Foi da união de uma causa em que acredita com a vontade pulsante de empreender que o jovem Édson Vargas, 21 anos, criou o Mercado Bergamota, e-commerce de produtos veganos em 2022. O mercado opera na zona norte da Capital e conta com mais de 120 itens veganos no cardápio.
A dificuldade em encontrar produtos veganos no mercado e a vontade de tomar as próprias decisões no trabalho foram os principais motivos que levaram Édson ao empreendedorismo. Há quase sete meses, ele comanda, ao lado da irmã Giovanna, o Mercado Bergamota.
Apesar de muito feliz em ter tirado o sonho do papel, o empreendedor admite que a experiência está sendo mais desafiadora do que esperava. "Os três primeiros meses, principalmente, foram muito difíceis. No fechamento de caixa, por exemplo, às vezes, faltava dinheiro, ou sobrava dinheiro, e a gente não sabia da onde tinha saído aquilo, porque era uma falta de experiência, aprendemos fazendo", conta, entre risos. O investimento inicial do negócio foi de R$ 15 mil, e a previsão para obter retorno é após dois anos de operação.
O objetivo dos irmãos é transformar o Berga, como foi carinhosamente apelidado pela dupla, em um mercado popular, de bairro e com preços acessíveis. "Entre os nossos mais de 120 itens, pelo menos 80 são produtos que já se encontram no mercado, mas que não se sabe se é ou não vegano, e nós fazemos essa curadoria, de ir atrás de todos os ingredientes. Então, são produtos normais, que já se vê em outros mercados", pontua.
O estoque ocupa quatro espaços na casa da família, com uma geladeira e freezer dedicada apenas para o mercado, e conta com itens congelados, perecíveis e até snacks veganos para pets. "Me empolgo com a diferença que o Berga pode fazer no dia a dia de um vegano. Sempre pedimos feedback para quem compra, e as pessoas comentam que têm muita opção, que o catálogo é bem extenso, e isso é o que queríamos oferecer. É muito legal ter esse retorno", compartilha Édson. O plano é, ainda neste ano, abrir o espaço físico do mercado, na Zona Norte, perto de onde moram. "Vai ser um mercado convencional de bairro, com arroz, feijão, azeite. Fico imaginando quem não é vegano entrando no mercado e comprando as coisas para uma refeição, vai levar o que tem ali, um creme de leite vegetal, e pode nem se dar conta", pensa. Outra meta, de acordo com o empreendedor, é criar uma relação com a comunidade. "Como um estabelecimento de bairro, acho que devemos alguma coisa para a região porque, querendo ou não, a maior parte dos nossos clientes vai vir do bairro. Pretendemos abrir aqui na rua, enxergamos potencial, e isso é por conta das pessoas que estão aqui, então acredito que precisamos retribuir de alguma forma", ressalta. Atualmente, o mercado atua com retirada no local, tele-entrega e pontos de retirada, que podem ser consultados no Instagram (@mercadobergamota). As vendas são feitas para Porto Alegre e região metropolitana.