Publicada em 28 de Agosto de 2022 às 18:18
Agricultura familiar vende acima do esperado na largada da Expointer
'Tive de ligar para casa em Soledade e pedir para a sogra fazer mais cuca', contou Gasparin
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
"Tive de ligar para casa em Soledade e pedir para a sogra fazer mais cuca", contou Alessandro de Miranda Gasparin, depois de ver que a previsão de vender 120 unidades acabou se transformando em 250 no primeiro dia da Expointer de 2022, em Esteio, que começou nesse sábado (27).
Quer continuar lendo este e outros conteúdos sérios e de credibilidade?
Assine o JC Digital com desconto!
Assine o JC Digital com desconto!
- Personalize sua capa com os assuntos de seu interesse
- Acesso ilimitado aos conteúdos do site
- Acesso ao Aplicativo e versão para folhear on-line
- Conteúdos exclusivos e especializados em economia e negócios
- Cancelamento on-line e a qualquer momento
"Tive de ligar para casa em Soledade e pedir para a sogra fazer mais cuca", contou Alessandro de Miranda Gasparin, depois de ver que a previsão de vender 120 unidades acabou se transformando em 250 no primeiro dia da Expointer de 2022, em Esteio, que começou nesse sábado (27).
A 45ª edição teve início, batendo recorde histórico de público no primeiro dia, com mais de 90 mil visitantes. Mesmo com a queda de temperaturas neste domingo (28), o fluxo intenso se repete no Parque de Exposições Assis Brasil. São 337 expositores no pavilhão, inaugurado em 1999.
A cuca O Casarão, feita por uma agroindústria em Soledade, não foi o único caso que registrou vendas muito acima do esperado.
"Vendemos 20% mais", diz Raquel Pellegrini, engenheira de alimentos e integrante da família dona da Casa do Sabor, especializada em geleias e que este ano veio com novidades, como o sabor pera ao vinho. São mais de 70 sabores na marca.
Raquel espera vender 20% mais este ano e aposta na atração de novas geleias da marca. Fotos: Andressa Pufal/JC
"Muitos clientes antigos vêm para comprar", cita Raquel. A marca é de Paraí, região de imigração italiana.
Das cucas ainda, foi preciso fazer a viagem de 300 quilômetros para trazer muito cedo deste domingo (28) a nova fornada de mais 150. "E acho que não vai dar conta porque meu genro pediu mais", contou a sogra Janice, que é a fabricante junto com a irmã.
"Imagina que nós duas que vamos fazer tudo isso", conta Janice.
A agroindústria lançou este ano os recheios de melancia e nozes. Outro detalhe que não vem frustrando vendas é que o preço de cada cuca está mais caro, frente a 2021. A unidade passou de R$ 10,00 a R$ 15,00. "A farinha de trigo subiu muito. A saca custava R$ 37,00 e agora está quase a R$ 100,00", comparou Gasparin.
Estreantes na feira, o casal Elisete e Mateus Bés aposta na atração do balcão: o salame que resgata as origens da elaboração dos antepassados. Por sorte, a marca Bés ficou em um espaço de quatro metros quadrados em um esquina bem na entrada do pavilhão.
Mateus, responsável pela elaboração, diz que não são usados conservantes ou aditivos. "Só usamos produtos naturais. É sal, alho, pimenta e vinho, que ajuda a liberar o gostinho do alho", detalha ele.
Casal Bés é estreante e valoriza o salame que não usa conservantes e segue conceito saudável
A agroindústria, com sede em Veranópolis, na Serra Gaúcha, vendeu 200 peças no primeiro dia. A meta é comercializar 2 mil até o fim da Expointer.
O domingo estava muito movimentado. Pequenas fatias do produto em uma bandeja terminavam rapidamente. As crianças estavam entre os mais vorazes. Os clientes compravam mais do que só provavam, garantiu Elisete. Cada salame com 400 gramas custa R$ 20,00.
"Até as crianças podem comer porque é bem saudável", comenta Elisete, que largou o emprego de secretária em um consultório médico para tocar o negócio da família, ao lado do marido.
"Estamos muito felizes em vir à feira. A ideia era ter participado no ano passado, mas não deu", cita ela.
Comentários
CORRIGIR TEXTO