Criado em 2011, em Santa Maria, o Delivery Much é uma franqueadora de delivery especializada em cidades do interior do Brasil. O negócio se posiciona como uma alternativa aos grandes players do mercado, como iFood, Uber Eats e Rappi, que abocanham uma alta porcentagem nas vendas dos estabelecimentos. Idealizada pelos sócios Pedro Judacheski, Fernando Giareta e Guilherme Kruel, a empresa dobrou de tamanho durante a pandemia, com crescimento de 128% sobre 2019. Com 70 funcionários no início do ano, agora, são 285 postos preenchidos e 100 vagas abertas.
A meta é concluir 2021 com a operação em 1 mil cidades, número que, hoje, se encontra em 320. "O delivery vem crescendo num ritmo de não darmos conta de tudo", afirma Pedro, que é o CEO da Delivery Much. O projeto nasceu no Parque Tecnológico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a partir de reflexões sobre os grandes apps de delivery e a realidade da cidade.
"Queremos ser justos com o comerciante. Ele tem que fidelizar o cliente, gerar mais renda", afirma. Enquanto os tradicionais apps pegam fatias de 12% a 14%, a iniciativa dos gaúchos fica em 10%. Além de restaurantes, o app trabalha com outros segmentos, como farmácias e pet shops.
Outro detalhe que diferencia o negócio dos demais é o franqueamento de delivery nas cidades. "Começamos a pensar num modelo de expansão e percebemos que precisávamos de mais Pedros nas diferentes regiões. Foi aí que, em 2015, surgiu a ideia das franquias", lembra. Assim, os comerciantes contam com apoio e suporte local do aplicativo a partir dos franqueados nos municípios, e não com um número de 0800 nacional, como ocorre com a maioria das alternativas semelhantes.
Para o CEO, o mercado de delivery tem inúmeros desafios, como as particularidades de cada cidade de interior, até o número de motoboys disponíveis para realizar as entregas. Porém, com a alta, ele acredita que opções só continuarão a aparecer cada vez mais.
"O nosso objetivo é democratizar o delivery através do empreendedorismo. Nosso grande concorrente é o fogão. Por isso, temos que tornar o delivery mais eficiente, gostoso e econômico", afirma.