Já ouviu falar do Drex, moeda digital que está em fase de testes no Brasil? Pois saiba que toda engenharia por trás dessa iniciativa não envolve magia, nem feitiçaria. Mágica faz Drexler, o Jorge, músico uruguaio que nos encanta com suas composições. Com o Drex, o que temos é tecnologia para desburocratizar processos e facilitar a vida.
A previsão é de que o Drex seja uma espécie de real digital, não uma unidade de valor diferente, como é o bitcoin (embora ambas usem blockchain — tecnologia segura e descentralizada de registro distribuído). O nome vem da união entre as palavras 'digital', 'real' e 'eletrônico', com o 'x' referindo-se à 'experiência' — lembram do UX (user experience ou, traduzido, experiência do usuário)?
Mais do que um simples equivalente do real online, o Drex tem potencial para ir além. Isso porque pode ser o começo de uma nova estrutura financeira, mais ampla, capaz de tornar-se imprescindível para uma série de operações.
Neste momento, ainda não dá para dizer que vai dar para fazer compras no mercado com o Drex, embora seja bem possível que sim. O que parece claro, até o momento, é que a iniciativa vai simplificar transações que, atualmente, demandam o uso de dinheiro e documentos.
Por exemplo: a pessoa vai comprar ou vender um imóvel. É uma ação que envolve valores, que rodam no sistema bancário, e certidões, que fazem parte da seara imobiliária. Como essas estruturas são diferentes, é preciso fazer uma via sacra em cartórios e bancos. Com o Drex, teoricamente, haveria a unificação de alguns sistemas, permitindo que toda a transação fosse feita em um único sistema. Assim, seria preciso adquirir tokens (objetos digitais que representam algo real) com a minha instituição financeira, no valor do imóvel que está sendo negociado. O sistema onde estariam esses tokens validaria a documentação envolvida e, caso tudo esteja de acordo, o negócio é fechado e o valor transferido.
Mas ainda é preciso aguardar mais informações. Como tudo que envolve tecnologia (vide Pix, Inteligência Artificial...), nada é absolutamente bom ou ruim. Tem seus prós e contras, e é preciso estarmos atentos.