Publicada em 31 de Agosto de 2023 às 00:25

RS terá Selo Verde para cadeias de proteína animal

Compromisso deve iniciar pelo levantamento de indicadores e metas

Compromisso deve iniciar pelo levantamento de indicadores e metas


/Dudu Leal/divulgaão jc
O Rio Grande do Sul caminha para instituir um selo verde para as cadeias de produção de proteína animal. A confirmação para a certificação aconteceu ontem, ao final da primeira edição do Seminário RS Carbon Free. O compromisso com o equilíbrio ambiental deverá se iniciar pelo levantamento dos indicadores e das metas. "Em diversas fases, muitas ações para o equilíbrio nas emissões já vêm sendo adotadas. O objetivo do selo é colocar tudo isso dentro da metodologia da Embrapa. Faremos isso em parceria com o governo do Estado e as entidades representativas da pecuária de corte, grãos e leite", destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS).
O Rio Grande do Sul caminha para instituir um selo verde para as cadeias de produção de proteína animal. A confirmação para a certificação aconteceu ontem, ao final da primeira edição do Seminário RS Carbon Free. O compromisso com o equilíbrio ambiental deverá se iniciar pelo levantamento dos indicadores e das metas. "Em diversas fases, muitas ações para o equilíbrio nas emissões já vêm sendo adotadas. O objetivo do selo é colocar tudo isso dentro da metodologia da Embrapa. Faremos isso em parceria com o governo do Estado e as entidades representativas da pecuária de corte, grãos e leite", destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS).
A iniciativa se alinha ao trabalho desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA), que já realiza uma tabulação de dados que permitirá determinar métricas para ações de descarbonização. De acordo com a secretária da pasta, Marjorie Kauffmann, o Estado busca "definir essas métricas até o final deste ano, e que elas sejam exequíveis, para que se consiga quantificar o quanto que uma produção está emitindo". Kauffmann também afirmou que o governo gaúcho irá investir R$15 milhões para pesquisas sobre mitigação de carbono da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande (Fapergs).
Estabelecer os parâmetros é o primeiro passo para avançar rumo ao mercado de créditos de carbono. Mesmo carecendo de uma legislação específica no Brasil, o comércio da chamada "moeda verde" é mais reconhecido pelos benefícios ao meio ambiente do que como forma de gerar divisas ao produtor. "O que remunera não são os créditos, é a terra preservada, o solo produtivo e as tecnologias de preservação efetivamente chegando no campo, onde o produtor pode se manter com dignidade e oferecer para o mercado produtos alinhados à sustentabilidade", assinalou Caio Vianna, diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS, ao coordenar a mesa-redonda que teve a participação de Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo.
Em termos de comparação, o volume de emissão da agropecuária corresponde a 12% do total do que é produzido no mundo, enquanto o setor de energia, por exemplo, é responsável por 73%. Os dados foram apresentados pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). "Nenhum produtor ficará rico com o carbono. A pauta carbono é uma grande estratégia para se tratar da preservação, melhorar produção e eficiência, gerando economia de recursos, o que sim, do ponto de vista econômico, é lucro", reforça Domingos Lopes, vice-presidente da Farsul.
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