Drive-thru da agricultura familiar é aprovado por clientela
Aline (esquerda) aposta que o sistema ajuda a manter a proximidade com clientes como Gehm
JOYCE ROCHA/JC
Patrícia Comunello, do Rio de Janeiro, especial para o JC
"Nunca tinha imaginado frequentar a Expointer nestas condições", a observação é do morador de Canoas Silvio Gehm, que foi neste sábado (26) às compras no Parque Assis Brasil. Gehm fez a primeira incursão no drive-thru do Pavilhão da Agricultura Familiar, e saiu do local com linguiças, salames e bolachinhas.
"Muito bom, nem sabia que tinha", admitiu Gehm, ao lado da mulher Mareni. O casal comprou em duas bancas ao mesmo tempo - um de cada lado do carro onde estava sentado (motorista e carona) e depois foi conferir outros quiosques. O pagamento é feito com cartão ou dinheiro pela janela do carro.
O drive-thru vai funcionar das 10h às 20h até domingo, dia 4 de outubro, último dia da feira.
A chegada ao parque neste sábado foi tranquila e reforçou o acerto da ideia para contornar as restrições da pandemia, que levaram a feira a ter a primeira edição da história sem público. Em parte, pois a clientela da agricultura familiar pode ingressar de carro, sem descer e sair com as sacolinhas repletas dos quitutes.
"Sempre venho umas duas a três vezes na feira, principalmente para comprar os produtos. Não podia perder este ano", disse Loreni Macedo, que reside em Esteio. "É um jeito inovador". Na primeira ida aao parque na edição de 2020 - ela já avisou que vai voltar -, a moradora comprou geleias, queijos, mel linguiça, salame e até chope.
'Agora vou voltar, porque tem mais umas coisinhas para comprar', disse Loreni. Fotos: Joyce Rocha/JC
Depois de circular pelos dois corredores onde ficam as bancas, Loreni avisou:
"Agora vou voltar, porque tem mais umas coisinhas para comprar". A descontração da freguesa foi uma marca na estreia do sistema. Os frequentadores, todos já acostumados a ir à feira em outros anos para as comprinhas, mostravam alegria, até por sair de casa para passar pela experiência inusitada.
A agricultora de São José do Sul Aline Gauer, da Alimentos Herbon, foi a única que veio da agroindústria da família e acredita que o sistema foi uma excelente solução. "Estamos aguardando os clientes. Quando eles chegam, vamos até o carro para ver o que querem", descreve Aline.
"A venda não vai ser a mesma de outros anos, mas é a chance de trazer nosso produto e mostrar que estamos aqui. Vamos nos adaptando", aposta a agricultora.
A guia de turismo Marlene está trabalhando em uma das bancas e atendeu Mareni
A recepção faz toda a diferença. "A gente tem de rir com os olhos", diz a guia de turismo Marlene Muxfeldt, que conseguiu um trabalho junto a uma das bancas de agroindústria. "O turismo está muito parado no interior", justificou a guia. "As pessoas estão aceitando muito bem. A gente nota a alegria de muitas em sair de casa para fazer algo diferente", comenta Marlene.
Medição de temperatura antes de seguir ao pavilhão
Na entrada, os ocupantes do veículos passam pela aferição da temperatura que leva alguns segundos
Na entrada do Parque Assis Brasil, a primeira coisa que o visitante tem de fazer é verificar a temperatura corporal. No toldo montado no acesso pelo Portão 1, uma recepcionista da equipe da feira vai até o veículo, que dá uma paradinha, para que os ocupantes possam ter a aferição da temperatura. Leva segundos.
Não há cobrança de ingresso para acessar o Pavilhão da Agricultura Familiar. Os visitantes chegam pela parte de trás da instalação, ao lado de onde a Emater montava seus serviços e demonstrações ligadas à atividade da agricultura e extensão. Como não tem feira, está tudo vazio.
"É bem diferente e o pessoal está gostando, achando bem legal", diz a segurança do pavilhão Márcia Naysinger, que já fez outras quatro edições, logo na entrada, citando que o movimento aumentou durante a tarde.
O Jornal do Comércio constatou que após as 15h o fluxo foi mais intenso, com alguma fila na entrada, mas os motoristas podiam rapidamente ocupar posições em frente às bancas.
Ernsen foi chamado para ficar na banca, pois o dono da agroindústria teve teste positivo para Covid-19
Um detalhe importante é que os integrantes das agroindústrias precisam fazer o teste sorológico para verificar se tiveram contato com o novo coronavírus. Dependendo da taxa de anticorpos, o agricultor terá de ficar em quarentena.
Júnior Cesar Ernsen, de Venâncio Aires, só estava na banca de venda de mel, porque um familiar testou positivo para Covid-19. "Ele só pôde descarregar e ir embora. Aí me chamou e estou aqui fazendo atendimento à clientela", conta Ernsen. O agricultor deve refazer o teste durante a semana para ver se vai poder reassumir o posto até o fim da Expointer.
