Publicada em 10 de Agosto de 2022 às 17:30
Angus lançará novos selos de seleção na Expointer 2022
Abate de bovinos da raça Angus chega a 181,8 mil animais, uma elevação de 12,76% em 2022
Gabriel Olivera/Agência El Campo/Divulgação/JC
Diego Nuñez
Com o objetivo de simplificar o processo de seleção genética dos rebanhos, a Associação Brasileira de Angus lançará dois novos selos de reprodutores durante a 45ª edição da Expointer, que ocorre de 27 de agosto a 4 de setembro. As certificações serão intituladas Adaptação e Performance e foram desenvolvidas em parceria com a Embrapa Pecuária Sul e com o Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo) visam chancelar os animais que têm maior capacidade de adaptação e de desempenho, respectivamente. O lançamento oficial dos novos crivos ocorrerá no dia 31 de agosto, às 19h, na casa da Angus, localizada no boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa virtual nesta quarta-feira (10).
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Com o objetivo de simplificar o processo de seleção genética dos rebanhos, a Associação Brasileira de Angus lançará dois novos selos de reprodutores durante a 45ª edição da Expointer, que ocorre de 27 de agosto a 4 de setembro. As certificações serão intituladas Adaptação e Performance e foram desenvolvidas em parceria com a Embrapa Pecuária Sul e com o Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo) visam chancelar os animais que têm maior capacidade de adaptação e de desempenho, respectivamente. O lançamento oficial dos novos crivos ocorrerá no dia 31 de agosto, às 19h, na casa da Angus, localizada no boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa virtual nesta quarta-feira (10).
Segundo o presidente da Angus, Nivaldo Dzyekanski, os selos são mais um passo da associação em prol do melhoramento dos rebanhos da raça no País, uma vez que tornam a escolha dos produtos a serem utilizados no rebanho algo mais assertivo. “As certificações irão auxiliar o criador na hora da seleção”, garante. As chancelas vêm ao encontro, de acordo com o dirigente, com a expansão da genética Angus por território nacional. “A raça está nas 27 unidades da federação e, por isso, precisamos buscar reprodutores que andem bem nos diferentes climas e sistemas de produção”, disse.
As novas certificações, que somam-se ao selo Seleção Qualidade de Carne, serão fixadas ao lado do registro genealógico dos animais de forma a ajudar o criador no ato da escolha de compra ou de uso de um determinado touro. O selo Adaptação considera o grupo de reprodutores que têm percentil de até 20% para Índice Adaptação e de até 40% para Índice Final. O crivo leva em conta também aqueles com percentil de até 30% para a DEP de Pelame ao Sobreano e para a DEP de Resistência ao Carrapato. Já no caso do selo Performance, os animais precisam estar listados no Recurso Genético, ou seja, ser dupla marca, ter percentil de até 20% para Índice Bioeconômico de Carcaça e de até 40% para DEP de Pelame ao Sobreano.
“Nosso objetivo é que o pecuarista tenha em mãos informações e ferramentas, como os selos, para escolher exemplares melhoradores para os seus rebanhos. Dessa forma, potencializamos ainda mais a genética de reprodutores nacionais”, afirma o gerente de fomento da Angus, Mateus Pivato. Os animais condecorados com os selos de seleção poderão ser visualizados no sistema Origen na semana do lançamento.
"Buscamos os animais com as melhores características de adaptação, pois temos que nos adaptar à produção brasileira e só nós produzimos em clima tropical. E o selo Performance é destinado para animais com alta capacidade de ganho de peso. São para animais superiores nessas características, que estão entre os melhores da sua geração", explica Pivato.
Chefe Geral da Embrapa Pecuária Sul e consultor de genética do Promebo, Fernando Cardoso, destaca que os selos são uma forma de identificar e valorizar aqueles animais que possuem um conjunto de características superiores em determinados aspectos. “Essa forma visual vai auxiliar, especialmente os produtores comerciais, a encontrar, adquirir e utilizar uma genética superior, garantindo um diferencial de produção no seu rebanho”, coloca Cardoso.
A raça angus tem tido, pelo menos até o primeiro semestre, um bom 2022. Entre janeiro e junho, foi registrado um abate de 181,9 mil animais - alta de 12,76% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já o volume de carne angus produzida saltou de 13,3 mil para 16 mil toneladas, entre o primeiro semestre de 2021 e o deste ano, o que representa um crescimento de 20,4%.
A eficiência da produção também aumentou. Na mesma comparação temporal, cada bovino da raça angus ganhou em média 12,2 quilos, um aumento de 16% na produtividade. A média de peso dos animais nos primeiros seis meses do ano é de 84,8 quilos, enquanto era de 72,6 quilos em 2021 e 51 quilos em 2016.
"Isso é resultado de mercado avido, reconhecendo o selo demandando pelo produto e pela qualidade. a pandemia ajudou momento consumidor teve que ficar em casa, preparar suas refeições, preparar novas aventuras gastronômicas. A grande e pontual observação é realmente a evolução para dentro da porteira e o melhoramento genético para se chegar nesse resultado, que passa pelo aumento do peso das carcaças e abate de animais mais jovens", aponta a gerente nacional do programa carne angus Ana Doralina.
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