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22 de Dezembro de 2022 às 00:25
Minuto Varejo
Patrícia Comunello
GE
Patrícia Comunello
Negócio de família começou na década de 1970 no Centro da Capital
Banca criada no Mercado Público expande no Centro e RMPA de Porto Alegre
Patrícia Comunello
Negócio de família começou na década de 1970 no Centro da Capital
No começo, o território exclusivo da Banca 12 era o Mercado Público Central, com seus 153 anos e um mundo de varejos e fluxo intenso de pessoas no Centro Histórico de Porto Alegre. Comandada há mais de 50 anos por Heitor Nicolini, que tinha 16 anos quando desembarcou na Capital para trabalhar, vindo de Batuvira, interior de Progresso, no Vale do Taquari, a operação ultrapassou as paredes do grande complexo e diversificou ainda mais seu mix.
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No começo, o território exclusivo da Banca 12 era o Mercado Público Central, com seus 153 anos e um mundo de varejos e fluxo intenso de pessoas no Centro Histórico de Porto Alegre. Comandada há mais de 50 anos por Heitor Nicolini, que tinha 16 anos quando desembarcou na Capital para trabalhar, vindo de Batuvira, interior de Progresso, no Vale do Taquari, a operação ultrapassou as paredes do grande complexo e diversificou ainda mais seu mix.
Hoje, são quatro lojas fora do Mercado, onde estão duas bancas (a segunda foi aberta em 2009). No começo de 2000, a marca chegou a Canoas, onde teve dois pontos, que foram unificados em 2021 em um só, com 170 metros quadrados de área de venda, no Centro da cidade.
A unidade mais emblemática, que redefiniu o layout interno e da fachada da operação, foi aberta em 2017 na rua dos Andradas, não muito distante do ponto onde o negócio surgiu. "O ponto tinha uma farmácia que fechou", lembra Heitor.
"As fotos que estão nas paredes da loja despertam a curiosidade das pessoas e reforçam a ligação que temos com o complexo do Largo Glênio Peres. Foi uma forma de levar o Mercado para fora e mostrar que nossa origem vem de lá e temos muito orgulho disso", valoriza o filho de seu Heitor, Heitor Júnior, que hoje puxa a frente da expansão.
"Minha palavra é sempre a última sobre as mudanças", brinca Heitor pai, que reforça, já com semblante mais sério, que "a família atua unida".
"Deixo para os jovens tocarem que estão mais por dentro das novidades", comenta o precursor, citando que o novo layout e modelo de operação "foram importantes para padronizar o negócio".
"Hoje a loja está mais moderna, tem sortimento grande", observa o experiente mercadeiro, que considera a experiência acumulada e a reputação suas maiores contribuições para a permanência da Banca 12. Agora, ele diz que se envolve mais com as compras de fornecedores.
Além das três da Capital e de Canoas, outras duas ficam em Cachoeirinha e Esteio, abertas em 2015 e 2020, respectivamente. A rede soma 75 funcionários e cresce com recursos próprios.
"A última (loja) foi aberta em meio à pandemia. Resolvemos apostar que as pessoas iriam querer comprar mais produtos saudáveis", explica Heitor Júnior.
O foco principal da banca 12 é ser um empório de venda de grãos e outros itens integrais, suplementos naturais e chás. Alguns artigos do antigo armazém de secos e molhados que caracterizava o varejo até o fim dos anos de 1970, mantêm-se nas gôndolas.
A incorporação de grãos e outros alimentos atendeu a uma demanda que a clientela passou a pedir nos anos de 1980. "Tinha fechado uma loja que vendia cereais no Centro e as pessoas passaram a procurar aqui. Alguém tinha de ocupar o espaço", recorda Heitor pai.
Mesmo com layout, conceito e linhas novas, os donos não querem abandonar a marca do comércio a granel e aviamentos que vêm do armazém. "Temos produtos integrais, suplementos, mas continuamos a vender muito pano de prato. Esta é nossa característica", reforça Heitor Júnior.
A expansão da Banca 12 não deve parar. Heitor Júnior estuda abrir mais lojas em 2023, cogitando se instalar nas zonas norte ou sul da Capital e avançar para mais cidades. O novo layout também deve ser levado às bancas do Mercado Público.
Todos os passos são conversados e decididos com o pai, que fez 76 anos em outubro passado, comenta Heitor Júnior, formado em Educação Física e com MBA em gestão de vendas e relacionamento.
"Tenho muito orgulho de ter ele por perto. Tudo isso só existe por causa dele", resume o filho.