O Refúgio La Ventana, na região dos Campos de Cima da Serra, em Cruzeiro do Sul, distrito pertencente ao município de São Francisco de Paula, não tem televisão, rádio ou boa conexão de internet Wi-Fi. Parecem atributos que afastariam possíveis hóspedes? Que nada. São essas características que têm atraído as pessoas durante a quarentena.
Com capacidade para receber até 12 pessoas, o empreendimento é de Giovanna Previdi, 34 anos, e de Alexandre Borges, 46. A obra começou a ser idealizada em 2011. "Sempre tive o intuito de fazer uma casa ecológica diferenciada e, aos poucos, ela foi sendo compartilhada com amigos", conta Giovanna.
Como o Refúgio é uma residência, não um hotel ou uma pousada, não há serviço de quarto nem refeições feitas por cozinheiros. Os hóspedes são responsáveis pela manutenção e organização do local, como lavar a louça e tirar o lixo. Assim como pela comida, pois, embora seja um lugar simples, é equipado com uma cozinha completa que possui duas geladeiras, um freezer, um frigobar, um micro-ondas, um fogão a gás, um fogão a lenha e churrasqueiras.
O destino fica distante cerca de uma hora e meia do centro de São Francisco de Paula e também a uma hora e meia do centro de Caxias do Sul, sem vizinhos próximos. O acesso ao local é feito através de um trecho de 15km de estrada de chão, por isso Giovanna não recomenda o uso de veículos baixos.
"Não aconselhamos chegar à noite, pois a estrada de chão não é iluminada e o trecho final não tem sinal de celular", ressalta a empreendedora. Ao locar a casa, os hóspedes têm acesso ao Rio Tomé que passa dentro da propriedade. Ele possui uma pequena área para banho e é possível pescar.
Mesmo que comporte 12 pessoas, o Refúgio acomoda seis com mais conforto, considerando as camas e a mesa principal de refeições. O valor do espaço para um fim de semana (de sexta-feira a domingo) é de R$ 900,00 para até quatro indivíduos, e mais R$100,00 por pessoa adicional. Além disso, a casa possui uma taxa de limpeza de R$100,00, que pode ser repartido. "Até por isso, damos preferências a grupos de amigos ou famílias, já que a casa é locada como todo (e não quartos) - e também porque não consideramos ter uma proposta de hospedagem romântica", diz Giovanna.
Segundo ela, o Refúgio é mais acessível financeiramente que outras locações na serra gaúcha, mas a proposta segue a ideia inicial do projeto, que é a de acolher quem busca a experiência da simplicidade, natureza e isolamento. A prioridade é ser um espaço tranquilo, por isso, o calendário de reservas é aberto, no máximo, com um mês de antecedência, ou quando Giovanna tem certeza que o casal não usará. "Costumamos não locar em feriados, pois acabamos indo passar um tempo lá nesses momentos. E, no caso de locarmos nessas ocasiões, o valor acaba subindo, por ser um período mais longo e de maior procura, normalmente a partir de R$1,5 mil, mais a taxa de limpeza."
A locação está acontecendo normalmente durante esse período de pandemia, pois, conforme Giovanna, não há qualquer contato dos donos com os hóspedes. Ela também ressalta que as locações costumam acontecer com um intervalo de dias para que haja tempo para o espaço ser devidamente higienizado. Reservas e outras informações pelo Instagram @refugiolaventana.