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Laboratório desenvolve tecnologias para medir poluição atmosférica
Pesquisador Mauro Schumacher será premiado pelo seu trabalho como coordenador do Labeflo
Coordenador do Laboratório de Ecologia Florestal (Labeflo), Mauro Schumacher é um dos pesquisadores reconhecidos pelo 28º Prêmio O Futuro da Terra, organizado pelo Jornal do Comércio em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Ele será premiado na categoria Inovação e Tecnologia Rural.
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Incentivo ao intercâmbio de estudantes com outras universidades
Desde a sua entrada na Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm), Mauro incentiva a criação de parcerias com universidades internacionais para intercâmbio de estudantes. Segundo ele, a iniciativa é benéfica para todos os envolvidos. O intercambista leva informações para a universidade estrangeira e, ao mesmo tempo, extrai novas metodologias de trabalho. Após o período fora, ele aplica os novos conhecimentos na sua universidade de origem.
Os estudantes que participam do Labeflo podem ser da graduação ou pós-graduação. Dentro do laboratório, eles têm acesso aos trabalhos produzidos por outros pesquisadores e podem desenvolver atividades de moagem, secagem e filtragem de amostras.
O principal parceiro do Labeflo é a Alemanha, que há décadas investe em estudos ambientais. De acordo com Mauro, a mudança de postura do governo alemão nos anos 1980 foi determinante para reduzir a quantidade de poluentes lançados na atmosfera. A queima de combustíveis fósseis, como o carvão, liberava muito enxofre para a atmosfera, o que resultava na ocorrência de chuvas ácidas. Estas, por sua vez, estavam carregadas de metais pesados.
As medidas adotadas pelos alemães mudaram esse cenário e serviram de inspiração para o trabalho de Mauro. "Depois de uma visita à Floresta Negra, perto da fronteira da Alemanha com a França, eu trouxe algumas das tecnologias para serem adaptadas e depois utilizadas pelos pesquisadores do Labeflo", observa.
Dentro do escopo do seu trabalho, Mauro destaca a importância das florestas durante as chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no último mês de maio. Segundo ele, a depender da idade e do tamanho das árvores, estas desempenham o papel de reter água, como se fossem esponjas. O pesquisador também alerta para a deposição no solo de poluentes liberados pelas queimadas na Floresta Amazônica.
"Através do meu trabalho, a ideia é ser o mais racional possível em relação às alterações químicas, biológicas e físicas promovidas pelo impacto no solo", explica Mauro.
Para ele, o trabalho feito no Labeflo e no Departamento de Ciências Florestais da Ufsm contribui para melhorar o entendimento e a tomada de decisões em relação aos ecossistemas existentes.