Um movimento atípico no complexo dos estandes de máquinas agrícolas da Expointer 2022 sinaliza que os negócios do setor estão turbinados na mostra. Neste ano, muitos clientes estão antecipando a aquisição de equipamentos para a colheita da safra de verão, tradicionalmente comprados nos meses de janeiro e fevereiro.
Esse comportamento, explica o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos, confirma a tendência de atingimento da meta de faturamento da feira, de R$ 4 bilhões. “É possível que consigamos até ultrapassar esse valor. Temos conversado com as empresas expositoras, grandes e pequenas, e todos manifestam satisfação com os resultados até aqui”, diz o dirigente.
Uma referência desse ambiente favorável pôde ser verificado na quarta-feira. Normalmente, esse costuma ser um dia de menor presença de público. Mas os corredores das gigantes de ferro estavam cheios, e os times de venda nos estandes das empresas trabalhavam intensamente.
Foi assim na John Deere, onde os guichês de negócios passaram o dia cheios. “Nossa percepção da feira é muito positiva. Nos primeiros dias de negócio tivemos volumes de comercialização superiores ao esperado. A procura por máquinas, tecnologia e pós vendas continua em ritmo acelerado”, diz o gerente de Marketing Tático, Bruno Muller.
A empresa tem boas expectativas para este ano, mesmos com os desafios postos. De acordo com o relatório trimestral finalizado em agosto, a expectativa é de um aumento de até 15% no mercado de tratores e colheitadeiras na América do Sul, sendo o Brasil o propulsor para este crescimento. “O agricultor brasileiro sabe da importância da renovação de seu parque tecnológico de máquinas, que ajuda no aumento da produtividade da lavoura”, observa Muller.
Na New Holland Agriculture, 2022 vem sendo marcado como o ano da retomada da participação da empresa nas diversas feiras agropecuárias pelo País. A presença maciça do público no estande anima o diretor de Mercado Brasil, Eduardo Kerbauy.
Na New Holland Agriculture, 2022 vem sendo marcado como o ano da retomada da participação da empresa nas diversas feiras agropecuárias pelo País. A presença maciça do público no estande anima o diretor de Mercado Brasil, Eduardo Kerbauy.
“Nossa expectativa para a Expointer é de vendas superiores às edições anteriores. Sentimos o produtor rural com esperança renovada. O Rio Grande do Sul enfrentou seca no começo do ano, o que causou certa frustração, mas agora a perspectiva de produção de grãos para esta safra de verão é muito boa.”
Diretor de Vendas da Massey Ferguson, Alexandre Stucchi diz que o mercado brasileiro de máquinas e equipamentos agrícolas está aquecido. “A expectativa de crescimento é de 5% em 2022, e a Expointer deve refletir esse momento. Nossa previsão de negócios é positiva. A janela de negociação e vendas de uma feira é ampla. Além das vendas concretizadas durante o evento, muitas vezes, temos negociações que se iniciam durante o período da feira, quando o produtor tem contato com as nossas soluções, e são concluídas após o evento.”
Diretor de Vendas da Massey Ferguson, Alexandre Stucchi diz que o mercado brasileiro de máquinas e equipamentos agrícolas está aquecido. “A expectativa de crescimento é de 5% em 2022, e a Expointer deve refletir esse momento. Nossa previsão de negócios é positiva. A janela de negociação e vendas de uma feira é ampla. Além das vendas concretizadas durante o evento, muitas vezes, temos negociações que se iniciam durante o período da feira, quando o produtor tem contato com as nossas soluções, e são concluídas após o evento.”
Bons ventos sopram também sobre a Case IH, que tem expectativa de aumentar em 20% os resultados verificados na Expointer de 2019, tanto em volume quanto em valores corrigidos. Conforme Juliano Vicari, gerente comercial do grupo na Região Sul do Brasil, o interesse do produtor que vai ao parque de Esteio e mesmo daquele visitado pelas equipes de venda é muito grande. “Os preparativos para o plantio indicam cenário positivo para os próximos meses. Percebemos os produtores muito motivados, o que aponta bons negócios não apenas na feira, mas como efeito pós-evento, até a safra do próximo ano.”
Marca japonesa alcançou meta no quarto dia da mostra
Com 60 anos de Brasil, e presente na Expointer desde 2017, a marca japonesa Yanmar, de máquinas agrícolas e para a construção civil, já atingiu, na metade da feira, a meta total de vendas projetada para o evento. No movimentado estande do parque Assis Brasil, mais de 80 tratores e escavadeiras de pequeno porte já foram comercializados.
