Ana Esteves, especial para o JC
O tradicional balanço do Sistema Farsul, realizado todos os anos, no último dia da Expointer trouxe, na manhã de ontem, os pontos altos da 47ª Expointer, sob o ponto de vista dos dirigentes da entidade. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou a feira como palco para decisões determinantes para o setor rural gaúcho. “Conseguimos acordar com o ministro da agricultura, Carlos Fávaro, medidas que trarão um alento dentro das difíceis negociações que vinham sendo feitas com o governo federal que teve grande capacidade de identificar o volume da dificuldade e nos atender”, afirma.
O economista da Farsul, Antônio da Luz, afirma que em 7 de maio foi encaminhada a proposta prorrogação das dívidas por 15 anos, com juros a 3% e carência de dois anos. E, ao afinar as negociações com o governo ficou definida a prorrogação oito anos, com um ano de carência incluído. Produtores, cooperativas, cerealistas e fornecedores de insumos poderão acessar os R$ 15 bilhões em recursos do fundo social para empresas gaúchas. “É preciso saudar, elogiar e ressaltar o que foi feito”, afirma Luz.
O presidente da Farsul também destacou a importância da liberação da construção de barragens até 25 hectares com licenciamento municipal e a liberação completa das máquinas de irrigação. “Não havia justificativa fazer licenciamento ambiental para comprar uma máquina para irrigar, pois ela não é diferente de uma colheitadeira, de uma plantadeira”, diz Gedeão.
O vice-presidente da Farsul, Domingos Velho, disse que havia uma demanda do setor produtivo, desde 2022, para uma nova resolução sobre o assunto. “Vai destravar de forma eficiente, sem perder o rigor técnico e jurídico quanto ao aspecto ambiental”.
O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, fez um balanço da participação e comercialização dos animais, durante a feira. “Em 2023, foram 3.479 animais inscritos e, nesse ano, 3.454, leve queda, mas que considero altamente positivo em função de tudo o que aconteceu”. O mapa de vendas desta edição teve 500 transações, que contabilizaram R$ 17,5 milhões. Em2023, foram 651 transações, com R$ 12,8 milhões. “São sinais de que o pessoal da pecuária acreditou na Expointer: vendemos 150 animais a menos, mas com maior valorização”, completou.