Giovanna Sommariva

Objetivo do espaço é oferecer uma opção de qualidade para o público que sai das festas e procura um lugar para matar a fome

Operação focada em lanches clássicos para a madrugada abre no Quarto Distrito

Giovanna Sommariva

Objetivo do espaço é oferecer uma opção de qualidade para o público que sai das festas e procura um lugar para matar a fome

Seguindo a tradição da família, que há duas gerações comanda botecos em Porto Alegre, os irmãos Eduardo e Paula Baldasso abriram, em outubro deste ano, o Larica, espaço que ocupa o número 710 da rua Santos Dumont, esquina com a rua Álvaro Chaves, no Quarto Distrito.
Seguindo a tradição da família, que há duas gerações comanda botecos em Porto Alegre, os irmãos Eduardo e Paula Baldasso abriram, em outubro deste ano, o Larica, espaço que ocupa o número 710 da rua Santos Dumont, esquina com a rua Álvaro Chaves, no Quarto Distrito.
Inspirados pela cultura dos botecos de esquina, a dupla coleciona memórias e experiências no ramo da gastronomia, já que cresceu dentro do empreendimento do pai, o Bolicho do Edu, botequim que opera há 40 anos no bairro Bela Vista. "É um boteco raiz mesmo, estilo piquete, dentro de uma garagem", descreve Eduardo sobre o negócio do pai, que foi reformado pelos irmãos há pouco tempo. "Ele foi precursor do xis de panela aqui em Porto Alegre, tem uma clientela fiel, então o lugar tinha tudo para crescer, mas era largado, passamos 10 meses reformando. Ficou lindo, moderno, mas, depois de um tempo, meu pai disse que não reconhecia mais o lugar, não era mais o bar dele", conta o empreendedor, que, nesse momento, decidiu abrir o próprio espaço.
A proposta do negócio, segundo Eduardo, é oferecer uma opção para o público que sai das festas e procura um lugar para matar a fome na madrugada. "O nome surgiu por conta disso, queremos ser esse espaço que a galera vem quando não tem mais nada aberto para comer, quando sai da festa com fome e só quer comer um xis de qualidade, é para matar a larica", explica o empreendedor, reforçando que, de quinta a sábado, o horário de atendimento inicia às 19h e termina apenas quando o movimento acabar. "Não temos horário para fechar, às vezes é meia-noite, 1h da manhã, somos o último negócio a encerrar por aqui", afirma.
RAMIRO SANCHEZ/ESPECIAL/JC
Por conta da grande experiência que adquiriram com o pai e com a avó, que também tinha uma lancheria na cidade, o negócio tem como pilar principal ser um ambiente familiar, e, por isso, grande parte da equipe é de amigos e familiares da dupla. "Meu chapista é meu amigo de infância, minha irmã toca a cozinha, minha mãe também ajuda, meu cunhado, o conceito é muito familiar", emociona-se Eduardo. "Meu pai nos deu muita base para empreender, minha avó, meu avô também foi mestre de cozinha, uma das inspirações da Paula, então é gratificante poder estar aqui hoje, honrando tudo que aprendemos", compartilha.
O cardápio do espaço conta com receitas familiares, como a carne de panela do pai e a maionese da avó, e se divide entre xis, pastéis e porções de petiscos, buscando oferecer valores acessíveis para a clientela. "Tivemos um cliente que comia a maionese de colher, o que é uma loucura, mas também muito legal", conta Eduardo, entre risos. O local também oferece almoço durante a semana, a partir das 11h30min, e os preços variam entre R$11,90 e R$40,00, com opções vegetarianas e veganas.
O empreendedor compartilha que abrir um negócio em 2022 foi muito desafiador. "O cenário estava instável, a questão política também, essa incerteza, então tivemos de ser muito criativos", revela. "Nossa parede aqui, que é o destaque, são telhas que encontramos no lixo na rua Voluntários da Pátria, economizamos muito nessa parte, até porque o espaço aqui estava vazio, não tinha nada. O investimento foi de R$ 80 mil, mas a maior parte foi na cozinha, os equipamentos. De resto, fomos muito criativos, encontramos outras alternativas", admite.
RAMIRO SANCHEZ/ESPECIAL/JC
Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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