Ana Esteves, especial para o JC
Com orelhas compridas e pelos tosados, o Jumento Pêga faz sucesso por onde passa. Pouco conhecido no Estado, ele é mais popular na região sudeste do País e foi trazido para a vitrine da Expointer para que os gaúchos conhecessem e para prospectar futuros negócios.
“Trata-se de um animal muito resistente, introduzido no Brasil em 1534, usado no passado pelos tropeiros para serviço pesado, como carregar cargas, pois têm mais resistência do que os cavalos, além de adoeceram menos”, informa o criador Martin Frank Herman, do criatório Campeãs da Gameleira, de Itapetininga, São Paulo.

Segundo ele, a maior demanda do jumento Pêga é para produção de muares, a partir do acasalamento com éguas e temos um produto híbrido. "Se for um macho, é burro, se for fêmea, é mula, que não se reproduzem em função de cromossomos ímpares”, afirma o criador.
Ele trouxe nove animais que não irão a leilão, mas Herman não descarta a possibilidade de venda dos animais, caso apareçam interessados. Segundo ele, os jumentos podem ser vendidos por valores que variam entre R$ 5 mil a R$ 7 mil, podendo ser valorizados até R$ 1 milhão, caso sejam animais premiados.
A presença do jumento é uma reestreia, pois ele não aparece na Expointer há 30 aonos. A última vez foi em 1989.