Roberta Fofonka, especial para o JC
O produtor rural gaúcho está cauteloso na captação de crédito. Os indicadores apontam o clima de expectativa a respeito da presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Ao lado do ministro extraordinário da reconstrução do RS, Paulo Pimenta, e do presidente do Sebrae, Décio Lima, ele detalhará as ações do novo Plano Safra para a agricultura familiar no Rio Grande do Sul e medidas de apoio à recuperação dos empreendedores urbanos e rurais atingidos pelas enchentes.
Segundo o presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port, os números captados pela cooperativa na Expointer estão 30% abaixo do ano passado nos cinco primeiros dias de feira (dados computados desde o início da Expointer até a manhã de quarta-feira, 28).
“Percebemos esse compasso de espera”, observou Port, em visita à casa do Jornal do Comércio na Expointer.
Atualmente, a Central Sicredi Sul/Sudeste abarca 38 cooperativas espalhadas pelo Rio Grande do Sul. Em 340 municípios gaúchos, mais de 50% da população adulta é associada do Sicredi.
Essa força no Interior foi demonstrada, por exemplo, no Plano Safra anterior, que teve 172 mil operações realizadas, e um total de R$ 18,6 bilhões liberado no Estado. No Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Sicredi financiou 63% do total de contratos realizado no Estado.
Reconstrução local
“Será que um banco digital fez algo pelo cliente das regiões afetadas do RS?”, questionou o diretor executivo da Central Sul Leandro Gindri Lima, sobre a importância da atuação in loco do banco cooperativista - que até o final do ano terá 700 agências no Estado. Com todas as operações já reabertas após as enchentes, o Sicredi destinou R$ 90 milhões de recursos próprios em medidas de reconstrução.
“A cooperativa é local. Precisamos dela ali. Ser esse ponto de apoio para as comunidades locais faz diferença”, pontuou. No olho do furacão, a companhia montou 16 centros de distribuição e logística para arrecadar doações.