Adrielly Araújo

O objetivo das sócias é manter um negócio acolhedor e acessível

Amigas abrem espaço que une bar e cafeteria na Cidade Baixa

Adrielly Araújo

O objetivo das sócias é manter um negócio acolhedor e acessível

“Quem falou que eu ando só?”. Inspiradas na música Povoada, da artista Sued Nunes, as amigas e sócias à frente do Povoada Gastrobar sabiam desde o começo o que queriam em um empreendimento: que as pessoas entrassem e sentissem vontade de permanecer. Localizado na rua Lopo Gonçalves, n° 378, o espaço é comandado por Clauciane Santos, responsável pela cozinha, Karina Roque, gerente, Michelle Vieceli, do financeiro, e Zuleika Branco, da produção cultural.
“Quem falou que eu ando só?”. Inspiradas na música Povoada, da artista Sued Nunes, as amigas e sócias à frente do Povoada Gastrobar sabiam desde o começo o que queriam em um empreendimento: que as pessoas entrassem e sentissem vontade de permanecer. Localizado na rua Lopo Gonçalves, n° 378, o espaço é comandado por Clauciane Santos, responsável pela cozinha, Karina Roque, gerente, Michelle Vieceli, do financeiro, e Zuleika Branco, da produção cultural.
Reunidas na salinha de entrada do bar, que também é cafeteria, a entrevista assume um tom de conversa e a sensação é de escutar pessoas apaixonadas pelo que fazem. É entre interrupções, complementos e gargalhadas que elas contam a história do lugar, que abriu pouco depois de um mês da decisão conjunta em empreender.
“Michelle e Karina trabalhavam comigo em um mesmo lugar, Zuleika é minha companheira, e nós percebemos que não tínhamos nada a ver com aquele espaço”, relembra Clau. “Acredito que foi entender o que não queríamos, mais do que queríamos, que moveu o começo”, afirma Zuleika, lembrando que as sócias decidiram abrir um empreendimento quando perceberam que as pessoas frequentavam o negócio anterior pela comida e atendimento que elas ofereciam. “Foi com pouquíssima grana na mão, sem poder contratar arquiteto, mas com muita sorte de uma das sócias ter bom gosto, que abrimos o Povoada”, diverte-se Michelle, se referindo à Clau, que tem curso técnico em edificações.
ISABELLE RIEGER/JC
Desde o começo a ideia foi abrir na Cidade Baixa, local vivido e muito amado pelo grupo. “Nós sempre fomos muito da noite e moramos aqui, gostamos disso de fuçar e se perder pela CB, então começamos a pensar no que estaria faltando no bairro”, conta Zuleika. “Na nossa visão, faltava um lugar que as pessoas pudessem vir e passar o dia, tomar um café, trabalhar, ler um livro, almoçar, experimentar um drink. Outra coisa importante é que nos finais de semana oferecemos comida até tarde, o brunch vai até às 17h”, explica Clau. “O plano foi juntar várias coisas que nos agradassem, que o cliente se sinta à vontade para trazer seus avós e também as suas amigas. Um lugar includente, com um clima gostoso”, afirma Zuleika.
Karina é carioca, cientista social e veio para Porto Alegre em outubro de 2021. “Cheguei saturada mesmo da vida, sabe? Tinha perdido meu pai há algum tempo e perdi minha mãe no começo desse ano, foi quando eu conheci as meninas e tive essa oportunidade completamente fora da minha área. Nunca tinha pensado em abrir um bar. Isso daqui tem sido muito importante, a melhor coisa que poderia ter acontecido. É tanta loucura, tanta correria que, bem ou mal, te faz mover”, emociona-se.
Buscando criar um local acolhedor, com atenção para a história dos produtos oferecidos, o cardápio do Povoada segue a linha comfort food, que pretende ser uma comida descomplicada e bem-feita, com respeito, memória e cultura. “Vejo que muitos lugares abrem com um conceito pronto. Essa não é a nossa ideia. Queremos que seja sempre um lugar em construção. O espaço vem com a história dele e as pessoas que entram também”, conta Clau.
ISABELLE RIEGER/JC
Com a ideia de ser legal e acessível, as cervejas artesanais vendidas no bar são produzidas pela Michelle e pela Clau, além de também receberem outras marcas, todas locais. Os drinks foram desenvolvidos pela bartender consultora Virginia Cigolini e a carta de vinhos também foi pensada para ser consumida pela primeira vez no local. “No cardápio, alguns doces e os pães de fermentação natural são fornecidos por alguns outros colegas, o resto é produzido aqui. Tentamos oferecer todas as particularidades alimentares, queremos que qualquer pessoa possa comer aqui. Então temos comida sem glúten, sem lactose, vegana e vegetariana”, garante Clau.
O Povoada abre de quarta-feira a domingo, a partir das 11h30min. Na quarta e no domingo fecha às 20h e de quinta a sábado à meia-noite. O cardápio muda sazonalmente e opções de comidas estão sendo consideradas para o verão. “Nós pensamos muito no valor real e justo das coisas. Recebemos artistas, queremos também trazer eventos culturais de todos os tipos, exposições de arte. Queremos ser um espaço aberto para todo tipo de manifestação de cultura, oferecer mais feiras de ruas também”, projeta Zuleika para 2023.
Adrielly Araújo

Adrielly Araújo - estagiária do GeraçãoE

Adrielly Araújo

Adrielly Araújo - estagiária do GeraçãoE

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