Ana Esteves, especial para o JC
Uma das novidades estruturais do pavilhão do gado de corte é a água encanada direto nos cochos, uma demanda de mais de 46 anos e que finalmente se realizou, promovendo praticidade e bem-estar animal, pela redução do estresse. O diretor administrativo da Federação da Agricultura do Rio grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong, acrescenta que os cochos novos também dão maior segurança, evitando que os animais precisem ser retirados das baias para beberem água.
“Caminhar com bovinos de mais de 500 quilos no meio do público sempre é um problema e acaba causando acidentes”, aponta.
Para fornecer água direto nos cochos foi preciso desenvolver um sistema de canos que conecta torneiras específicas para acoplar mangueiras à rede de água central do parque. “Foi um trabalho bem difícil, pois os canos precisaram ser enterrados. Para esse ano, fizemos metade do pavilhão, com previsão de completar na próxima edição da feira”, diz o dirigente da Farsul.
O tratador da raça Brangus, do município de Mãe Rainha, de Santa Catarina, Gustavo Souza, diz que a possibilidade de ter água corrente através de torneiras disponíveis em cima dos cochos facilitou a lida com os animais, mas que o sistema ainda precisa melhorar. “Os cochos não escoam água e são difíceis de serem higienizados. Além disso, sujam fácil, pois ficam colados nos cochos de alimentação dos animais”, avalia Souza.
O tratador conta que prefere usar baldes dentro dos cochos, pois depois que o animal bebe água, retira e lava. “Os animais bebem água quatro vezes ao dia e sempre precisamos higienizar os reservatórios, senão fica resto de saliva e eles param de beber água”, informou.