A marca, cujo público-alvo são o pequeno e o médio produtor rural, trouxe à Expointer 19 produtos. Conforme o gerente de Marketing da empresa, Igor Souto, o ambiente da mostra agropecuária está muito favorável à realização de negócios. “O produtor não veio ao parque apenas para olhar, mas para investir na propriedade. Não se compra máquinas pela internet. O cliente quer conversar, ver pessoalmente, sentar, sentir o equipamento. Por isso as vendas estão fortes”, observa Souto.
As vedetes de vendas da marca neste ano são os tratores, como o Yanmar Solis 60, adquirido neste ano por Erni dos Santos Rosa, de Venâncio Aires. O negócio foi fechado em março, durante a ExpoAgro Afubra, em Santa Cruz do Sul, mas o agricultor já estava de olho em novas oportunidades em Esteio.
Cliente da Yanmar há nove anos, Santos mantém a família em uma propriedade de sete hectares, onde desenvolve a fumicultura e uma pequena criação de bovinos de corte. “Enfrentamos três anos de escassez de chuvas, mas o trabalho na propriedade vai muito bem”, diz, faceiro, o agricultor, que financiou em sete anos cerca de 20% do valor do trator, hoje comercializado por R$ 162 mil.
Em visita ao estande da Yanmar, na quarta-feira, o agricultor foi conhecer a gama de tratores com cabina. “Troquei de equipamento há pouco tempo, mas o futuro a Deus pertence”, brinca Santos.
Mercado de aluguel esquenta no Estado
Mercado de aluguel de máquinas esquenta no Estado
O agricultor ganha mais uma opção para investir na sua lavoura. Como alternativa a investir uma considerável quantia de dinheiro para adquirir um equipamento novo nas revendedoras, surgem as locadoras de máquinas, com opções de aluguel diversificadas para diferentes tipos de uso.
Este time de mercado está crescendo no País. De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, cerca de 30% dos negócios envolvendo máquinas da linha de construção foram direcionados ao mercado de aluguéis. Ao mesmo tempo, no Rio Grande do Sul, cerca de 20 a 22% das máquinas de construção comercializadas pela Verdes Vales, revendedora da John Deere no Estado, tem como destino a agricultura.
“São escavadeiras, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras que ajudam o agricultor a melhorar a propriedade dele. Hoje, ele não consegue expandir mais a área, mas ele consegue melhorar a área para fazer maior produtividade. Para isso, ele utiliza máquinas de construção”, afirma Tales Barbosa - gerente geral de negócios, construção e pavimentação da Verdes Vale.
A concessionária também aluga máquinas para agricultura - um mercado que tem se aquecido nos últimos 90 dias e desperta curiosidade dos visitantes na Expointer. Geralmente quem aluga maquinário são produtores que arrendam terra para uma safra e não quer investir pesado em maior número de equipamentos, ou apenas quem não tem capacidade de empenhar capital de giro no momento.
Por exemplo: uma retroescavadeira de R$ 530 mil pode ser alugada por R$ 14 mil mensais, em um contrato de 36 meses, com franquia de 200 horas/mês em um equipamento novo ou seminovo, com manutenção durante o tempo de contrato, gestão de telemetria e acompanhamento remoto.
O agricultor ganha mais uma opção para investir na sua lavoura. Como alternativa a investir uma considerável quantia de dinheiro para adquirir um equipamento novo nas revendedoras, surgem as locadoras de máquinas, com opções de aluguel diversificadas para diferentes tipos de uso.
Este time de mercado está crescendo no País. De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, cerca de 30% dos negócios envolvendo máquinas da linha de construção foram direcionados ao mercado de aluguéis. Ao mesmo tempo, no Rio Grande do Sul, cerca de 20 a 22% das máquinas de construção comercializadas pela Verdes Vales, revendedora da John Deere no Estado, tem como destino a agricultura.
“São escavadeiras, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras que ajudam o agricultor a melhorar a propriedade dele. Hoje, ele não consegue expandir mais a área, mas ele consegue melhorar a área para fazer maior produtividade. Para isso, ele utiliza máquinas de construção”, afirma Tales Barbosa - gerente geral de negócios, construção e pavimentação da Verdes Vale.
A concessionária também aluga máquinas para agricultura - um mercado que tem se aquecido nos últimos 90 dias e desperta curiosidade dos visitantes na Expointer. Geralmente quem aluga maquinário são produtores que arrendam terra para uma safra e não quer investir pesado em maior número de equipamentos, ou apenas quem não tem capacidade de empenhar capital de giro no momento.
Por exemplo: uma retroescavadeira de R$ 530 mil pode ser alugada por R$ 14 mil mensais, em um contrato de 36 meses, com franquia de 200 horas/mês em um equipamento novo ou seminovo, com manutenção durante o tempo de contrato, gestão de telemetria e acompanhamento remoto.