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Projeto explora o reaproveitamento de leite impróprio para consumo
Aluna do Ensino Médio produziu a pesquisa pensando no desenvolvimento sustentável de sua comunidade

Como duas jovens podem mudar a sua realidade? Essa foi a pergunta que Gabrielle Mariáh Lewandovski e sua colega Alana Taís Haezel se fizeram no primeiro ano do Ensino Médio, quando as duas estudantes foram desafiadas a elaborar um projeto para a Feira Aberta, mostra escolar de Ciências. Alunas do Centro Tecnológico Frederico Jorge Logemann, localizado em Horizontina, cidade do noroeste do Rio Grande do Sul, elas decidiram desenvolver uma pesquisa a partir da observação do negócio dos avós de Gabrielle, produtores de pequeno porte do setor leiteiro, que se viam obrigados a descartar litros de leite impróprio para o consumo humano, perdendo parte de sua produção. A ideia de extrair a caseína - proteína presente no leite - dos litros descartados e transformá-la em um material biodegradável que poderia ser comercializado rendeu a Gabrielle o prêmio O Futuro da Terra 2024, na categoria preservação ambiental. Segundo a jovem, o processo de desenvolvimento da pesquisa foi permeado por desafios e superações, bem como pelo apoio da coordenação do colégio e dos professores Diane Zientarski e Augusto César da Silva. Sem acesso a laboratórios mais especializados, elas começaram o projeto com o processo de extração da caseína. Utilizando a técnica de química verde, as alunas selecionaram uma quantidade de leite descartado e a esquentaram, até a amostra atingir 40ºC. Após essa marca, foi adicionada uma substância ácida, como vinagre ou suco de limão, o que “coagula” o líquido e auxilia na remoção do elemento.
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Ação incentiva a adoção de práticas mais sustentáveis no dia a dia
Partindo do seu desejo de incentivar mais pessoas a agirem em prol de suas comunidades e do meio ambiente, Gabrielle fundou o projeto “PlanetLife”. Durante o período de enchentes no Rio Grande do Sul, a jovem também passou a refletir sobre qual seria o seu papel na diminuição da proporção e da frequência de eventos como o que estava ocorrendo. Divulgar boas práticas relacionadas ao meio ambiente, como recuperação de encostas por meio de malhas feitas com folhas de bananeira e o plantio de árvores, em especial as nativas da região, foi a maneira que a estudante encontrou para influenciar os membros de sua comunidade e fazerem a sua parte para auxiliar na preservação da natureza, compartilhando também maneiras de implementar práticas sustentáveis no cotidiano.
Para além de estimular indivíduos a se engajarem ambientalmente por suas comunidades, Gabrielle também sonha em trabalhar com inovação sustentável para o agronegócio, com enfoque no setor leiteiro, que ocupa um espaço especial em seu coração. “Por ter crescido com os meus avós, eu acho muito importante, tanto para a minha carreira, como pessoalmente, poder ajudar eles”, conta a estudante.
Para além de estimular indivíduos a se engajarem ambientalmente por suas comunidades, Gabrielle também sonha em trabalhar com inovação sustentável para o agronegócio, com enfoque no setor leiteiro, que ocupa um espaço especial em seu coração. “Por ter crescido com os meus avós, eu acho muito importante, tanto para a minha carreira, como pessoalmente, poder ajudar eles”, conta a estudante.
O atual projeto também figura nos planos futuros da jovem, que enxerga mais possibilidades para o acesso a laboratórios especializados após o término do Ensino Médio, o que as auxiliaria no desenvolvimento do plástico em maior escala.