A garrafa arremessada durante confusão após a partida com o Atlético-MG pode tirar Luiz Henrique da reta final do Brasileirão. O meia-atacante do Botafogo foi denunciado pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e será julgado em breve.
Como ainda é necessário distribuir a denúncia e formar uma comissão para julgar o caso e o atleta já cumpriu um jogo de suspensão contra o Vitória pela expulsão, ele está liberado para enfrentar o Palmeiras nesta terça-feira, às 21h30min, no Allianz Parque, na "decisão" do Brasileirão, já que o duelo opõe o líder e o vice-líder, empatados em pontos na tabela (70). O time alviverde lidera por ter mais vitórias.
A denúncia se baseia no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código". A pena para Luiz Henrique no julgamento, se condenado, é de uma a seis partidas.
A Procuradoria do STJD também pediu a suspensão preventiva de profissionais da equipe de segurança do Botafogo e da Bromo segurança, empresa terceirizada contratada pela Arena Independência para prestar serviço no duelo entre Atlético Mineiro e Botafogo, quarta-feira passada, pelo Brasileirão.
O Botafogo e o Atlético-MG foram denunciados com base no artigo 257, que fala em participação em "rixa, conflito ou tumulto" e prevê multa de R$ 20 mil. A partida entre o time carioca e o mineiro foi marcado pela hostilidade, com provocações, xingamentos e briga após o apito final. Na saída do gramado, um bolo de atletas precisou ser contido por seguranças do estádio. Luiz Henrique foi flagrado pelo VAR jogando uma garrafa contra um dos funcionários.
Ele recebeu cartão vermelho do árbitro Luiz Flávio de Oliveira mesmo após o apito final. O clima tenso começou ainda no final da partida, quando os atleticanos faziam cera para segurar o resultado, irritando os botafoguenses.