A quarta-feira, quinto dia de Expointer, foi marcada pela chegada de dezenas de excursões vindas de diversas partes do Rio Grande do Sul. Produtores do interior gaúcho rumaram à Região Metropolitana de Porto Alegre para conferir as novidades da 45ª edição da feira.

Para muitos, foi um momento de reencontro, já que o pavilhão da agricultura familiar funcionou de maneira reduzida em 2020. "Estavam todos na expectativa por estar participando depois de dois anos", disse Gilmar Rodrigues Oliveira, o Gica, que chegou ao Parque Assis Brasil na companhia de outras 91 pessoas de Venâncio Aires. Na região, predomina o cultivo de tabaco. Porém, diversas propriedades têm buscado a integração entre lavoura e pecuária, aumentando o interesse pelo setor da proteína animal, diversificando seus negócios e agregando valor à produção.

A Expointer é um belo palco para apresentar essa mudança. "É positivo, principalmente, para o pessoal da agricultura familiar e das agroindústrias, que estavam na expectativa. É um impulso grande para as agroindústrias familiares, porque é realmente onde o pessoal consegue vender mais seus produtos", relata ele.

A Expointer, para alguns, é a oportunidade de encontros inéditos. Como para Maria Helena de Almeida, de 63 anos, que tem propriedade no município de Ipê. Foi a primeira vez dela no Parque Assis Brasil.

"É a minha primeira vez. Vim para conhecer. Tenho propriedade, mas a gente planta pouco. É só eu e meu marido. Estou gostando de tudo, mas gostei mais da parte das máquinas, muita coisa diferente", disse ela.

Maria visitou a casa da Emater, que recebeu pedidos de visitas de mais de 20 excursões diferentes. O ônibus vindo de Ipê trouxe 42 pessoas para a feira. "Quem já tinha vindo tava querendo voltar e quem nunca tinha vindo fez questão de conhecer. E está tudo ótimo, bem legal", disse Maria, encantada.