A região, segundo ele, é ideal para negócios que celebram as cozinhas típicas de outros países

Do croissant ao baguete, empreendedor francês aposta em padaria clássica no bairro Auxiliadora


A região, segundo ele, é ideal para negócios que celebram as cozinhas típicas de outros países

Foi em 2014 que o francês Alban Rossollin, chef, confeiteiro e padeiro, mudou-se para Porto Alegre e notou o potencial gastronômico da cidade. Após trabalhar em padarias e restaurantes da França, Austrália e outros países, Alban decidiu criar raízes em solo gaúcho e inaugurou, em 2016, o Café Alban Rossolin, espaço que trabalha com receitas clássicas francesas e ocupa o número 232 da rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora.
Foi em 2014 que o francês Alban Rossollin, chef, confeiteiro e padeiro, mudou-se para Porto Alegre e notou o potencial gastronômico da cidade. Após trabalhar em padarias e restaurantes da França, Austrália e outros países, Alban decidiu criar raízes em solo gaúcho e inaugurou, em 2016, o Café Alban Rossolin, espaço que trabalha com receitas clássicas francesas e ocupa o número 232 da rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora.

Vídeo: Como é empreender no Auxiliadora

Apesar da paixão pela gastronomia ter acompanhado o empreendedor durante toda a vida, o sonho de atuar na área ficou de lado por mais de 10 anos, quando Alban começou a velejar e se tornou profissional no esporte, chegando até a competir por uma vaga nas Olimpíadas. "Mesmo enquanto velejador profissional, sabia que, de uma forma ou de outra, voltaria para a gastronomia. Não sabia quando, como e onde, mas quando conheci Porto Alegre, pensei 'vai ser aqui e vai ser uma padaria'", lembra o empreendedor, que, nos primeiros anos morando na capital gaúcha, não falava português. "Me procuraram para ser técnico das equipes brasileiras de vela que, na época, estavam competindo para garantir vagas nas Olimpíadas. Isso foi ótimo para me ajudar a falar a língua, acabou sendo uma transição boa para aprender a me comunicar", pondera.

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LUIZA PRADO/JC
O objetivo do empreendedor era criar uma padaria de bairro, pequena, que trabalhasse com quantidade limitada de produtos para manter a qualidade. No entanto, conta Alban, a recepção da clientela foi tão boa que a demanda cresceu muito, o que gerou um conflito com a proposta inicial do negócio. "O gaúcho não estava acostumado com esse formato de trabalhar, de dizer que acabou. Todo mundo falava que precisava fazer mais, produzir mais, que estava perdendo dinheiro, mas minha prioridade sempre foi a qualidade, não quantidade", ressalta. Os destaques do cardápio, são o pão baguete, croissant e canelé, quitutes tradicionais da França. "Não sei se acostumei meus clientes muito bem ou muito mal, mas, sempre que tento colocar algo novo, tem uma resistência. Eles querem sempre o mesmo, se tu tentas vender outro produto, não funciona. Eles já estão condicionados a buscarem aquilo", pondera.

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A escolha pelo ponto foi feita através de uma pesquisa de mercado. De acordo com Alban, em 2016, o bairro era muito carente de padarias e espaços para tomar café e apreciar a panificação artesanal. "Além de que, aqui em Porto Alegre, a transição com a Europa não é tão gritante. O Rio Grande do Sul tem muita influência europeia, então imaginei que a adaptação seria mais fácil aqui, mas também gosto muito da cidade e das pessoas daqui", comenta. Recentemente, o empreendedor expandiu a marca e abriu uma nova unidade no bairro Três Figueiras, mas, para ele, o diferencial do Auxiliadora é ser um bairro misto, que tem de tudo um pouco. "Lá é residencial, aqui tem um pouco de tudo, tu consegues viver bastante dentro do bairro. Ele é meio pequeno, as pessoas circulam em uma ou duas quadras, fora disso já acham que é longe e não vão a pé", considera.
LUIZA PRADO/JC
Sobre o empreendedorismo na região, ele pondera que muitos dos negócios locais são pequenos, onde os proprietários se envolvem em todos os processos, o que dificulta um encontro entre os empreendedores. "Reunir todo mundo para sentar, conversar e criar essa interligação entre cada negócio exige tempo, e acredito que não conseguimos separar esse tempo para concretizar ações que poderiam ser feitas de forma mais geral entre nós, conversar é mais fácil do que colocar em prática, um sempre está ocupado, ou não pode, é difícil", pensa o chef. O café abre ao público de terça a sábado, das 8h às 18h30min e, aos domingos, das 8h às 11h30min.

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