Isadora Jacoby

Operando em soft opening, a Alameda 518 se prepara para começar a operar oficialmente

Bom Fim tem novo food hall com pizzaria, sorveteria e operação para café da manhã

Isadora Jacoby

Operando em soft opening, a Alameda 518 se prepara para começar a operar oficialmente

Para reconectar as origens da família com o bairro, Jairo e Felipe Chotgues, pai e filho, inauguraram, há pouco mais de um mês, a Alameda 518, um espaço no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, que reúne pizzaria, sorveteria, chope e operação de café da manhã. O objetivo, garante Felipe, é criar um espaço para quem, assim como ele, ama o bairro. 
Para reconectar as origens da família com o bairro, Jairo e Felipe Chotgues, pai e filho, inauguraram, há pouco mais de um mês, a Alameda 518, um espaço no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, que reúne pizzaria, sorveteria, chope e operação de café da manhã. O objetivo, garante Felipe, é criar um espaço para quem, assim como ele, ama o bairro. 
De família judaica, Felipe, 26 anos, conta que cresceu no Bom Fim. "Meus bisavós vieram para cá quando o bairro era um pântano, não tinha nada", lembra. Mesmo morando em outra região da Capital, o empreendedor encontra no bairro o seu destino quando o assunto é lazer. "Sempre voltamos muito para cá. E eu, recentemente, vinha muito para o bairro, no Mercado Brasco, na rua João Telles. Sempre ficamos muito de olho em oportunidades por aqui", conta Felipe. 
ALAMEDA518/DIVULGAÇÃO/JC
Foi assim que a dupla descobriu um cantinho perdido no meio do bairro, que não para de ganhar novos negócios, principalmente voltados para gastronomia e entretenimento. "Um dia estávamos passando por aqui e, antigamente, tinha uma delicatessen judaica aqui, vimos que estava fechada, para alugar, e começamos a olhar o terreno. O que as pessoas conheciam era só a parte da frente, onde hoje funciona a Balcone. Fomos visitar o terreno e, para trás, era um galpão fechado, cheio de entulho, aparentemente ninguém entrava aqui há mais de 30 anos. E pensamos que era a oportunidade de pegarmos um espaço no coração do Bom Fim, no meio da Fernandes, que está crescendo tanto, que tem o Sambô, o Brasco, o The Coffee, El Tonel, e montar um negócio legal, revitalizar o espaço e criar uma coisa bacana para a cidade que a gente curtiria estar", diz Felipe. 
O galpão na parte de trás foi destruído e deu origem a um pátio, que fica no fim da alameda que dá nome ao negócio. Na parte da frente, opera a pizzaria estilo napoletana Balcone, que tem outras quatro operações em Porto Alegre. Entrando na pequena viela que conecta a rua ao pátio, está uma operação da sorveteria Di Argento, a West Village, uma operação voltada para café da manhã comandada pela Priscilla's Bakery, e uma cafeteria própria, comandada por Felipe, que também serve chope. "Somos de áreas que não tem nada a ver com gastronomia. Meu pai é arquiteto, eu venho da área da tecnologia e inovação, então não queríamos assumir a questão de comida. Tivemos a ideia do food hall para ter operações bacana, e dentro disso, buscamos operações complementares", explica.
O espaço funciona das 11h às 23h, mas cada operação tem seu funcionamento próprio. Carine Arrué Chu, sócia da Di Argento, conta que integrar o negócio foi uma oportunidade de estar em um bairro já desejado pela sorveteria. "Pensávamos há algum tempo em ter outra loja na rua. E sempre ficava observando os bairros de Porto Alegre, e o Bom Fim parecia ser uma opção legal que tem muitos restaurantes, bares, opções culturais, feirinhas, tem de tudo por ali. O lugar é muito bonito, charmoso, acho que tem uma grande chance de ser um ponto de referência. Tem até um apelo cultural e histórico por trás daquele terreno", diz a empreendedora, que se surpreendeu com a receptividade do bairro, mesmo em soft opening. "Está sendo bem legal a receptividade do bairro, dos vizinhos, são muito simpáticos e afetuosos. A vizinhança está feliz de ver um novo negócio na Fernandes Vieira e nós também felizes de estar por lá", conta Carine. 
ALAMEDA518/DIVULGAÇÃO/JC
Operando há cerca de um mês e se preparando para a inauguração oficial nos próximos dias, Felipe também está contente com a boa recepção e diz que o público que tem frequentado o espaço traduz bem a atmosfera do Bom Fim. "Muita gente nos pergunta qual é o nosso público, se é velho, jovem, mas está sendo bem eclético. Esse é o Bom Fim", garante. 
Apesar da renovação do espaço, é possível perceber que elementos originais da casa foram preservados. A escolha, diz Felipe, foi por manter a história do imóvel. "Nosso objetivo foi manter o máximo possível, porque é a história do espaço. Tenho uma sensação de conforto de chegar aqui e ter essa árvore e ser o espaço como é mesmo. O pátio é um dos ativos muito bacanas do espaço. Eu amo estar no Bom Fim, estar na rua, mas tem barulho, carro passando, e aqui é um local que consegue estar ao ar livre, mas mais de boa. Nem se escuta carro", compara o empreendedor, que enxerga o negócio como uma celebração da sua relação com o bairro. "É muito gratificante. Às vezes, caminho por alguns lugares e me emociono lembrando de ir para creche a pé, de lembrar da infância, da Redenção. Morei muito tempo fora, passei um tempo nos Estados Unidos, em Portugal, em Tel Aviv fazendo coisas diferentes, e, quando eu volto, é quase uma reconexão com a infância", orgulha-se. 
ALAMEDA518/DIVULGAÇÃO/JC
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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