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Novas estrelas do parque chamam atenção por onde passam
Mulas, burros, bovinos de corte e ovinos são os destaques da feira neste ano
A maior vitrine agropecuária do Rio Grande do Sul abre suas portas também para exemplares de outros estados. O criador de muares, Martin Frank Herman, da fazenda Campeãs da Gameleira, de Itapetininga, interior de São Paulo, trouxe à Esteio dois exemplares de mulas e dois de burros que já viraram atração durante o primeiro final de semana da Expointer. O objetivo é justamente esse: aproveitar a feira para difundir a espécie no Estado. "A aptidão dos muares é justamente conforto de sela, pois eles marcham, não trotam", diz.
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Raças Senepol e Saanem estão de volta ao palco de Esteio
Nesta edição da Expointer duas raças estão de volta, de olho na projeção que a vitrine do agro costuma dar: a raça bovina de corte Senepol retorna depois de dois anos, e a caprina Saanem, após sete anos sem pisar em Esteio. Doze exemplares Senepol vêm do criador Emanuel Penha, da Cabanha Ematholu, de Triunfo. "Nós criamos Senepol desde 2019, trabalhamos na venda de reprodutores PO, matrizes, sêmen e embriões", destaca. Segundo ele, os animais têm sido bem requisitados, pois são usados na cruza industrial: touro Senepol com matrizes de outras raças britânicas e Nelore.
O Senepol é uma raça rústica que se adaptou muito bem aos trópicos, dócil, de fácil manejo, com baixa incidência de carrapato e ótima cobertura a campo. "É um animal com pelo zero que tem tido grande procura, justamente por ter menos infestação por carrapato, o que reduz bastante o manejo", diz Penha. Entre as 15 raças de bovinos de corte, estão inscritos 615 animais, dois a menos do que em 2023.
A grande estrela do pavilhão dos caprinos tem nome de patinadora campeão olímpica: Katarina Witt, uma cabra da raça Saanem tem chamado a atenção por ser a única no espaço e por representar o retorno da raça à Expointer. "Eu trouxe a Katarina como um símbolo para retomar a raça no Estado, pois ela está desaparecendo do Brasil. Aqui no Estado não tem e restam apenas alguns exemplares em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro", revela a criadora Bernadete Batista, de Governador Celso Ramos (SC). Ela conta que iniciou a criação de cabras pois precisava de leite para alimentar os filhotes de cães São Bernardo do seu canil, cuja mãe ficou sem leite.
"E eu me apaixonei pela raça, fui estudar, saber de manejo, pois é a maior cabra de leite do mundo e hoje já tenho cinco exemplares da raça Saanem, dando cria, e outras cinco mini-cabras também", destaca. Segundo ela, se trata de uma raça dócil, tranquila e resistente, de manejo fácil. "Elas só precisam de carinho e alimentação correta para produzirem bem. Até música clássica eu uso para elas ficarem mais tranquilas", comenta Bernadete que se dedica à produção de queijo e doce de leite de leite de cabra. Entre os caprinos, são 101 animais inscritos de três raças: Saanem, Anglonubiana com 40 exemplares e Boer com 60 exemplares. As raças Kalahari e Savana, presentes em 2023, não estão participando neste ano.