As obras de instalação das churrasqueiras na extremidade sul do Parque Marinha, em frente ao Gigantinho, saíram do papel e estão em andamento desde o dia 17 de março. Anunciado em abril do ano passado, o projeto atrasou por conta da enchente de maio, que alagou o espaço e voltou o foco do Inter para a reconstrução de suas propriedades, com ênfase no CT Parque Gigante, completamente perdido na maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Trata-se de uma doação do clube ao município, que recebe a estrutura em um espaço público. A verba para a operação no ponto tradicional de pré-jogo da torcida já está nos cofres desde o ano passado, com uma peculiaridade. À época, o Colorado era patrocinado pela casa de apostas Estrela Bet, que aportou o valor necessário para a obra em troca de uma ativação de marketing. No entanto, em 2025, houve a rescisão do contrato por conta do acerto com outra empresa do mesmo segmento, a Alfabet. Mesmo assim, o montante segue à disposição e não há obrigação alguma em divulgar a marca na empreitada.
Foi entre o final de janeiro e o início de fevereiro que a direção voltou a tratar da iniciativa, após a resolução das urgências de 2024, conforme destacou o vice-presidente de Patrimônio, Gabriel Nunes. Serão duas fases de entrega. A primeira consiste nas 20 churrasqueiras em frente ao Gigantinho, onde a torcida já se reúne habitualmente para os assados no Marinha, antes dos jogos. Destas, seis serão cobertas para proteção em caso de chuva. As demais serão descobertas.
Para isso, o cronograma é de 90 dias de execução. "Colocamos esse prazo um pouco mais extenso para podermos nos precaver de intempéries do tempo. Sabemos, também, que agora haverá a média de jogos a cada três dias. Obviamente nem todos serão no Beira-Rio, mas nesses dias é complicado operar por questões de segurança", destaca Nunes.
Na segunda fase, o clube entregará um prédio com banheiros e uma área para lavagem dos equipamentos de churrasco utilizados. "Estamos em negociação com a Secretaria de Obras e Infraestrutura sobre a viabilidade da parte hidráulica. De onde vamos puxar o encanamento de água. Tem um prédio alocado no meio da área do Marinha, teria a possibilidade de fazer a conexão subterrânea. Ou puxar o encanamento do outro lado da Avenida Padre Cacique, de onde passam os hidrantes", explica o dirigente.
A gestão do espaço ficará sob tutela colorada. Ainda sem a definição da mecânica para garantir equidade no uso do espaço, Nunes prevê que não haja um esquema de reserva das churrasqueiras, mas salienta que a decisão ainda não está tomada — modelo de locação pelo Mundo Colorado passou pela pauta, mas não deve avançar.