Apesar da dívida bilionária, o Corinthians segue como o terceiro clube mais valioso do Brasil, segundo estudo da Sports Value. De acordo com a metodologia da empresa de marketing esportivo, o time alvinegro apresenta um valuation de R$ 3,7 bilhões, ficando atrás apenas de Flamengo (R$ 4,8 bi) e Palmeiras (R$ 3,9 bi). O valuation é uma metodologia de cálculo que permite saber o valor de uma empresa.
Segundo a pesquisa, o Alvinegro atingiu R$ 686 milhões com receitas operacionais em 2023, chegando a R$ 937 milhões com jogadores. Já os custos com futebol foram de R$ 672 milhões. Ou seja, o ativo total foi de de R$ 1,5 bilhão, e dívidas de R$ 1,6 bi. Essas receitas cresceram 80% em 5 anos.
Para essa conta, a Sports Value desconsidera as dívidas fiscais e com os estádios. O valor que entra na conta é somente de dívidas da operação dos clubes. No método utilizado, o ativo circulante e imobilizado, o valor de marca, jogadores, ativos intangíveis e direitos esportivos (registros nas federações e na CBF) foram levados em consideração.
CORINTHIANS APONTA R$ 2,4 BI EM DÍVIDAS
Em balanço recente, o próprio Corinthians apontou aproximadamente R$ 2,4 bilhões em dívidas e "caixa estrangulado". Os dados financeiros foram atrelados ao pedido de Regime Centralizado de Execuções (RCE). Deste montante, a equipe alega que R$ 703 milhões são referentes à construção da Arena e R$ 841 milhões em dívidas tributárias. O restante está ligado às questões trabalhistas, cíveis e desportivas.
O valor é R$ 100 milhões maior do que o apresentado em setembro pela atual gestão no "Dia da Transparência". Naquela ocasião, a dívida bruta do Corinthians até junho de 2024 era de R$ 2,31 bilhões, contra R$ 2,189 bi em dezembro de 2023, no fim da gestão de Duílio Monteiro Alves. Por outro lado, o presidente Augusto Melo aponta que o clube está saindo da situação financeira complicada dos últimos anos. Ele atribui a evolução aos patrocínios e à maior credibilidade no mercado.
"A gente sofreu muito no começo do ano, porque a gente não tinha fluxo de caixa, não tinha um real no caixa, não tinha credibilidade, não tinha elenco... A gente foi reestruturar financeiramente. Com toda humildade, a gente buscou grandes patrocínios para o Corinthians. Em direitos de TV, foi a maior parceria já vista na América Latina.", disse Augusto Melo, presidente do Corinthians.
Folhapress