Atualmente, a presença feminina na gestão de empresas tem demonstrado um crescimento significativo, apesar de ainda haver obstáculos a serem superados. A proporção de mulheres em cargos de liderança expandiu sobretudo em empresas cotadas em bolsa, onde a presença feminina nos conselhos de administração passou de 5,7% em 2011 para 25,5% em 2022. No entanto, apenas 13,9% das direções gerais são ocupadas por mulheres, segundo Informa D&B. Esse crescimento é resultado de políticas de diversidade e inclusão, além de pressões legislativas que exigem maior representatividade feminina.
Conforme dados da Forbes, alguns desafios latentes que as mulheres enfrentam ao assumir cargos de liderança incluem o "degrau quebrado" que impede a promoção para o primeiro cargo de gestão, desigualdade salarial, preconceitos de gênero e a necessidade de equilibrar responsabilidades profissionais e pessoais. Embora a participação feminina em cargos executivos tenha crescido de 17% para 28% nos últimos oito anos, a verdadeira paridade de gênero ainda está distante.
Hoje, as empresas estão mais abertas à liderança feminina por meio da adoção de políticas de diversidade e inclusão. Um estudo da Robert Half retratou que 76% das empresas se preocupam com a desigualdade de gênero no ambiente de trabalho. Mas ainda é necessário melhorar a representatividade feminina em cargos de alta liderança e combater preconceitos inconscientes no ambiente corporativo. Empresas que promovem a diversidade de gênero em cargos de liderança relatam um crescimento de 5% a 20% nos lucros, segundo dados da FIA.
Para crescer na gestão empresarial, é essencial que as mulheres desenvolvam habilidades de liderança, confiança, resiliência e capacidade de inovação. A construção de uma rede de contatos sólida e a busca por mentoria são fundamentais. Características como empatia, cooperação e visão de longo prazo são associadas ao sucesso das líderes femininas.
No Brasil, como aponta a Forbes, as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança, mas ainda estão sub-representadas na alta liderança, com apenas 28% nos níveis de diretoria e C-Level. Esse dado reflete a necessidade contínua de políticas e práticas que promovam a equidade de gênero nas empresas.
Por exemplo, a Alcoa tem como objetivo aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança para 50% até 2030, e a Alelo já possui 50% de mulheres na alta liderança (Exame). Essas iniciativas são fundamentais para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo.