Não importa a hora que o visitante acessa a Expointer, maior feira agropecuária da América Latina, que ocorre em Esteio, no Rio Grande do Sul até este domingo: das 6h até o fim da noite, há sempre gente assando churrasco. Os trabalhadores chegam a ficar duas semanas comendo todos os dias a mesma refeição.
Pierre Pinto, de Santa Vitória do Palmar, revela o que comerá na próxima terça-feira, quando estará em casa. “Sopa”, diz, sem titubear, aos risos.
Segundo ele, na Expointer, todos os dias o churrasco é sagrado e à noite algo é feito com as sobras na panela. “Geralmente, usamos carne de ovelha, que não é tão comum”, afirma.
Dilamar Ferreira, de Jaguari, também demonstra que não aguenta mais carne. “Estou louco por um arroz e feijão, não vejo a hora de chegar em casa”, confessou, em meio a brincadeiras.
Dilamar Ferreira, de Jaguari, também demonstra que não aguenta mais carne
Nathan Lemos/JC
A lida dele em volta do fogo começa por volta das 10h. Depois, ele espera alguém chegar com chope. “É almoço e janta. Carne não pode faltar. É nossa cultura, nosso prato principal.”
José Antônio dos Santos, de Santiago, faz um churrasco de manhã cedo e outro à tarde. À noite, parte para o carreteiro. “Estou há 10 dias comendo churrasco e carreteiro.” Para não enjoar, o jeito é diversificar. “De ovelha, de gado, linguiça”, lista.
José Antônio dos Santos, de Santiago, faz um churrasco de manhã cedo e outro à tarde
Nathan Lemos/JC