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Publicada em 24 de Agosto de 2024 às 17:20

Pavilhão da Agricultura Familiar atrai público expressivo no primeiro dia de Expointer

Movimento no Pavilhão da Agricultura Familiar na 47ª Expointer

Movimento no Pavilhão da Agricultura Familiar na 47ª Expointer

ALINA SOUZA/JC
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Roberta Fofonka, especial para o JC
Roberta Fofonka, especial para o JC
Enquanto outras atrações ainda demonstravam um movimento tímido no primeiro dia de feira, os corredores do Pavilhão da Agricultura Familiar (PAF) da Expointer já estavam repletos de público na manhã deste sábado (24). Famoso pelos produtos coloniais e iguarias artesanais, o pavilhão reúne 413 empreendimentos de pequenas propriedades, liderados por famílias de todo o Estado.
Além do aumento de 41 bancas com relação a 2023, o PAF este ano tem 217 estandes comandados por mulheres - eram 148 no ano passado, e 126 jovens na liderança de empresas (foram 87 em 2023). "O pavilhão concedeu mais espaços, e nisso a gente vê a força da agricultura familiar para fornecer os produtos ao consumidor do Rio Grande do Sul. Muitos expositores atingidos [pelas enchentes] estão aqui. Por isso também fizemos questão de vir", celebra Bruno Renan Largo, coordenador da Associação das Agroindústrias de Constantino, município da região Norte do Estado. Ao todo, são 35 famílias na associação. Na feira, vieram 5 marcas, de produtos como geleias, farinha de milho moída na pedra, queijos e salames. Largo se diz surpreso com o volume de público no primeiro dia. "Já começamos com as vendas acima do esperado", comemora.
Expositor Bruno Renan Largo, representando as agroindústria do município de Constantino, norte do Estado | ALINA SOUZA/JC
Expositor Bruno Renan Largo, representando as agroindústria do município de Constantino, norte do Estado ALINA SOUZA/JC
Dentro disso, 69 expositores no PAF são estreantes. Um deles é o casal Dalva e Menandro Cintra, da Trutteria, empresa de defumados artesanais de Eldorado do Sul, que pretende introduzir a cultura do peixe defumado para o público gaúcho. Com as vendas afetadas pelas enchentes, o casal contou com a ajuda de um grupo de apoio a pequenos negócios, chamado Produtores Gaúchos Unidos, que levou a iguaria para comercialização em São Paulo. Sendo a primeira vez no pavilhão, "a meta é popularizar o produto e difundir a cultura em âmbito local", comenta Menandro.
O clima entre os expositores é de otimismo e animação. Muitos deles temiam a não realização da Feira, considerada um momento importante para as vendas do ano - uma vez que a Expointer é palco para apresentar os produtos e vender, mas também conquistar clientes e fechar negócios que farão diferença para as empresas familiares durante os meses seguintes.
Expositoras Tarsila Ribeiro (à esquerda) e sua mãe Meire Ribeiro (à direita), vieram de Minas Gerais para a Expointer | ALINA SOUZA/JC
Expositoras Tarsila Ribeiro (à esquerda) e sua mãe Meire Ribeiro (à direita), vieram de Minas Gerais para a Expointer ALINA SOUZA/JC
É o caso da empreendedora Meire Ribeiro, que faz parte do grupo de produtores trazido de Minas Gerais pela FETAG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul) e FETAEMG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais). As entidades promovem o intercâmbio entre produtores locais nas principais feiras dos dois estados - trazendo um grupo de marcas mineiras para a Expointer e levando produtores gaúchos para a Agriminas. Meire é uma delas, fabricante de geleias, doces e molhos à base de jabuticaba. "Ficamos preocupados porque pensamos que não haveria Expointer. Contamos com esta feira todos os anos", diz ela, que em 2023 faturou R$ 25 mil no evento. Hoje, três empórios em Porto Alegre vendem os produtos da marca Sabarabuçu – Produtos de Jabuticaba, negócios concretizados através da Expointer. Logo na entrada de uma das faces do pavilhão, onde fica a banca de Meire, o movimento começou a se intensificar às 9h da manhã.
“Todo ano, ninguém volta igual para a Expointer, sempre voltamos melhores. Porque aqui você encontra e conhece o gosto do cliente, o que é desafiador mas muito bom para oferecer opções”, comenta Largo, coordenador da Associação das Agroindústrias de Constantino. A geleia trazida por eles, por exemplo, foi um pedido do ano passado. 
“Os clientes gostam de conversar e entender como são feitos os produtos, e aqui a gente tira tempo para isso. Trazemos os produtos, mas também a história e a tradição de pais, mães e avós”, emenda Largo.
O Pavilhão da Agricultura Familiar está aberto ao público das 8h às 20h, até dia 1º de setembro.

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