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Publicada em 17 de Dezembro de 2024 às 16:59

Sem debêntures, Barcellos aposta na venda de ativos para estancar a dívida do Inter

Presidente afirma que o "remédio será mais amargo" para equilibrar as finanças

Presidente afirma que o "remédio será mais amargo" para equilibrar as finanças

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca Repórter
Em noite agitada no Conselho Deliberativo, a gestão Alessandro Barcellos viu o projeto das debêntures ser vetado pelos conselheiros do Inter, nesta segunda-feira (16), em um pleito apertado, com 161 votos contra e 159 a favor. Agora, a tendência é que o clube aperte ainda mais as contas e se veja obrigado a vender jogadores para estancar o sangramento decorrente da dívida, potencializada pelos juros bancários anuais. Este, ao menos, é o parecer do presidente colorado.
Em noite agitada no Conselho Deliberativo, a gestão Alessandro Barcellos viu o projeto das debêntures ser vetado pelos conselheiros do Inter, nesta segunda-feira (16), em um pleito apertado, com 161 votos contra e 159 a favor. Agora, a tendência é que o clube aperte ainda mais as contas e se veja obrigado a vender jogadores para estancar o sangramento decorrente da dívida, potencializada pelos juros bancários anuais. Este, ao menos, é o parecer do presidente colorado.
“É necessário enfrentarmos isso de uma outra forma. O remédio é mais amargo, não existe mágica no futebol. Ainda mais no momento que estamos vivendo, em um futebol competitivo do ponto de vista financeiro. O Plano B é buscar a redução de custos, a venda de atletas é necessária para que o clube sobreviva, e possamos pagar as contas que não foram pagas ao longo do ano, muitas delas por conta das enchentes”, explicou Barcellos, após a votação, em pronunciamento à imprensa.
Visando o alongamento da dívida para amenizar as taxas e ganhar fôlego para investimentos esportivos e, acima de tudo, a manutenção do grupo, a direção apostava no projeto das debêntures — são títulos de dívida que seriam adquiridos por investidores, com prazo de cinco anos para o clube quitar os valores, com mais um de carência e juros menores que os habituais — para arrecadar R$ 200 milhões na largada do ano.
Entretanto, a inclusão do estádio Beira-Rio como alienação fiduciária levou a votação ao Conselho, que rechaçou a proposta sob o argumento da oposição de que o clube poderia perder seu estádio se não honrasse o acordo. A gestão, por sua vez, afirmava que as duas primeiras garantias — receita de bilheteria e quadro social — seriam suficientes para manter o compromisso. Na semana passada, Barcellos já alertava para o clima político no Conselho do clube, que, segundo ele, desvirtua os debates mais técnicos.

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