Com o grupo reformulado para 2025, o São Luiz tem calendário cheio ao longo da temporada e mira voos mais altos no Campeonato Gaúcho. Com a pré-temporada durando pouco menos de dois meses, a equipe de Ijuí manteve apenas três atletas no plantel após o último Estadual e contou com o período de treinos para reforçar a condição física e adaptar os recém-chegados às ideias do técnico Alessandro Telles, mantido no cargo após o 8º lugar na primeira fase e a queda para o Inter nas quartas de final em 2024.
Disputando a Série D do Campeonato Brasileiro neste ano, o Rubro teve mais fôlego para contratar e definiu desde cedo o perfil dos reforços. "Queríamos uma equipe um pouco mais leve e rápida na frente, por isso trouxemos jogadores com essas características. Logicamente, é um processo de montagem. Infelizmente, não tínhamos o calendário cheio e por isso tivemos que reformular praticamente todo o grupo", destaca Telles. No total, o plantel conta com 31 atletas, sendo 23 contratados para esta temporada e outros cinco promovidos da categoria de base.
O comandante detalha que a evolução vem sendo gradativa. Mesclando os trabalhos físicos com as atividades com bola, o time já disputou quatro jogos-treino e encerra os duelos preparatórios nesta terça-feira, contra o Ypiranga. " Nosso primeiro jogo não foi satisfatório, no segundo tivemos uma evolução muito grande, no terceiro maior ainda, e nesse último — vitória por 7 a 1 sobre o Sindicato dos Atletas — estávamos mais soltos ainda. Mas precisamos de mais uns ajustes para entrar no Gauchão com a melhor condição", conta.
Trabalhando com um orçamento modesto, sem revelar os valores, o São Luiz definiu como meta ir à semifinal do Estadual. Uma vaga na Taça Farroupilha, no entanto, também é vista com bons olhos pela comissão técnica, garantindo a participação na Copa do Brasil em 2026.
O presidente do clube, Vilson Hepp, detalha as pretensões do ano: "fizemos o planejamento entre junho e julho, e ali já projetamos a nossa campanha do Gaúcho. Queremos estar entre os quatro da classificatória e buscar também o título do Interior. Visamos buscar, também, a Série C, através da disputa da Série D esse ano". O mandatário também explica que a situação financeira dos clubes do Interior é delicada e é difícil "fazer futebol".
Integrante do Grupo C na primeira fase, junto de Juventude, Brasil-Pel e Monsoon, a equipe alvirrubra escapou da dupla Gre-Nal na disputa por um posto entre os quatro melhores colocados, mas, por outro lado, terá os times da Capital em seu caminho — encara o Grêmio na Arena e recebe o Inter no Estádio 19 de Outubro. "São dois jogos dificílimos. Em outro cenário, não enfrentando a dupla, você pode ser o melhor segundo. Mas, logicamente, também teria que enfrentar o Juventude, que é um time de Série A. O Gauchão, por si só, é muito parelho. Então, se você me perguntar o que é mais fácil, te digo que não tem. É sempre muito difícil", analisa Telles.
Com o calendário apertado, o Estadual terá 12 datas à disposição, permitindo menos tropeços. Hepp avalia que o formato vem para ficar e entende a desconfiança com o novo organograma neste primeiro momento. "Como gestor e empresário, sempre digo para o nosso grupo da diretoria que toda mudança gera desconforto. A forma como foi apresentado, no início, tínhamos muitas dúvidas. Mas, analisando, hoje, acho que o formato com grupo de três cabeças vai engrenar e será mantida no Gauchão". A estreia do São Luiz na competição está marcada para o dia 22 de janeiro, uma quarta-feira, contra o Guarany de Bagé, em Ijuí.