Publicada em 05 de Setembro de 2022 às 00:05

Bovinos de corte buscam mercados nobres pelo Brasil

Mus que et dolore sum que audandae non et lam essit odit lam nihitaque exerunt occabo. Ra erundam quas et re no

Mus que et dolore sum que audandae non et lam essit odit lam nihitaque exerunt occabo. Ra erundam quas et re no


LUIZA PRADO/JC/LUIZA PRADO/JC
Claudio Medaglia
Nos corredores do pavilhão que abriga os bovinos de corte no Parque Assis Brasil, muitos diálogos entre expositores e investidores foram entabulados na Expointer 2022. É a oportunidade de os produtores exibirem fora da porteira o resultado de dois anos de melhoramentos represados por conta da pandemia de Covid-19 justamente no momento em que o mercado de carnes cresce no País.
Nos corredores do pavilhão que abriga os bovinos de corte no Parque Assis Brasil, muitos diálogos entre expositores e investidores foram entabulados na Expointer 2022. É a oportunidade de os produtores exibirem fora da porteira o resultado de dois anos de melhoramentos represados por conta da pandemia de Covid-19 justamente no momento em que o mercado de carnes cresce no País.
O aumento significativo do número de animais na mostra aponta que existe uma demanda em expansão. "O consumidor está sedento por carne de mais qualidade, especialmente nas grandes capitais dos estados", diz o gerente de Carne Hereford, Felipe Azambuja, da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB).
De olho nesse movimento, as associações de raças vêm trabalhando forte na seleção, marketing e programas de melhoramento de carne, visando a entregar um produto diferenciado e, assim, remunerar melhor o produtor. A evolução genética dos animais, que, conforme Azambuja, só se justifica por conta da procura por parte do consumidor, impulsiona o mercado de reprodutores.
Para os remates de primavera, os primeiros indicativos são de que as vendas deverão, no mínimo, sustentar as médias de preços do ano passado.
"Nos cerca de 30 remates oficiais realizados em 2021, a média dos machos Braford, por exemplo, foi de R$ 24 mil, enquanto no ano anterior não chegou a R$ 20 mil. Nas fêmeas, foram R$ 19 mil de média, ante menos de R$ 17 mil em 2020."
A valorização, verificada também nos touros e nas vacas Hereford, fortalece o trabalho de todas as raças, acredita Azambuja. Ele considera importante que não haja disputa entre os criadores, mas um esforço conjunto pela qualificação dos plantéis. "O mercado potencial brasileiro é continental. Nenhuma conseguiria atender a essa demanda sozinha."
O administrador fala pelo Hereford e pelo Braford, mas acredita que todas as raças taurinas, como Angus e Devon, têm potencial para atuar nesse segmento diferenciado.
No Brasil Central, onde predomina o branco do Nelore, as raças britânicas podem contribuir para o melhoramento da carne por meio do cruzamento industrial. "É um processo que fortalece a carne de qualidade para o consumidor final e em que todos ganham", afirma Azambuja.
O representante da ABHB está otimista, embora o Rio Grande do Sul tenha participação ainda pequena no mercado nacional de carne bovina. "A base é o zebu. Mas, diferentemente de Argentina, Uruguai e outros países que exportam carne de qualidade, o Brasil tem um mercado interno muito grande demandando por esse produto. Devemos trabalhar com foco nesses nichos."

Angus e Ultrablack despontam fora do Rio Grande do Sul

O mercado está em ascensão para reprodutores de Angus e Ultrablack. Os leilões realizados no primeiro semestre, principalmente no Paraná e em Santa Catarina, tiveram pista limpa e preços em alta. Em agosto, o remate de elite da Cabanha Tellechea, de Uruguaiana, realizado em Esteio, rendeu média de
R$ 48 mil entre machos Angus e R$ 58 mil nos ventres. Conforme o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, o desempenho projeta excelentes expectativas. "Os animais estão sendo comercializados para criadores residentes em estados onde as temperaturas são mais elevadas, como São Paulo e Minas Gerais. Bovinos Ultrablack têm saído até mesmo para o Pará."

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