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"Nunca tinha imaginado frequentar a Expointer nestas condições", a observação é do morador de Canoas Silvio Gehm, que foi neste sábado (26) às compras no Parque Assis Brasil. Gehm fez a primeira incursão no drive-thru do Pavilhão da Agricultura Familiar, e saiu do local com linguiças, salames e bolachinhas.
"Muito bom, nem sabia que tinha", admitiu Gehm, ao lado da mulher Mareni. O casal comprou em duas bancas ao mesmo tempo - um de cada lado do carro onde estava sentado (motorista e carona) e depois foi conferir outros quiosques. O pagamento é feito com cartão ou dinheiro pela janela do carro.
O drive-thru vai funcionar das 10h às 20h até domingo, dia 4 de outubro, último dia da feira.
A chegada ao parque neste sábado foi tranquila e reforçou o acerto da ideia para contornar as restrições da pandemia, que levaram a feira a ter a primeira edição da história sem público. Em parte, pois a clientela da agricultura familiar pode ingressar de carro, sem descer e sair com as sacolinhas repletas dos quitutes.
"Sempre venho umas duas a três vezes na feira, principalmente para comprar os produtos. Não podia perder este ano", disse Loreni Macedo, que reside em Esteio. "É um jeito inovador". Na primeira ida aao parque na edição de 2020 - ela já avisou que vai voltar -, a moradora comprou geleias, queijos, mel linguiça, salame e até chope.
'Agora vou voltar, porque tem mais umas coisinhas para comprar', disse Loreni. Fotos: Joyce Rocha/JC
Depois de circular pelos dois corredores onde ficam as bancas, Loreni avisou:
"Agora vou voltar, porque tem mais umas coisinhas para comprar". A descontração da freguesa foi uma marca na estreia do sistema. Os frequentadores, todos já acostumados a ir à feira em outros anos para as comprinhas, mostravam alegria, até por sair de casa para passar pela experiência inusitada.
A agricultora de São José do Sul Aline Gauer, da Alimentos Herbon, foi a única que veio da agroindústria da família e acredita que o sistema foi uma excelente solução. "Estamos aguardando os clientes. Quando eles chegam, vamos até o carro para ver o que querem", descreve Aline.
"A venda não vai ser a mesma de outros anos, mas é a chance de trazer nosso produto e mostrar que estamos aqui. Vamos nos adaptando", aposta a agricultora.
A guia de turismo Marlene está trabalhando em uma das bancas e atendeu Mareni
A recepção faz toda a diferença. "A gente tem de rir com os olhos", diz a guia de turismo Marlene Muxfeldt, que conseguiu um trabalho junto a uma das bancas de agroindústria. "O turismo está muito parado no interior", justificou a guia. "As pessoas estão aceitando muito bem. A gente nota a alegria de muitas em sair de casa para fazer algo diferente", comenta Marlene.
Medição de temperatura antes de seguir ao pavilhão
Na entrada, os ocupantes do veículos passam pela aferição da temperatura que leva alguns segundos
Na entrada do Parque Assis Brasil, a primeira coisa que o visitante tem de fazer é verificar a temperatura corporal. No toldo montado no acesso pelo Portão 1, uma recepcionista da equipe da feira vai até o veículo, que dá uma paradinha, para que os ocupantes possam ter a aferição da temperatura. Leva segundos.
Não há cobrança de ingresso para acessar o Pavilhão da Agricultura Familiar. Os visitantes chegam pela parte de trás da instalação, ao lado de onde a Emater montava seus serviços e demonstrações ligadas à atividade da agricultura e extensão. Como não tem feira, está tudo vazio.
"É bem diferente e o pessoal está gostando, achando bem legal", diz a segurança do pavilhão Márcia Naysinger, que já fez outras quatro edições, logo na entrada, citando que o movimento aumentou durante a tarde.
O Jornal do Comércio constatou que após as 15h o fluxo foi mais intenso, com alguma fila na entrada, mas os motoristas podiam rapidamente ocupar posições em frente às bancas.
Ernsen foi chamado para ficar na banca, pois o dono da agroindústria teve teste positivo para Covid-19
Um detalhe importante é que os integrantes das agroindústrias precisam fazer o teste sorológico para verificar se tiveram contato com o novo coronavírus. Dependendo da taxa de anticorpos, o agricultor terá de ficar em quarentena.
Júnior Cesar Ernsen, de Venâncio Aires, só estava na banca de venda de mel, porque um familiar testou positivo para Covid-19. "Ele só pôde descarregar e ir embora. Aí me chamou e estou aqui fazendo atendimento à clientela", conta Ernsen. O agricultor deve refazer o teste durante a semana para ver se vai poder reassumir o posto até o fim da Expointer.