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Publicada em 22 de Agosto de 2024 às 20:03

Força da superação do povo gaúcho é marca da 47ª edição da Expointer

Durante a chegada dos animais, no início desta semana, a infraestrutura do local foi inspecionada

Durante a chegada dos animais, no início desta semana, a infraestrutura do local foi inspecionada

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Ana Esteves
Palavras como resiliência, reconstrução, força e superação dos gaúchos ecoam no Estado desde os fatídicos meses de abril e maio, quando a maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul devastou cidades inteiras, ceifou vidas de pessoas e animais e deixou um rastro de destruição em 471 das 497 cidades, o equivalente a 94,77% do total de municípios do Estado. E é nesse cenário de franca e penosa recuperação que se realizará a 47ª Expointer, feira que neste ano terá como mote a garra e a coragem dos gaúchos para superar as marcas que a catástrofe deixou.
Palavras como resiliência, reconstrução, força e superação dos gaúchos ecoam no Estado desde os fatídicos meses de abril e maio, quando a maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul devastou cidades inteiras, ceifou vidas de pessoas e animais e deixou um rastro de destruição em 471 das 497 cidades, o equivalente a 94,77% do total de municípios do Estado. E é nesse cenário de franca e penosa recuperação que se realizará a 47ª Expointer, feira que neste ano terá como mote a garra e a coragem dos gaúchos para superar as marcas que a catástrofe deixou.
Com o slogan Superar é da nossa natureza, os organizadores não querem falar em recordes. "Neste ano, não falaremos em bater recordes de vendas, de público ou de inscrição de expositores, pois o fato em si de conseguirmos realizar a Expointer já é um feito gigantesco diante de tudo que todos nós passamos", afirma a subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima. A mostra de Esteio se realizará de 24 de agosto a 1 de setembro.
Em 2023, a feira contabilizou R$ 7,98 bilhões em comercialização, dado considerado recorde se comparado com 2022, com R$ 7,14 bilhões vendidos. No ano passado, também foi registrada grande movimentação de público, com mais de 822 mil pessoas, considerado recorde de todas as edições da Expointer. Em 2022, 772 mil pessoas circularam pelo Parque.
Neste ano, o número de animais inscritos foi quase o mesmo de 2023, e chegou a 3.458 exemplares, entre bovinos, equinos, muares, ovinos, caprinos, bubalinos e coelhos. Ou seja, 22 a menos, ou 0,63% de queda nas inscrições. Um dos diferenciais é que na edição de 2024 algumas associações aumentaram o número de animais inscritos, como foi o caso do Nelore e do Brangus. "Em função da enchente de maio, imaginamos que a redução seria maior, mas isso demonstra que os expositores estão confiantes para a retomada de seus negócios", disse o comissário-geral da Expointer, Pablo Charão. Em relação aos animais rústicos, houve aumento de 69% de participação neste ano, com 1.344 animais, em comparação com 2023, quando participaram 795 exemplares. A exemplo do que ocorreu em 2023, quando casos de gripe aviária foram registrados no Estado, as aves não vão participar da Expointer, em função das ações de contenção do foco de doença de Newcastle (DNC) em estabelecimento comercial no município de Anta Gorda.
"Essa Expointer é a da reconstrução, para mostrar ao Brasil e ao mundo que somos aguerridos, fortes e bravos. Tudo o que está sendo feito para a realização da feira tem a dedicação de alguém", disse o titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn.
Em termos de expositores, o Pavilhão da Agricultura Familiar (PAF), que celebrará os 25 anos da realização da primeira Feira da Agricultura Familiar, terá recorde de participantes: serão 413 empreendimentos de 181 municípios (em 2023 eram 174 municípios), 41 expositores a mais do que na edição de 2023, que teve 372. Também cresceram os números de empreendimentos liderados por mulheres (216 este ano e 148 em 2023) e por jovens (125 em 2024 e 87 no ano passado). O PAF contará ainda com 73 estreantes na Expointer.
Elizabeth diz que muitas das obras programadas para este ano no Parque precisaram ser adiadas pela urgência imposta pela enchente que teve reflexos importantes no espaço. "Ficamos com áreas submersas por mais de mês, em alguns pontos a água chegou a 3 metros de altura. O foco foi recuperar a rede elétrica e hidráulica, piso dos pavilhões, pinturas, conserto das calhas dos pavilhões", disse.
 

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