Daniel Ustárroz, Professor da Pucrs, especialista em Gestão de Pessoas (Pucrs) e Resolução de Conflitos (UCLM)., Professor da Pucrs, especialista em Gestão de Pessoas (Pucrs) e Resolução de Conflitos (UCLM)

De acordo com o professor da Pucrs, o profissional competente é aquele que possui uma postura proativa e reconhece suas responsabilidades sociais, transformando seu ambiente em um local mais agradável

O que é um profissional competente?

Daniel Ustárroz, Professor da Pucrs, especialista em Gestão de Pessoas (Pucrs) e Resolução de Conflitos (UCLM).

De acordo com o professor da Pucrs, o profissional competente é aquele que possui uma postura proativa e reconhece suas responsabilidades sociais, transformando seu ambiente em um local mais agradável

Durante anos, desenvolvemos a percepção de que o profissional competente seria aquele que dominasse, tecnicamente, a arte de seu ofício. Valorizamos, assim, o conhecimento adquirido a partir da leitura de livros, frequência nos bancos escolares e universitários. E, com razão, podemos afirmar que a formação continuada ao longo de nossa vida (lifelong learning) é essencial para avançar e se manter relevante.
Outra noção interessante parte da ideia de habilidades. Ou seja, o conhecimento seria uma espécie de pressuposto para a competência profissional. Contudo, um passo seguinte e decisivo seria aplicar o conhecimento em favor das pessoas e da sociedade.
Sob esse enfoque, o profissional competente é aquele que, no dia a dia, utiliza do seu conhecimento teórico conquistado. Ele coloca em prática aquilo que sabe e produz resultados. Mais recentemente, surgiu uma terceira perspectiva que valoriza, para além do conhecimento e das habilidades, a atitude. Reconhecendo a sua responsabilidade na vida de sua família, de suas empresas e da sociedade, o profissional competente gera impactos positivos. Através de postura proativa, ele transforma o seu ambiente em um local mais agradável. Auxilia os seus colegas e as suas empresas a aprimorar os seus processos, melhor atender os seus clientes, enfim, participa ativamente do jogo corporativo e social.
Observamos em 2024 muitos exemplos dessa última perspectiva. Diante dessa imensa tragédia humana e ambiental, que assolou o Rio Grande do Sul, formaram-se redes de solidariedade, que atuaram de variadas maneiras. Alguns produziram marmitas. Outros efetuaram doações. Muitos pela primeira vez experimentaram a alegria do trabalho social voluntário. Pergunto: essas atitudes não seriam também um indicativo de competência?
Carol Dweck, psicóloga norte-americana, formulou algumas questões que pautam a atuação cotidiana de profissionais competentes: "O que posso aprender com essa experiência?"; "Como posso utilizá-la para o meu aperfeiçoamento?"; "Como enfrentar esse problema?"; "É possível mapear novos rumos"?; "Quem serão meus aliados para o crescimento? "Qual é o meu baú de habilidades e estratégias"?; "Consigo identificar novas formas de obter aprendizados significativos?". Essas respostas servem de farol para guiar as nossas ações. Mas elas demandam uma série de competências comportamentais: humildade, concentração, esforço, perseverança, incessante autodidatismo, ética, relacionamento, trabalho em equipe, etc.
A boa notícia é que essas qualidades podem ser desenvolvidas, a partir de treinamento constante. Portanto, todos somos profissionais competentes em potencial. Temos plenas condições de aprender coisas novas, desfrutar da felicidade das descobertas e aprimorar a nossa atuação. Ninguém nasce com o talento e o repertório suficientes. É pela dedicação constante que se forma um bom profissional.
 
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Daniel Ustárroz
Professor da Escola de Direito da PUCRS
Daniel Ustárroz, Professor da Pucrs, especialista em Gestão de Pessoas (Pucrs) e Resolução de Conflitos (UCLM)., Professor da Pucrs, especialista em Gestão de Pessoas (Pucrs) e Resolução de Conflitos (UCLM)

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