Dando continuidade à expansão de sua cultura futebolística, a Associação de Futebol Argentino (AFA) lançou, nesta segunda-feira (18), a primeira Academia AFA Internacional no Brasil, em parceria com o Soledade Futebol Clube, da Zona Norte de Porto Alegre. O evento foi realizado no CT da equipe gaúcha, no Jardim Itu, e contou com a presença do diretor esportivo do projeto, Gustavo Grossi, que esteve à frente das categorias de base do Inter por três anos, até fevereiro deste ano. Ele foi recepcionado pelo presidente do Soledade, Francisco Lodi.
A celebração da nova academia também teve o prestígio dos atletas colorados e argentinos Gabriel Mercado e Lucas Alario, que foram homenageados pelos seus serviços à seleção albiceleste. Além deles, o diretor esportivo alvirrubro, Andrés D’Alessandro, e os gremistas Walter Kannemann e Cristian Pavón, também receberam o mesmo reconhecimento, mas não estavam presentes.
A ideia, como destacou Grossi, é implementar o método argentino de viver o futebol, formando atletas a partir de ensinamentos táticos, técnicos e mentais. Ele ainda frisa que o “acordo entre as partes é uma aliança desportiva, e a iniciativa funciona de segunda a sexta”, se referindo ao fato de que o nome e o escudo da AFA não estarão vinculados a competições oficiais.
Com foco nas crianças e adolescentes, o espaço comportará mais de mil jovens de 4 a 21 anos, com quatro campos de futebol 7 e um estádio, que será entregue no ano que vem. Os gramados serão todos sintéticos.
A chegada em solo brasileiro se dá dois anos após a conquista da Copa do Mundo de 2022, no Catar. No entanto, a AFA Internacional é um plano consolidado mundo afora, com sedes no mesmo modelo em cidades como Miami, Madri e Barcelona. Grossi confirma que a escolha por Porto Alegre se deu pela proximidade com o país vizinho e pela semelhança entre as culturas. O diretor esportivo também destaca que a relação entre os países, rivais dentro de campo, evoluiu ao longo dos últimos anos e já não é tão agressiva.
Outra figura que oferece respaldo é Lionel Messi. A imagem do melhor jogador do mundo – nas palavras de Grossi – e a popularidade do craque com a nova geração justificam a afeição do público alvo da empreitada com a seleção argentina. Em sua fala, o dirigente não esconde a idolatria e cita, inclusive, que Mercado e Alario “tiveram a honra de jogar com o camisa 10 e também o ajudaram a cumprir sua missão”. Neste caso, se referindo ao título mundial.