Estfany Soares

Atualmente, o serviço conta com cerca de 110 oficineiros encaminhados pelo SUS

Serviço de saúde mental do SUS gera renda para participantes através do artesanato

Estfany Soares

Atualmente, o serviço conta com cerca de 110 oficineiros encaminhados pelo SUS

O GerAção POA, serviço oferecido dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), busca, através da produção de peças de artesanato, gerar renda para grupos de atendimento de saúde mental. Hoje, o serviço conta com cerca de 110 oficineiros que trabalham na produção de itens feitos de forma totalmente artesanal. Compondo a rede de atenção psicossocial de Porto Alegre, o GerAção POA defende o trabalho como uma forma de reabilitação e integração.
O GerAção POA, serviço oferecido dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), busca, através da produção de peças de artesanato, gerar renda para grupos de atendimento de saúde mental. Hoje, o serviço conta com cerca de 110 oficineiros que trabalham na produção de itens feitos de forma totalmente artesanal. Compondo a rede de atenção psicossocial de Porto Alegre, o GerAção POA defende o trabalho como uma forma de reabilitação e integração.
Os cadernos, bolsas, velas e camisetas podem ser comprados na loja no cinema Capitólio, na rua Demétrio Ribeiro, nº 108, ou na sede principal do serviço, na rua Mariante, n° 500, e ainda pelas redes sociais (@geracaopoa). Os produtos partem de R$ 10,00 até R$ 130,00. Além dos itens à pronta-entrega, são aceitas encomendas.
LUIZA PRADO/JC
Os produtos são confeccionados nas oficinas de serigrafia, papel artesanal, costura, bordado e velas. A renda obtida nas vendas é dividida entre todos os oficineiros, e uma parte é destinada à compra de material. As oficinas seguem os princípios da economia solidária, trabalhando com horizontalidade - sem chefe e hierarquia. "Aqui, todo mundo participa, propõe e tomamos as decisões coletivamente. Também trabalhamos com a preservação ambiental, significando aquele material que poderia ir pro lixo, prolongando a utilidade dele", explica Dirceu Luiz Rohr Júnior, oficineiro e coordenador do conselho local de saúde. "Muitas vezes, quem está em algum sofrimento psíquico sofre estigmas sociais, como se essas pessoas não pudessem estar trabalhando e colaborando na construção da cidade. O objetivo é que as pessoas possam produzir, e com toda qualidade, um produto", pontua Adriane da Silva, psicóloga e servidora pública que atua no serviço. Dirceu ainda acrescenta que a entrega de itens com qualidade é uma das prioridades na rotina dos oficineiros.
 
 
 
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Como são produções artesanais, todas as peças passam por diversas etapas antes da venda. "Tudo aqui passa por muitas mãos, desde picar o papel até o encadernamento. Só esse papel, no mínimo, sete pessoas se envolveram", ressalta Adriana, sobre a participação na confecção dos cadernos. Além de gerar renda aos oficineiros, Adriana e Dirceu contam que as iniciativas vão além das quatro paredes, com a busca por reintegrá-los na cidade e na dinâmica social.
LUIZA PRADO/JC
Há, ainda, outros dois novos projetos: o Café Mentaleiro e o Ateliê Costurando em Liberdade. O café oferece produtos orgânicos e é aberto à reservas para grupos no espaço. O ateliê faz consertos e customização de roupas, e é composto pelos oficineiros da costura. A sede do GerAção POA abre de segunda a sexta, das 8h às 17h.
LUIZA PRADO/JC
Estfany Soares

Estfany Soares - estagiária do GeraçãoE

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