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31 de Março de 2022 às 03:00
GE NOS BAIRROS
Victória Paz
GE
Victória Paz
Apesar das dificuldades, o barbeiro sempre enxergou um grande futuro
Barbeiro que iniciou aos 15 anos formou outros profissionais na Lomba do Pinheiro
Victória Paz
Apesar das dificuldades, o barbeiro sempre enxergou um grande futuro
Se não foi Robson Douglas Prestes Cardoso, de 39 anos, quem ensinou a profissão para algum barbeiro da Lomba do Pinheiro, com certeza, foi alguém que aprendeu com ele que passou os conhecimentos adiante. Em seu negócio, a Equipe Cirilo Art, muitos jovens descobriram um caminho profissional. "Já formei mais de 20 barbeiros", calcula.
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Se não foi Robson Douglas Prestes Cardoso, de 39 anos, quem ensinou a profissão para algum barbeiro da Lomba do Pinheiro, com certeza, foi alguém que aprendeu com ele que passou os conhecimentos adiante. Em seu negócio, a Equipe Cirilo Art, muitos jovens descobriram um caminho profissional. "Já formei mais de 20 barbeiros", calcula.
Cirilo, como Robson é conhecido, apelido que ganhou por causa do personagem da novela Carrosel, começou a trabalhar aos 15 anos, meio que de brincadeira. "Sempre gostei de me arrumar e meus amigos pediam para que eu cortasse o cabelo deles também", conta.
O diferencial de Cirilo são os desenhos feitos com gilete. "Um amigo me emprestou uma máquina, até que me pediram uma arte do Piu-piu, peguei meu sabãozinho gaúcho e fiz", lembra.
Na época, o barbeiro trabalhava em casa. Como não tinha rede social, era tudo no boca a boca. Trabalhou cinco anos fazendo cortes na rua Dandara, nº 12, atendendo da forma que conseguia. Nesse tempo, foi se desenvolvendo. Até que criou coragem para subir para o asfalto, na parada 16. O primeiro endereço foi perto do Mercado Oliveira.
Cirilo conta que nem sempre confiou que seu trabalho chegaria tão longe. "Eu trabalhava com obras e era encabulado, tinha medo de sair e me mostrar. O que me ajudou foi o suporte que recebi do público e propostas de outros salões", expõe.
Apesar das dificuldades, o barbeiro passou a acreditar no futuro. "Morei 10 anos com a minha sogra e resolvi alugar uma casa de duas peças. Estava com um olhar no futuro, vi potencial e desenhei a maquete da residência dos meus sonhos num isopor. Depois de três anos, comprei o lugar. Hoje tem dois andares", diz.
Cirilo já teve mais de uma operação, mas agora foca na unidade da rua Tanaui da Silva Boeira, nº 66. A Lomba do Pinheiro, para ele, é tudo. "Quando comecei a trabalhar, era só eu quem fazia esse tipo de arte. Me perguntava: se eu sair daqui, quem vai cuidar do pessoal? Fiquei enraizado", admite.