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Empreendedores atingidos pelas enchentes terão crédito de R$ 1 bilhão, o anúncio foi feito na Expointer
Cooperativas de produtores rurais receberão recursos
Por Agências
Um aporte de garantias da ordem de R$ 1 bilhão no Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) será disponibilizado às micro e pequenas empresas para atender os gaúchos que ainda sofrem as consequências da calamidade climática ocorrida em maio deste ano. O anúncio foi feito na manhã de quinta-feira (29), na Expointer, em Esteio, pelo presidente do Sebrae, Décio Lima, junto com os ministros da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.
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Um aporte de garantias da ordem de R$ 1 bilhão no Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) será disponibilizado às micro e pequenas empresas para atender os gaúchos que ainda sofrem as consequências da calamidade climática ocorrida em maio deste ano. O anúncio foi feito na manhã de quinta-feira (29), na Expointer, em Esteio, pelo presidente do Sebrae, Décio Lima, junto com os ministros da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.
O ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, destacou os esforços para que os recursos cheguem a todos que possuem algum empreendimento no Rio Grande do Sul. “Desde o início, temos conversado com o Sebrae para trazer o recurso a esses empreendedores”, destacou. Décio Lima comentou ainda que 88% das micro e pequenas empresas não acessam o crédito porque não têm a garantia.
“Dois terços da economia no mundo é crédito. Se fecharmos o Brasil para balanço, ele fica do tamanho de um terço. E os pequenos negócios estão fora desse acesso ao crédito. Por isso, é importante para que o Rio Grande do Sul supere este momento de dificuldade e agora com o aval do Sebrae”, reiterou.
Foram assinados, ao fim do evento, os primeiros contratos da nova carteira, que estará disponível na rede bancária e cooperativas de crédito. As empreendedoras Juliana Berenice da Costa, de Campo Bom, e Letícia Pimentel da Silva, de Esteio, confirmaram o acesso ao recurso e receberam um voucher de R$ 2,5 mil para a contratação de uma consultoria especializada em negócios.
O Sebrae vem atuando em parceria com o Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul junto aos empreendedores desde o início das enchentes. No primeiro momento, a instituição trabalhou para manter os negócios funcionando. Na sequência, providenciou de imediato o Sebraetec Supera para reerguer as empresas por meio de orientações e consultorias. De acordo com a instituição, 35,6% dos pequenos negócios do Estado ainda estão fora de operação após as fortes chuvas de maio.
Cooperativas de produtores rurais receberão recursos
Durante o evento, dois representantes de cooperativas de produtores rurais também assinaram contratos de financiamento com o aval do Sebrae, por meio do Fampe. “A disponibilização desse aval para as cooperativas da agricultura familiar mostra que o Sebrae quer fazer um trabalho social de maior profundidade chegando aos rincões do Brasil”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
Uma delas é a Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária Terra Livre, com sede em Nova Santa Rita (RS) e abrangência em todo o Estado com a produção de leite, arroz orgânico, suco da uva, mel e feijão. Djones Roberto Zucolotto, que integra a direção da entidade com cerca de 1 mil cooperados, explica que os recursos chegaram em boa hora.
“Foram três eventos seguidos de estiagem aqui no Rio Grande do Sul, onde as nossas famílias sofreram muito. E agora, mais recentemente, as enchentes. Esse recurso vem justamente nesse momento que vamos precisar de um capital de giro para continuarmos produzindo e comercializando para o mercado institucional, com alimentação escolar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e nos Programa de Aquisição de Alimentos (PAAS) para o Exército, para os institutos federais e hospitais”, disse.
Sebrae Juntos a "Gente Supera"
Sebrae Juntos a "Gente Supera"
As enchentes, em maio deste ano, foram devastadoras e impactaram profundamente várias região do Estado. Chuvas intensas e persistentes causaram o transbordamento de rios, resultando em inundações que atingiram áreas urbanas e rurais. E relembrando, de acordo com os dados da Defesa Civil, a destruição causada pelas chuvas afetou 478 municípios (96% do total de municípios do Estado), desalojando 388.781 pessoas e impactando diretamente 2.398.255 pessoas.
Os danos foram significativos, com milhares de pessoas deslocadas de suas casas e infraestrutura pública severamente comprometida. Equipes de resgate trabalharam incansavelmente para evacuar moradores presos nas áreas mais afetadas, enquanto equipes de emergência se mobilizaram para fornecer abrigo temporário, alimentos e assistência médica às vítimas.
Os pequenos negócios foram duramente afetados, com muitos estabelecimentos comerciais e agrícolas sofrendo perdas significativas. Mais de 147 mil pequenos negócios estavam localizados nas áreas inundadas e/ou com deslizamentos, resultando em destruição de estoques, equipamentos e infraestrutura. Agricultores enfrentaram a perda de colheitas e danos a propriedades rurais, exacerbando as dificuldades econômicas. As empresas diretamente atingidas somaram 160 mil ao todo e as impactadas foram 600 mil.
Atuação Sebrae
O Sebrae se reprogramou completamente em decorrência da enchente. Primeiro foi feita uma análise da quantidade de empresas em áreas alagadas. E, depois, foi realizada uma pesquisa com as empresas para saber os principais impactos. A pesquisa abrangeu empresas alagadas e as não alagadas mas impactadas indiretamente. Depois reprogramou sua atuação para direcionar recursos para atender e apoiar a reestruturação das empresas nos primeiros 90 dias. De 27 de maio a 27 de agosto. A recuperação dos pequenos negócios, essenciais para a economia local, tornou-se um desafio urgente, exigindo apoio governamental e comunitário para superar os prejuízos e reconstruir a sustentabilidade econômica das áreas afetadas.
Atuação Sebrae
O Sebrae se reprogramou completamente em decorrência da enchente. Primeiro foi feita uma análise da quantidade de empresas em áreas alagadas. E, depois, foi realizada uma pesquisa com as empresas para saber os principais impactos. A pesquisa abrangeu empresas alagadas e as não alagadas mas impactadas indiretamente. Depois reprogramou sua atuação para direcionar recursos para atender e apoiar a reestruturação das empresas nos primeiros 90 dias. De 27 de maio a 27 de agosto. A recuperação dos pequenos negócios, essenciais para a economia local, tornou-se um desafio urgente, exigindo apoio governamental e comunitário para superar os prejuízos e reconstruir a sustentabilidade econômica das áreas afetadas.
O Sebrae-RS também foi afetado, com cinco prédios inundados, incluindo sua sede, centro de distribuição e três unidades de atendimento. Tal situação comprometeu nossos servidores e a operação dos sistemas. Foram quase 1 milhão de pessoas impactadas com informações sobre o Programa Supera e atuações do Sebrae (978.986).
Foram atendidas 11.500 empresas pelo Sebraetec Supera (que destinou recursos diretamente para as empresas, sem necessidade de ressarcimento) e outras consultorias de apoio à reconstrução, além de ações de comunicação, informação e atendimentos.
A consultoria Sebraetec Supera se destinou a mapear as necessidades dos empreendimentos para a recuperação do espaço físico, de materiais e de insumos por meio da consultoria Sebraetec Supera. As empresas beneficiadas receberam avaliação e consultoria do time do Sebrae RS e, após, reembolso de até R$ 15 mil sobre os custos com reparos, manutenção ou reposição de equipamentos e mobiliário afetados pelos alagamentos. Assim, o reembolso é por porte. Microempreendedor individual (MEI) pode receber até R$ 3 mil, microempresa até R$ 10 mil e empresa de pequeno porte até R$ 15 mil.