Isadora Jacoby

O café A Morada, que fica na Cidade Baixa, virou assunto nas redes sociais com a publicação

Cafeteria de Porto Alegre viraliza com post pedindo para clientes lavarem a louça

Isadora Jacoby

O café A Morada, que fica na Cidade Baixa, virou assunto nas redes sociais com a publicação

 'Não cobramos 10%, mas pode nos ajudar lavando a louça'. Foram dois cards publicados em um post no Instagram que levaram o café A Morada, inaugurado neste ano na Cidade Baixa, a viralizar nas redes sociais nesta semana. A publicação, que está com mais de 350 comentários no Instagram (@morada.cafe), reuniu mensagens negativas e também positivas, de clientes defendendo o negócio dos 'haters' que chegaram. 
 'Não cobramos 10%, mas pode nos ajudar lavando a louça'. Foram dois cards publicados em um post no Instagram que levaram o café A Morada, inaugurado neste ano na Cidade Baixa, a viralizar nas redes sociais nesta semana. A publicação, que está com mais de 350 comentários no Instagram (@morada.cafe), reuniu mensagens negativas e também positivas, de clientes defendendo o negócio dos 'haters' que chegaram. 
Elin de Godois, empreendedora à frente do negócio que passou pelas páginas do GeraçãoE em maio, conta que a publicação foi uma brincadeira e que essa é aposta da cafeteria para se comunicar com a clientela. "Desde que o café abriu, acabamos criando uma rede de clientes que frequentam o café, que agora são amigos, se tornaram de casa. Em um dia de correria, um amigo estava lavando a louça e falou que não ia pagar os 10%. Mas nós não cobramos 10%, foi só uma brincadeira dele", lembra Elin, que, a partir da situação, teve a ideia da publicação. "Pensei em fazer uma postagem falando que não cobrávamos 10%, mas que a pessoa podia ajudar lavando a louça, dando uma gorjeta para a construção da casa, porque é por isso que o café existe, para que a gente possa juntar dinheiro para seguir a construção da Morada", explica sobre o projeto do A Morada Lar, uma casa com conceito sustentável que os sócios tocam no Litoral. 
Pouco depois, a publicação foi parar no Twitter, onde viralizou. "Alguém pegou apenas um dos cards que dizia parte de lavar a louça e levou para o Twitter, totalmente fora de contexto, e escreveu: ‘acredita que eu queria conhecer uma cafeteria em Porto Alegre e eles fizeram um post pedindo para as pessoas lavarem a louça?’. Sempre quando as pessoas comentavam no Twitter, ela colocava o link da postagem. Então, essas pessoas chegaram no Instagram caindo em cima, falando absurdos", conta Elin, ressaltando que os comentários eram de pessoas que não conheciam a história do projeto. "Falavam como se tivéssemos uma megaequipe, e sou só eu, meu namorado e minha sogra fazendo a produção. Mas as pessoas não sabiam o contexto. Quem já nos acompanhava sabia a proporção do café, quem estava por trás, a história", pontua. 
Desde então, a rotina da empreendedora, além de tocar o café, foi preenchida pela interação nas redes sociais. Ela conta que a aposta foi seguir brincando com a situação. "Primeiro fiquei desesperada, porque não tenho Twitter, não tinha como me defender, falar que era uma brincadeira. Quando veio para o Instagram, começamos a explicar que era uma brincadeira, contar a nossa história, tentar dar a volta por cima e virar o jogo, que as pessoas entendessem o nosso propósito", explica Elin. "O ápice foi que saiu no Sebastião Salgados (@sebastiao.salgados), que é uma página de memes, e aí já estavámos entrando na onda", afirma. 
 
 
 
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Da experiência de viralizar nas redes, Elin destaca que o mais difícil foi lidar com a distorção da mensagem que gostaria de passar na publicação. "O mais louco foi tirar a postagem do contexto, tentar manipular como se fossemos uma grande empresa. Depois, quando as pessoas chegaram ao Instagram, os amigos começaram a nos defender e querer contar a verdade, um senso de justiça imperou em todas as pessoas que frequentam o café, conhecem a história. E isso foi muito legal, perceber que não estávamos sozinhos", diz a empreendedora, destacando que essa união com os clientes foi o saldo positivo da história. "O que surgiu de positivo foi essa virada de chave das pessoas entenderem o negócio, o propósito, a ideia, e dar essa repercussão positiva. Entenderem que é uma piada. Agora estamos conseguindo mostrar a nossa verdade e o nosso lado", diz a empreendedora, que pretende transformar as publicações em decoração para o espaço. "Peguei os melhores prints e vou usar como sousplat nas mesas. Como temos esse lado de humor, respondemos de uma maneira engraçada, sem ofender ninguém. Comentários como ‘eu aposto um rim que esse café é em São Paulo’, respondemos ‘Não, não vai ficar sem rim não! Somos de Porto Alegre’. Esse sempre foi o estilo da nossa comunicação e vai ser isso. Estamos seguindo a brincadeira", garante. 
 
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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