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Expointer encerra com faturamento de R$ 8,1 bilhões e supera 2023
Destaque para o Pavilhão da Agricultura Familiar, que vendeu R$ 10,8 milhões, alta de 25,4%
Por Claudio Medaglia
A 47ª Expointer superou mesmo as expectativas e venceu a marca de comercialização registrada na edição anterior. O faturamento da mostra agropecuária chegou a R$ 8,1 bilhões, 1,4% acima do total arrecadado no ano passado.
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A 47ª Expointer superou mesmo as expectativas e venceu a marca de comercialização registrada na edição anterior. O faturamento da mostra agropecuária chegou a R$ 8,1 bilhões, 1,4% acima do total arrecadado no ano passado.
As bilheterias registraram, até as 10h30min, uma visitação de 662 mil pessoas nos nove dias da mostra. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa na tarde deste domingo pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e irrigação, Clair Kuhn, no estande do governo do Estado no Pavilhão Internacional do Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Destaque para o Pavilhão da Agricultura Familiar, que vendeu R$ 10,8 milhões, alta de 25,4%. A performance positiva já era esperada por quem circulava pelo parque ao longo da semana, já que o espaço esteve cheio permanentemente e muitos empreendedores esgotaram seus produtos na mostra.
As indústrias de máquinas e implementos agrícolas, mais uma vez, foram o carro-chefe dos negócios. Com faturamento de R$ 7,39 bilhões, o setor cresceu 0,57%, apesar das desconfianças prévias ao início da mostra.
"Sempre fui um otimista, como todos me conhecem. Mas jamais poderia imaginar que o resultado final dos negócios do setor chegariam a esse número. Um dos segmentos que ajudou na consolidação desse volume de vendas foi a linha amarela, com demanda por retroescavadeiras e outros equipamentos que irão ajudar a reerguer o Rio Grande do Sul pós-catástrofe climática", disse o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers) e da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Claudio Bier.
A comercialização nos estandes das montadoras automobilísticas também foi uma surpresa positiva, com crescimento de 25,5%, chegando a R$ 592 milhões. E a venda de animais em leilões aumentou 48% sobre o ano passado, totalizando R$ 18,9 milhões.
Um setor que registrou importante queda foi o de insumos. O sistema cooperativo teve redução de 57,6% nas vendas e parou nos R$ 36,7 milhões. Sintoma do impacto das chuvas extremas de abril e maio sobre os solos e da falta de recursos financeiros pelos produtores rurais para investir na recuperação das áreas degradadas. Esse processo, porém, deve ser retomado nos próximos dias, após os anúncios do governo federal com o encaminhamento de uma nova linha de crédito para financiamento da safra de verão e de ajuste das contas para as dívidas do passado.
A arrecadação de R$ 46,7 milhões no comércio geral representou diminuição de 14,9% sobre as vendas no ano passado, enquanto os artesanatos faturaram R$ 1,5 milhão, alta de 7,3%.
A totalização dos negócios na feira mostrou a importância da decisão de realizar a mostra, ainda quando as condições do parque eram muito precárias, disse o governador Eduardo Leite. "Movimenta a economia, gera emprego e renda".
Leite também salientou a mostra como palco de importantes negociações e anúncios, como as conversas com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Pimenta (Reconstrução do RS) e Paulo Teixeira (MDA) para a definição de uma nova linha de financiamento para suportar a recapitalização dos produtores endividados e com perdas sucessivas nas últimas safras.
O vice-presidente do Sistema Farsul, Domingos Velho Lopes, também destacou as ações anunciadas durante a feira no que diz respeito às medidas para potencializar a ampliação da estrutura de irrigação nas lavouras. "Vamos destravar a irrigação no RS sem perder um centímetro do rigor jurídico e a proteção ambiental, através da retirada da necessidade de licenciamento para implantação de pivôs centrais e a facilitação para o aumento de licenciamentos para barragens".
A subsecretária do Parque Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima, não escondeu o entusiasmo com o resultado. "Andando pelo parque já tínhamos percebido o tamanho desta feita. Esses números são surpreendentes. Tínhamos expectativa de faturar talvez 50% do resultado do ano passado. Com esperança, mas imaginávamos ver o parque mais esvaziado, vendas menores. Mas não foi o que a gente viu. Trabalhamos muito e fizemos uma feira com uma estrutura melhor do que no ano passado, com mais qualificação e melhor estrutura. Já estamos trabalhando a Expointer de 2025, com novos eventos, parceiros, negócios, modelos de relação, para uma feira mais qualificada".
A mostra do ano que vem será realizada de 30 de agosto a 7 de setembro.