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Publicada em 02 de Janeiro de 2025 às 07:01

Ypiranga mira semifinal do Gauchão após decepção no ano do centenário

Elenco canarinho foi reformulado para 2025 com folha salarial reduzida

Elenco canarinho foi reformulado para 2025 com folha salarial reduzida

Ypiranga/Divulgação/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca Repórter
O formato do Campeonato Gaúcho, mais uma vez, mudou. Chegando em uma temporada atípica em função do Super Mundial de Clubes, o número de datas da competição sofreu um corte. O novo modelo trabalha com três grupos de quatro equipes, que duelam apenas contra times de fora do seu grupo. A primeira fase, portanto, conta agora somente com oito confrontos. Como é de praxe, o Jornal do Comércio ouviu os 12 times competidores afim de entender melhor as suas perspectivas, dificuldades e expectativas para essa edição inédita.
O formato do Campeonato Gaúcho, mais uma vez, mudou. Chegando em uma temporada atípica em função do Super Mundial de Clubes, o número de datas da competição sofreu um corte. O novo modelo trabalha com três grupos de quatro equipes, que duelam apenas contra times de fora do seu grupo. A primeira fase, portanto, conta agora somente com oito confrontos. Como é de praxe, o Jornal do Comércio ouviu os 12 times competidores afim de entender melhor as suas perspectivas, dificuldades e expectativas para essa edição inédita.
Vindo de um centenário aquém do esperado no Campeonato Gaúcho, o Ypiranga se prepara para a edição de 2025 com as contas mais apertadas, mas confiante na remodelação do elenco para chegar à semifinal, meta já estabelecida pelo clube. Com a pré-temporada em curso desde o dia 16 de dezembro, o Canarinho terá pouco mais de um mês de atividades em Erechim antes da largada do Estadual, prevista para 22 de janeiro, no duelo com o Juventude, em Caxias do Sul.
A análise é de que o grupo está fechado, restando apenas a possibilidade de um negócio de ocasião na largada do ano. É com essa realidade que o técnico Matheus Costa trabalha, diante de um orçamento reduzido, mas com o otimismo de uma largada de ano entre as principais equipes da competição.
O presidente do clube, Adilson Stankiewicz, destaca que o grupo formado para 2025 é mais coeso e equilibrado em relação à última temporada. O mau desempenho no Gauchão — o time canário ficou em 9º lugar na fase classificatória e não disputou o mata-mata — foi um ponto fora da curva no centenário, que ficou marcado por boas campanhas e batidas na trave, com o vice-campeonato da Copa FGF e a perda do acesso à Série B no último jogo, contra a Ferroviária.
Agora, o mandatário se mostra encantado pelo elenco à disposição, com um custo reduzido em relação à folha salarial de R$ 600 mil deste ano, e características mais físicas e combativas, segundo ele, condizentes ao nível de exigência do Gauchão. "Acredito que a equipe é mais forte esse ano que em relação ao ano passado. Os onze que vão iniciar, pelo menos, tem mais qualidade técnica e física do que o que a gente teve em 2024", afirma. Neste ano, a direção optou por contratar dois jogadores de mesmo nível para cada posição, mas avalia que os jogadores que ficaram no banco geraram desconforto interno, a partir de um descompromisso com o grupo.
Depois de atingir a casa dos R$ 12 milhões de orçamento neste ano, o Ypiranga mostra que a redução de gastos se dá por uma sequência de fatores. O principal deles é a ausência na Copa do Brasil. A competição de mata-mata premia os clubes a cada fase e é uma fonte de renda expressiva para equipes do interior. Por conta dos insucessos de 2024 — título da Copa FGF ou melhor desempenho no Estadual teriam garantido a vaga —, a direção não poderá trabalhar com este montante.
O orçamento de 2025, apresentado por Stankiewicz e aprovado pelo Conselho Deliberativo no último dia 20, gira em torno de R$ 9 milhões. Com o foco no acesso à segunda divisão nacional norteando o planejamento de longo prazo, segue em dia a confiança de que os custos do primeiro semestre serão suficientes para chegar entre os quatro primeiros do Gauchão.
Questionado sobre o novo formato da competição, o mandatário explica que a Federação Gaúcha de Futebol fez o melhor possível frente à adversidade imposta pelo Super Mundial de Clubes. Com 12 ao invés de 16 datas, Stankiewicz se demonstra receptivo à nova realidade do futebol no Estado. "A fórmula já conhecemos, é o campeonato igual ao mineiro e praticamente igual ao paulista. É interessante", explica.
Na montagem de elenco, entre as renovações e chegadas a Erechim, o Canarinho aposta em Jean Pyerre como principal nome do time. O meio-campista ex-Grêmio é, além de uma esperança de comando do setor, uma figura midiática, que pode render retornos publicitários, conforme destaca o presidente. Ainda resolvendo questões contratuais com o Ituano, que o emprestou para os gaúchos neste segundo semestre, o atleta de 26 anos deve ser anunciado como reforço do clube em breve.
 

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