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19 de Novembro de 2018 às 17:39
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Robson Hermes
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Robson Hermes
O estabelecimento em Porto Alegre é repleto de prendedores de coleiras e tem até lanches para animais
Café para humanos e cães abre perto do Parque da Redenção
Robson Hermes
O estabelecimento em Porto Alegre é repleto de prendedores de coleiras e tem até lanches para animais
Os frequentadores cachorreiros do Parque Farroupilha (Redenção), em Porto Alegre, têm mais uma opção de parada. O Santa Fermata Caffè & Vino, localizado na rua Santa Terezinha, nº 29, é todo planejado para receber os clientes e seus amigos de quatro patas.
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Os frequentadores cachorreiros do Parque Farroupilha (Redenção), em Porto Alegre, têm mais uma opção de parada. O Santa Fermata Caffè & Vino, localizado na rua Santa Terezinha, nº 29, é todo planejado para receber os clientes e seus amigos de quatro patas.
Os proprietários Mariana Keller, 57 anos, e Fábio Negrello, 52, contam que o negócio é inspirado em cafés da Itália, onde ela viveu por alguns anos. Fermata, entre outros significados, quer dizer "parada" em italiano.
E, para Mariana, é isso que o negócio veio para representar em meio ao bairro: ser um lugar para uma pausa. E o rito é levado a sério. Quando chegam, os clientes são recebidos com água à vontade. No cardápio, há opções que vão de saladas a massas veganas e cafés. Além de que o estabelecimento é completamente convidativo para os animaizinhos. Na maioria das mesas é possível encontrar prendedores para as coleiras.
"Ninguém quer deixar o bichinho na rua. Ele é tua companhia", justifica Mariana. "Como vou deixar ele na rua e tomar um café tranquila?", indaga a empreendedora, que está no ramo de cafeterias há 27 anos. Além disso, há quadros de cães por todas paredes do estabelecimento.
Para deixar os peludos felizes, há opções de biscoitos, brinquedos e até - pasmem - cerveja para cães. A bebida é feita de caldo de legumes ou carne engarrafada (!).
A decisão por abrigar os bichinhos passa por uma história que marcou a vida de Mariana. Certo dia, ela encontrou duas cadelinhas de rua, em péssimas condições, amamentando uma ninhada de filhotes. Aquilo a sensibilizou. "Juntei comida e as alimentei, mas o olhar delas nunca mais esquecerei", emociona-se. A partir daí, mobilizou a vizinhança e conseguiu castrar 18 cadelas de rua. "No dia seguinte, os cachorrinhos estavam felizes correndo", lembra.
Como ela tem um imensurável carinho por cães, em menos de uma semana adotou a Thay. Há cerca de um ano, a cachorrinha Tosca, que tinha 9, a deixou. "Fiquei bastante mal. Ela era meu tudo", lamenta. Com a perda, decidiu que era a hora de se dedicar à causa.
Mariana e Fábio aliam a causa animal ao empreendedorismo | Foto: Marcelo G. Ribeiro/JC
Parte do faturamento da Fermata vai ser destinado à uma sala de castração em alguma clínica, onde serão atendidos animais abandonados e, por um valor simbólico, os que pertencerem a pessoas carentes. Ela sabe, no entanto, que achar quem abrace a iniciativa é uma tarefa árdua. "Nenhuma clínica quer cachorro de rua", justifica. "Meu sonho é diminuir, com o tempo, o número desses anjinhos que andam sozinhos pelas ruas", persevera.
Inaugurado no último dia 15 de outubro, por enquanto o negócio funciona em modo soft open. Quando tudo estiver 100%, outros serviços serão introduzidos. "Os vinhos ficarão para um segundo momento. Primeiro vamos nos fortalecer como cafeteria", planeja Mariana.