Publicada em 31 de Agosto de 2022 às 14:16

Bradesco projeta melhor Expointer da história no repasse de crédito

Rocha (à esquerda) apontou grande procura por recursos em Esteio

Rocha (à esquerda) apontou grande procura por recursos em Esteio


TÂNIA MEINERZ/JC
Patrícia Comunello
O Bradesco terá a melhor Expointer da sua história em repasse de financiamentos para o setor agropecuário. A projeção foi feita pelo diretor executivo do banco, José Ramos Rocha Neto, nesta quarta-feira (31) durante visita à Casa JC no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. 
O Bradesco terá a melhor Expointer da sua história em repasse de financiamentos para o setor agropecuário. A projeção foi feita pelo diretor executivo do banco, José Ramos Rocha Neto, nesta quarta-feira (31) durante visita à Casa JC no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. 
"O volume de recursos contratados deve ser 30% maior que em 2021 e vai ser o melhor ano da história do banco no agro (no País) e na feira", destacou Rocha. O vice-presidente executivo da instituição, Marcelo Noronha, lembrou que o Bradesco hoje "é o maior banco privado financiador do agronegócio no Brasil".
O Bradesco soma R$ 44 bilhões em recursos de programas oficiais e obrigatórios. A carteira total alcança R$ 70 bilhões, somando linhas adicionais e livres.
Entre os programas agrícolas, os do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico de Social (BNDES), como o Moderfrota, estão entre os que mais geram negócios. Nos recursos adicionais, a demanda pela modalidade das Cédulas de Produto Rural (CPR) vem chamando a atenção, observou Rocha. 
Até esta quarta-feira, quinto dia de Expointer, o banco registra alta de 30% nos volumes de crédito contratado, frente aos mesmos dias da edição do ano passado, informou o diretor executivo.
O desempenho das contratações está ligado, segundo Rocha, à previsão de safra, pós-estiagem gaúcha, e à revisão do desempenho de crescimento do PIB, que agora passou a mais de 2%, contrariando taxa abaixo de 1% no fim de 2021 para 2022.
"A economia reagiu de forma mais positiva do que se esperava, o que puxa o setor agrícola e os financiamentos", avalia Rocha, indicando ainda que as novas tecnologias para atender e fazer a conexão com os produtores também ajudam a acelerar a concessão.
Em relação à decisão do BNDES de suspender a oferta de recursos dentro do Moderfrota, principal programa para financiar a aquisição de máquinas no setor, definida nessa terça-feira (30), o diretor executivo disse que a medida não deve frustrar a concessão de mais recursos, que devem ser  suportados por outras fontes.
"Outras linhas devem surgir para suprir a demanda", aposta o diretor executivo. Os recursos foram ofertados em volumes muito bons, mas a demanda vem sendo muito forte, analisou o diretor executivo sobre a nova orientação. 
"Não vai faltar recursos para o setor", garante Rocha. A avaliação do diretor do Bradesco é que, mesmo que o crédito a ser ofertado venha com custo um pouco acima do Moderfrota, quando coloca na parcela, é suportável pelo contratante.
"Estou otimista em relação ao futuro do Brasil", projetou o vice-presidente executivo. No cenário macroeconômico, Noronha lembrou que "desafios pela frente", mas aposta que a redução de juros básicos possa ocorrer em meados de 2023.
"A expectativa de IPCA foi reduzida este ano para 6,5% e para o ano que vem pode ficar em 4,5%. Isso tudo traz horizonte mais positivo para a redução da taxa nominal", pontuou Noronha. A Selic está em 13,75% ao ano. O vice-presidente observou que a previsão de recuo mais lento da taxa é feita pelo Banco Central, projetando mudança mais sensível em meados do ano que vem. 
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