Um dos pavilhões mais visitados e que vendeu quase R$ 1 milhão por dia na 47ª Expointer, a feira da agricultura familiar será permanente em Porto Alegre a partir da segunda quinzena de setembro. A informação foi divulgada por Carlos Siegle, presidente das Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), onde funcionará o mercado dos produtores.
A Ceasa, que fica na avenida Fernando Ferrari, no bairro Anchieta, disponibilizará espaços de 5m² no Galpão dos Produtores. Haverá cobrança de aluguel mensal de cerca de R$ 800,00 pelos estandes ou um tíquete diário, de R$ 83,00.
Entre os produtos que poderão ser oferecidos no galpão, estão queijos, embutidos, geleias, compotas e farináceos. Para produtores da mesma região, será oferecida a opção de agrupamento, com acréscimo de 35% no valor de acordo com a quantidade de comerciantes.
Interessados em expor no local devem estar cadastrados no Programa Estadual da Agroindústria Familiar (Peaf), entre outros requisitos. Siegle, que assumiu a presidência da Ceasa no ano passado, diz que tinha esse desejo desde a última edição da Expointer, mas esbarrava em questões burocráticas.
"Conversamos com a Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) para que os mesmos critérios de autorização de feiras fossem usados na Ceasa", diz.
Carlos Siegle é o presidente da Ceasa
ALINA SOUZA/ESPECIAL/JC
O executivo não tem dúvidas de que o público irá atrás dos produtos na Capital. "Quem vem até Esteio vai na Ceasa", compara, citando que o local tem 10 mil vagas de estacionamento e o complexo soma 42 hectares.
Com capacidade de 980 espaços de 5m², o Galpão dos Produtores tem 1.579 cadastrados. Alguns utilizam apenas em dias específicos. "Por isso, conseguiríamos absorver os 400 que estão aqui (no Pavilhão da Agricultura Familiar)."
Funcionando de segunda a sexta-feira, conforme Siegle, passam pela Ceasa uma média de 80 mil pessoas por semana. "Só de trabalhadores, há 10 mil. Eu sou um que vou sempre comprar uma cuca", brinca o presidente da central.
O desafio, agora, é melhorar a estrutura aos novos ocupantes, que, por enquanto, precisam levar seu mobiliário e equipamentos. "Mas já começamos a conversar com o Banrisul, com a CEEE Equatorial e com outros para patrocinarem as estruturas, como ocorre na Expointer", avisa.
A notícia é trabalhada com otimismo pela Ceasa, que teve de ser fechada durante a enchente e transferir sua operação para Gravataí por 39 dias.