Luiz Carlos Bohn, Presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae RS

No momento, todos estão focados em salvar vidas e colocar todas as pessoas em segurança. Mesmo assim, o Sebrae já vem trabalhando para traçar um panorama para saber como agir no suporte às MPEs

Retomada da economia do RS começará pelos micro e pequenos negócios

Luiz Carlos Bohn, Presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae RS

No momento, todos estão focados em salvar vidas e colocar todas as pessoas em segurança. Mesmo assim, o Sebrae já vem trabalhando para traçar um panorama para saber como agir no suporte às MPEs

Mais de 50 mil vagas de emprego foram geradas por micro e pequenas empresas em 2023 no Rio Grande do Sul. Os pequenos negócios responderam, em média, por oito em cada 10 empregos criados na economia no ano passado. Este dado demonstra quão importantes são os micro e pequenos negócios para a economia do Estado e o quanto precisarão de ajuda para a retomada da atividade após as fortes chuvas e alagamentos que atingiram 449 municípios, provocaram até aqui mais de 140 óbitos, quase 130 desaparecimentos, colocaram quase 100 mil pessoas em abrigos e desalojaram mais de 500 mil pessoas até agora.
Segundo levantamento do Sebrae-RS, a tragédia climática que alcançou 90% do Estado afetou cerca de 600 mil micro e pequenas empresas, as quais foram atingidas diretamente em todo o Rio Grande do Sul, principalmente na Serra, Vale do Taquari e Região Metropolitana. Na verdade, as micro e pequenas empresas acabam sendo ainda mais abaladas por não terem, muitas vezes, condições de arcar com tamanho impacto, diferentemente das grandes empresas. Por isso, elas necessitam uma atenção especial.
E é por isso que na última semana o Sebrae-RS lançou uma pesquisa que busca entender o impacto dos alagamentos na vida e nos negócios de todos os portes de empresas e entender com mais exatidão como está a situação dos empresários desses segmentos. A Pesquisa para Avaliação do Impacto das Enchentes nos Negócios do RS pode ser respondida pela internet através deste link: bit.ly/juntospeloRS.
O levantamento, operado pelo Sebrae-RS a partir de uma iniciativa do Gabinete de Apoio ao Empreendedor organizado pelo governo do Estado, busca saber o porte do negócio afetado, se está atualmente em operação, como o empreendimento foi atingido pela enchente, estimativa de prejuízo, número de colaboradores, se possui seguro, se precisará de crédito (dinheiro a fundo perdido) para retomada da operação e a expectativa do empreendedor para os próximos meses.
Sabemos que, no momento, todos os entes públicos e privados estão focados em salvar vidas, colocar todas as pessoas em segurança e restabelecer os sistemas básicos. Mesmo assim, o Sebrae já vem trabalhando para traçar um panorama para saber como agir no suporte às MPEs.
Com dados mais sólidos em mãos, poderemos traçar estratégias para ajudar os empresários. O primeiro passo é constatar o tamanho do problema e quanto eles perderam. Depois, com as águas baixando e começando a reconstrução do estado, o Sebrae-RS vai estar, como sempre, lado a lado com os micro e pequenos empreendedores para que possam reerguer seus negócios.
 
Carlos Macedo/Divulgação/JC
Luiz Carlos Bohn - presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae e do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Se
Luiz Carlos Bohn, Presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae RS

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