A cada instante, o anúncio de Pedro Caixinha como novo treinador do Grêmio fica mais próximo. O português de 54 anos, livre no mercado desde outubro, agradou a direção gremista, que viu nele a oportunidade de um recomeço após a saída de Renato Portaluppi. Informações dão conta que os meandros do contrato já foram alinhados, restando apenas a assinatura por ambas as partes. Diante da iminência dos períodos eleitorais, o vínculo firmado será de apenas um ano. O presidente Alberto Guerra optou por não fazer a contratação invadir a próxima gestão. O Tricolor aguarda a confirmação para iniciar suas tratativas por novos atletas.
Com passagem no futebol brasileiro, o Tricolor será o terceiro time sul-americano consecutivo que o comandante assume. O técnico está sem clube desde outubro deste ano, quando deixou o Bragantino após um jejum de sete jogos sem vencer. Na época, o time paulista lutava contra a temida Série B e a sequência infeliz derrubou o português do cargo. Em 2023, todavia, a história foi diferente: Caixinha conduziu a equipe de Bragança para a parte de cima da tabela, conquistou uma vaga na pré-Libertadores e protagonizou a melhor campanha do clube na história do Brasileirão. No somatório geral, foram 124 partidas, com 50 vitórias, 36 empates e 38 derrotas, o que configura um aproveitamento de 50,53%
Para além de sua experiência no interior paulista, o técnico também tem outros países e continentes em seu currículo. Trabalhos no Catar, Arábia Saudita, Escócia, Argentina e México permeiam sua trajetória no esporte. Quando falamos de taças, contudo, são as terras mexicanas que trazem as melhores lembranças para o português. Na sua primeira vez à frente do Santos Laguna, o técnico conquistou a Copa MX Apertura de 2014, a Liga MX Clausura de 2014/2015 e o título de Campeão dos Campeões em 2015. Já na casamata do Cruz Azul, liderou seu elenco na conquista da Copa MX Apertura de 2018 e a Supertaça Mexicana de 2019.
Trazendo o assunto para dentro das quatro linhas, Caixinha historicamente constrói times ofensivos. Entretanto, defensivamente também não costuma deixar a desejar. Isso se coloca como uma questão maiúscula, uma vez que o setor gremista foi duramente criticado na última campanha. Em seus dois últimos clubes, Caixinha utilizou majoritariamente o esquema 4-2-3-1, construindo as jogadas desde os zagueiros. Quando sem a bola, seus times geralmente apostam em uma pressão alta, buscando recuperar a posse com um 4-2-4.