lombo, espaguete e a mais querida, a polenta, que, segundo Deco, não pode faltar.
O Komka movimenta o São Geraldo de terça a sexta-feira, das 11h30min às 14h30min e das 18h30min às 22h30min, aos sábados, com operação estendida, e, aos domingos, só com almoço, das 11h30min às 15h.
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Foi dessa necessidade que começou a procura para o futuro empreendimento, e foi no 4º Distrito, mais especificamente no bairro São Geraldo, que os sócios encontraram o ponto ideal. "Disso surgiu a ideia de criarmos um espaço para apresentações, de uma maneira bem simples. Quando começamos, de fato, a planejar o que seria o Agulha, já sabíamos que queríamos instalar ele dentro desse universo que seria o 4º Distrito", lembra. Segundo o empreendedor, mesmo que, na época, a região fosse muito diferente, já havia pesquisas que apontavam a possibilidade de transformação do território em um polo criativo e cultural.
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De acordo com Eduardo, muita coisa mudou desde que o Agulha chegou na região. Problemas com alagamento, transporte e até com a confiança do público eram pontos presentes há alguns anos. "Existia uma resistência de uma parte da cidade, e, hoje, sinto que está diferente. Teve muito evento, notícia e muito bar abriu. Quando chegamos, não existia muita coisa, então tinha essa dificuldade de comunicação, de convencimento do público", pondera o sócio.
A falta de aproximação e união entre os empreendedores antigos e os recém-chegados é um desafio, pondera o sócio. "Falta, muitas vezes, esse encontro de dois mundos. São realidades e públicos bem diferentes e, se não for bem planejado e estudado, vai acabar em uma gentrificação bem óbvia, de sair os negócios antigos e subir os aluguéis", pontua Eduardo. Acompanhe a agenda pelo Instagram (@agulha.poa).
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Roberto foi quem começou os outros dois negócios, Mateus e Thiago contam que entraram nesse universo como hobby e, aos poucos, foram se envolvendo mais e virando sócios. "De seis anos para cá, os dois começaram a trabalhar comigo e, posteriormente, tornaram-se sócios. E criamos aqui, olhando para o 4º Distrito (4ºD), que seria um futuro polo de inovação e empreendedorismo", conta Roberto. Os sócios explicam que o planejamento do projeto já vem de longa data, começando lá em abril de 2018, no entanto, devido à pandemia, as obras atrasaram e as demandas do mercado mudaram.
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André De La Corte, 24 anos, é o nome por trás do negócio, que surgiu inicialmente em 2020 como uma pizzaria. André conta que o desejo de empreender veio a partir da experiência no negócio do pai, Gerson Weissheimer, 61 anos, que comanda o Weiss British Pub do outro lado da rua. "Foi uma ideia de fazer isso ser um polo. Como tivemos muito sucesso no bar do lado, tinha fila para entrar aos fins de semana, tinha que respingar alguma coisa aqui para o lado. Iam ficar duas esquinas bem bonitas para chamar o público", conta André, que inaugurou a pizzaria Azzurra, em 2020, focada no autoatendimento. Apesar de ter atravessado o período difícil, o empreendedor percebeu que o modelo de negócio não era o ideal para a região. "Recalculamos a rota justamente pela experiência que temos no Weiss, que tem um atendimento mais personalizado, para classe e faixa etária mais altas. Vimos um gap no mercado de bares irlandeses", garante André, contando que a receptividade do público à mudança foi positiva. "No primeiro mês que abrimos, tivemos um faturamento mensal maior que o Azzurra. Não teve um número exorbitante de pessoas, mas o ticket médio foi muito mais alto, praticamente igual ao do Weiss. Não podíamos ter feito uma escolha melhor", acredita André.
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André percebe que um dos desafios da região é a distância de outros pontos, o que, em outra perspectiva, é uma vantagem. "Principal desafio é a distância do polo Moinhos e do próprio 4º Distrito, que não é tão perto do nosso ponto. Mas, ao mesmo tempo, é uma coisa boa, porque se diferencia. Lá, é mais famoso por não ter atendimento na mesa, por exemplo, e, aqui, oferecemos conforto", pondera André. Hoje, um dos objetivos do Sullivan's é estender o St. Patrick's, data comemorada em março, ao longo do ano. "Chope e pilsen verde acabam sendo os mais procurados, até porque dá aquela nostalgia do St. Patrick's, e o stout, que os irlandeses gostam muito, e a nossa produção de stout aqui no Rio Grande do Sul é muito boa. Colocamos chope verde todos os dias na torneira. Queremos fazer com que o São Patrick's seja todo dia", conta André.
O espaço, que conta com música ao vivo, opera de terça-feira a sábado a partir das 18h.
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Natural de Venâncio Aires, Maria conta que veio a Porto Alegre em busca de mais oportunidades. "Comecei como faxineira, mas vim para vencer na vida, tinha que conseguir. Entrei em uma empresa de produtos cosméticos, fui chefe de produção, e, quando resolvi sair, decidi que ia trabalhar para mim, não mais para os outros. A minha irmã apresentou um amigo dela, que era chileno, perguntando se eu não queria aprender a fazer pastel", lembra sobre o início da trajetória.
Com a receita pronta, foi a hora de começar o negócio. Antes de ter um ponto fixo, Maria conta que passou cerca de um ano produzindo os itens na sua casa. "Comecei a vender de bar em bar, na rua", afirma.
O primeiro ponto não foi o atual, na avenida São Pedro, 1378, esquina com a avenida Ceará. Em 2007, ela começou a operar na mesma avenida, mas na esquina com a Bahia. "Depois, lá ficou pequeno e tive que vir para cá. Foi feita toda uma reforma na loja e começamos aqui", lembra sobre a mudança de ponto.
Hoje, são 62 pastéis no cardápio, que também conta com panquecas, à la minuta, xis e outros petiscos. Apesar da diversidade, ela garante que os sabores mais clássicos são os preferidos da clientela. "Todos saem bem, mas tem alguns que são os mais vendidos: strogonoff, frango com requeijão, mas o diferencial mesmo é a massa", acredita.
Os pastéis, todos do mesmo tamanho, variam de R$ 9,00 a R$ 18,00 e estão disponíveis também pelo Ifood e na tele-entrega própria do negócio. A modalidade de venda, inclusive, ganhou força durante a pandemia, período adverso para a operação. "Durante a pandemia, passamos um perrengue feio, mas, mesmo de porta fechada, começamos a fazer promoção pelos aplicativos, deu para manter todo mundo", orgulha-se a empreendedora.
A parceria com os negócios vizinhos também ajudou nessa trajetória. Segundo ela, há uma união dos empreendedores e empreendedoras da região a fim de tornar a experiência dos clientes melhor e mais segura. "A nossa vizinhança é muito boa. Nos damos superbem. Para nossa segurança, fechamos todo mundo mais ou menos no mesmo horário, não temos problema de assalto", conta Maria, que enxerga na diversidade de negócios da região um ponto positivo para quem empreende no bairro. "A nossa (avenida) São Pedro é só elétrica, mas temos tudo um pouco aqui, fica bom para todos. Gosto daqui porque estou perto de tudo. Se precisar ir para o Centro, para o aeroporto. Moro aqui, tenho negócio aqui e gosto muito", garante Maria.
Com uma equipe de oito colaboradores, a Arte do Pastel opera de segunda-feira a sábado, das 11h às 23h, e, aos domingos, das 17h às 23h. A tele-entrega própria opera pelo telefone (51) 3325-0320.