No segundo dia de treinos após a reapresentação do Inter, nesta quarta-feira (13), o zagueiro Vitão concedeu entrevista coletiva, no CT Parque Gigante, antes da atividade sob o comando do técnico Roger Machado. Ele falou sobre a frustração da negociação com o Real Betis, no meio do ano, o momento positivo da equipe e as expectativas para o ano que vem. Falando, inclusive, em seleção brasileira.
O defensor de 24 anos esteve próximo de deixar o Colorado na janela de verão europeia, quando está se iniciando a temporada no Velho Continente e os clubes costumam investir em suas principais contratações. Por conta de problemas fiscais, os espanhóis do Betis não conseguiram inscrever o atleta, que retornou a Porto Alegre. “Quando voltei, conversei com o Roger. Falei que estava 110% com a cabeça aqui. Tivemos uma conversa olho no olho. Ele me disse que eu ia correr atrás do meu momento. E eu super entendi. Continuei trabalhando e consegui retomar minha vaga”, explicou.
O futuro é uma incógnita. Vitão garante que não tem propostas na mesa, mas é um dos principais ativos do clube e pode sair em janeiro. Questionado sobre o assunto, o jovem traçou um paralelo sobre a dificuldade de ser convocado para a seleção jogando no Rio Grande do Sul e a visibilidade do futebol europeu.
“Sobre a seleção brasileira, nós que jogamos aqui no Sul temos de fazer o dobro para ter o reconhecimento. O Alan Patrick, por exemplo, se jogasse no eixo (Rio-São Paulo) estaria na seleção, porque está merecendo e vem sendo nosso protagonista. Com certeza se tivesse ido para a Europa, eu estaria no radar”.
O Inter segue treinando no CT até sábado, descansa no domingo e volta aos trabalhos no dia seguinte, de olho no duelo com o Vasco, na próxima quinta-feira (21), no RJ. A principal novidade deve ser Fernando que, recuperado de uma lesão muscular na panturrilha, voltou a treinar com bola e deve ser relacionado.