O Johnny & Julie encontrou nos doces o foco para fidelizar a clientela

Há oito anos, cheesecake é carro-chefe de cafeteria de Porto Alegre


O Johnny & Julie encontrou nos doces o foco para fidelizar a clientela

Desde que abriu as portas, há oito anos, todos os dias, a vitrine da cafeteria Johnny & Julie tem como estrela a cheesecake com cobertura de frutas vermelhas. Quem garante é Gabriele Wobeto, 35 anos, nome à frente do negócio, que fica na rua 24 de Outubro, nº 1.681. Com foco nos doces, a empreendedora conta que a torta feita à base de queijo cremoso é o destaque entre os clientes e a responsável por atrair novos consumidores à cafeteria. 
Desde que abriu as portas, há oito anos, todos os dias, a vitrine da cafeteria Johnny & Julie tem como estrela a cheesecake com cobertura de frutas vermelhas. Quem garante é Gabriele Wobeto, 35 anos, nome à frente do negócio, que fica na rua 24 de Outubro, nº 1.681. Com foco nos doces, a empreendedora conta que a torta feita à base de queijo cremoso é o destaque entre os clientes e a responsável por atrair novos consumidores à cafeteria. 
Publicitária, Gabriele diz que o desejo de empreender surgiu da sua experiência com o trabalho remoto. Na época, para fugir um pouco do home office, procurava cafeterias para cumprir sua jornada ao longo do dia. O hábito despertou o desejo de ter o seu próprio espaço. "A ideia do café sempre foi ter um ambiente onde as pessoas pudessem se sentir em casa. Sempre gostei muito de decoração, do feito à mão. Esse espaço surgiu como um lugar onde pude trazer um pouco disso tudo que eu gostava: da publicidade, do manual, da decoração", explica Gabriele, que colocou a mão na massa para deixar o espaço - todo colorido, com objetos que misturam um tom mais moderno com itens de crochê - como é hoje. "Tudo aqui sempre foi feito muito por mim, os detalhes, as frases das paredes. Fugimos um pouco do tradicional, usamos muito colorido, pratos delicados. A proposta é fazer com que a pessoa se sinta em casa, que seja um ambiente acolhedor no meio do caos que é a rua 24 de Outubro", destaca. 

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LUIZA PRADO/JC
A escolha do ponto foi, segundo ela, uma oportunidade, já que um conhecido estava fechando uma operação no endereço. "Sabia que era um bairro muito bom, porque já frequentava, trabalhei um tempo por aqui. Na época, não tinha tudo isso que se tornou o bairro agora. Cresceu muito desde então. Quando chegamos, não tinham muitas cafeterias", lembra sobre o contexto do bairro Auxiliadora há oito anos. Em um passado mais recente, a empreendedora destaca que a pandemia também provocou mudanças na região e, consequentemente, no seu negócio. Como muitos prédios comerciais do entorno migraram suas operações para home office, a cafeteria passou a adotar mais o sistema de entregas. "Temos esse segundo braço, além do café, que são as caixas de café da manhã, de aniversário. Não era meu foco, meu objetivo era que a pessoa viesse no local e vivesse a experiência. Com a pandemia, tivemos que reformular muita coisa e foi para melhor, porque expandiu o negócio. O iFood se tornou bem forte. As caixas já fazíamos, mas não era muito divulgado, e também cresceu muito", conta. 

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Apesar do negócio ter surgido com foco nos cafés, os doces tomaram a frente na preferência da clientela e, hoje, são a base da operação. "O negócio foi migrando, não era exatamente o propósito inicial. Tive pessoas que trabalharam comigo na cozinha durante muitos anos e fomos juntas criando receitas. É uma parte que eu gosto muito. A cheesecake, desde o primeiro dia que abrimos tinha uma na vitrine, e fomos cada vez mais trabalhando na receita e explorando isso, já que o público gosta muito. Hoje, as pessoas nos procuram muito como uma confeitaria, querem uma torta à pronta-entrega, mas não consigo ter por falta de espaço. Mas a cheesecake é uma que sempre tem à pronta-entrega", garante. 
LUIZA PRADO/JC
Com diversas cafeterias abrindo as portas em Porto Alegre, Gabriele recebe bem o surgimento de novas operações e encara os desafios de estar em um mercado aquecido. "As pessoas gostam e procuram as novidades. Mas acho que tem público para ambos. É um desafio diário: mudança no cardápio, tentar trazer novidades, atualizar conforme o que tem de novo. Trabalho com uma confeitaria mais tradicional, caseira, mais de mãe mesmo, e acho que o pessoal acaba procurando justamente por isso. Tem negócios tradicionais que tu sabes que vai encontrar qualidade sempre. Um negócio novo tem a questão de estar começando, conhecendo um público. Mas é um desafio diário se renovar sempre e ter o diferencial da qualidade do produto", pondera. 
O Johnny & Julie Café opera de segunda a sexta-feira das 9h às 19h e, aos sábados, das 13h às 19h. Gabriele afirma que, para o futuro, pretende expandir com uma operação pocket, focada nos doces, na região da Cidade Baixa. No entanto, abrir mão do ponto no bairro Auxiliadora não está nos planos da empreendedora, que acredita no potencial gerado pela chegada de novos negócios na região. "Só agrega, porque traz públicos de outros bairros, um pessoal que não conhecia, que não vinha para cá. Tendo outros negócios interessantes no bairro, as pessoas vêm, circulam, conhecem os outros pontos. Só vejo a acrescentar. De quando iniciamos, o bairro só tem melhorias", garante. 

Vídeo: Como é empreender no Auxiliadora